132°- Paranóia

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☦︎༄02:34.

Nesse momento estou na cozinha, usando meu roupão de banho enquanto bebo vinho e penso sobre a floricultura.

Já tínhamos reformamos uma boa parte do local, mas provavelmente por minha causa, ainda não reabrimos. Agora com Katsu, tenho alguns receios.

Afinal, e se acontecer algum imprevisto? E se ele passar mal na creche num momento corrido? Katsuki não vai poder sair da empresa. Tudo vai ficar nas minhas costas.

Suspirei, passei a mão nos meus cabelos e bebi um gole de vinho.

Certo…talvez eu esteja um pouco paranóica.

– Está tudo bem?- Katsuki perguntou surgindo na cozinha.

Antes, ele estava na lavanderia colocando os cobertores, lençóis e algumas fronhas que sujamos para lavar.

– Estava pensando, só isso.- Sorri.

– Pode me dizer no que seria?- Perguntou se aproximando e ajeitando seu roupão.

– Na floricultura.- Suspiro.- Acho que estou preocupada demais.

Ele tirou a taça de vinho da minha mão, deixou em cima da pia e olhou para mim. Havia um sorriso simples - mas ainda assim extremamente bonito - no seu rosto.

– Você não está errada em se preocupar.- Colocou meu cabelo atrás da orelha.- Eu também estou com um pouco de medo de um acidente acontecer de novo.

– Ah, tem isso ainda.- Murmurei.

– Puts, acho que não ajudei.- Disse baixinho, e eu ri.- Olha, deveríamos tentar. Parar com os “e se”, agir e descobrir no que dá.

– Mas-

– SE der errado, ainda temos a minha mãe, o namorado dela, o Kota agora que está mais velho.- Me deu um beijo rápido.- Não estamos sozinhos.

Suspirei mais uma vez e sorri.

– Você está certo.- Peguei meu vinho.- Me dê umas duas semanas e eu penso no caso.

– Tá bom.- Pegou sua taça já cheia de vinho.- Eu te amo.

– Eu também te amo.

E então, brindamos.

– Sabe, lembra quando a Jirou terminou com a Momo, e depois deu todo aquele rolo delas se distanciar?– Perguntou Katsuki.

– Eu nem lembrava mais disso.

– Pois é, pelo o que eu soube, Jirou está ajudando bastante Momo e…só talvez, elas possam ter chance de voltar.

– Que bom! Mas a Jirou e o Kaminari não tiveram um rolo?

– Mais ou menos, só que o Kaminari não é desses de namorar. Então, não deu certo.

– Entendi.- Murmurei- Vai ser bom ver elas juntas.

– Verdade.- Segurou o meu queixo e me deu um beijo rápido.- Quando duas pessoas estão destinadas a ficar juntas, nenhum obstáculo pode separá-las.

– E caso se separem?

– Elas voltam, assim como aconteceu com nós dois.

Ficamos conversando até que ambos acabamos ficando com sono. Dessa forma, limpamos a taça, guardamos o vinho e fomos para o quarto, onde Katsuki bateu na minha bunda e se jogou na cama.

– Acho que deveria colocar uma roupa para dormir.- Afirmei traçando o quarto e indo ao banheiro.

– Quero acordar de outro jeito amanhã.- Afirmou.

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