49°- O pedido

260 25 3
                                    

Mesmo após terminarmos de comer e beber nosso vinho, continuamos conversando normalmente e às vezes apenas aproveitando a companhia um do outro com um pequeno silêncio.

Tudo isso rolou por diversos minutos, mas para mim pareceu passar em apenas dois segundos - bem que dizem: "quando estamos em um momento bom, o tempo passa mais rápido".

Então, Katsuki se levantou e foi para o balcão pagar a nossa janta. Ao voltar, estendeu sua mão para mim e sorriu gentilmente.

– Vamos para a praia?- Perguntou, e eu segurei a sua mão.

– Claro.- Assenti e me levantei.

Saímos do restaurante de mãos dadas, enquanto isso eu sentia um olhar queimando as minhas costas. Sabendo de quem pertencia, não liguei e apenas continuei aproveitando o momento.

Já lá fora, fomos até o carro, mas antes de entrar no mesmo, me virei para trás e fiquei encarando aquele restaurante por alguns segundos, feliz por as lembranças que ele me traz ainda estarem na minha mente.

A partir disso, entrei no carro, coloquei o cinto de segurança e me ajeitei confortavelmente no assento. Foi então que Katsuki colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e me deu um beijo na bochecha.

– Você é linda.- Falou no meu ouvido.

– Você também é lindo.- Olhei para ele e lhe dei um beijo rápido.

Nisso, ele ficou com um sorriso bobo no rosto e voltou sua atenção para o automóvel, ligou o mesmo e começou a dirigir.

Passei as mãos no meu cabelo e olhei para a janela, sentindo meus olhos se arregalaram ao ver a minha escola, a qual estava totalmente diferente do que era antigamente.

Por exemplo: agora a calçada na frente da mesa estava arrumada, sendo que tempos atrás estava toda estragada; haviam luzes que batiam contra a frente da mesma; um portão mais seguro e pintado com diversas cores.

Enfim, muitas coisas - até desenhos nos muros tinham - que me fizeram ficar surpresa, pois não esperava esse tipo de transformação.

Fiquei me lembrando das coisas que passei na escola após passarmos pela mesma, sentindo um arrepio ao começar a sentir aquelas mesmas dores.

Se eu pudesse voltar no tempo para a idade que eu tinha com a mente de agora, as coisas teriam sido extremamente diferentes.

Pensei tanto sobre esse assunto no caminho, que nem me dei conta quando chegamos na praia, só após Katsuki me chamar diversas vezes.

– Está tudo bem?- Me perguntou preocupado.

– Sim, só estava me lembrando de algumas coisas.- Falei me virando para ele.- Vamos?

– Vai indo, só vou ajeitar umas coisas aqui no carro.- Me deu um selinho.

– Tá bom, não demora.- Afirmei saindo do carro.

Assim que eu estava prestes a chegar perto da areia, tirei meus sapatos e em seguida corri até a beira do mar, soltando um gritinho quando uma onda molhou os meus pés com a água gelada do mar.

Pulei e chutei diversas ondas, foi então que Katsuki me abraçou por trás, quase fazendo a gente cair na água.

– Você é louco.- Comentei rindo e virei para ele.

– Sim, louco por você.- Me deu um beijo rápido.- Vamos caminhar?

– Claro.- Segurei a mão dele.

Começamos a caminhar tranquilamente pela beira da praia, novamente contando um para o outro coisas que aconteceram na nossa vida.

Confesso que esses são os melhores momentos do nosso relacionamento, pois é quando damos atenção apenas para o nosso relacionamento.

Normalmente não tem ninguém para incomodar, já que discutimos sobre isso apenas durante a noite, quando estamos deitados na cama e encarando o teto.

É como se de noite fosse o momento em que os assuntos surgissem - mas na verdade é que, antes das férias, trabalhamos durante o dia e agora temos esse costume.

Se passaram alguns minutos, chegamos em uma parte da praia - onde pode se dizer o "fim" da mesma - que tem diversas pedras.

Com isso, subimos em cima de uma delas e nos sentamos, então começamos a reparar o quão linda fica a praia durante a noite.

Nisso, Katsuki soltou um suspiro, e eu olhei para ele.

– "A lua é tão perfeita, né?"- O loiro também me olhou.- "Mas você, seus detalhes, seu jeitinho, seu carinho, tudo isso me faz se sentir vivo, seu brilho nunca vai ser comparado com o da lua, eu te amo."

Senti as minhas bochechas ficarem coradas e sorri, em seguida me aproximei do loiro para iniciar o nosso beijo, o qual era lento e gostoso.

Levei minhas mãos para o seu rosto, enquanto isso, uma das do loiro foi parar na minha cintura, e a outra no meu pescoço.

Ele parecia querer aprofundar mais o beijo, mas eu não quis liberar, já que assim daria liberdade para começarmos a fazer coisas obscenas naquele lugar - nada bom para isso.

Ao perceber, Katsuki parou de insistir e apenas manteve o nosso simples beijo.

Enfim, quando nos distanciamos, o homem me deu um último selinho antes de começar a mexer no bolso da sua calça.

– Sabe, "não teve um dia desde que te conheci em que eu não tenha me apaixonado por você, é como se a cada dia você me desse mais de cem motivos para me apaixonar ainda mais por você. Você é sem dúvidas a pessoa mais apaixonante que eu conheci".- Disse ele após pegar uma caixinha.

– Me sinto honrada.- Murmurei e ri nasalado.- Eu também me sinto assim com você.

– Que bom.- Soltou um suspiro.- Eu me dei conta esse dias, que faltou uma coisa no início do nosso relacionamento.

– O quê?- Arqueei uma sobrancelha enquanto ficava surpresa.

– Um pedido.- Abriu a caixinha, e meus olhos se iluminaram.

Em dentro daquela caixinha, havia um par de anel de compromisso, coisa que eu nunca cheguei a usar na minha vida.

– Quer namorar comigo?- Suas bochechas ficaram meio coradas.

– É óbvio que sim!- Dei um beijo rápido nele.

– Vamos com calma então, primeiro colocamos o anel e depois partimos para essa parte.- Disse ele quando eu quis sentar no seu colo.

Ele colocou o anel no meu dedo anelar da minha direita, e eu fiz o mesmo com as minhas mãos tremendo de nervosismo e felicidade.

Com isso, nos olhamos e sorrimos um para o outro - ver esse homem dessa forma é de intrigar o coração com tanta beleza que seu sorriso possui.

Repentinamente, ele colocou uma não no meu pescoço e me puxou para um beijo, o qual era uma mistura louca de tesão com extremo amor e carinho.

Já imaginava o que Katsuki iria desejar mais tarde, então cedi a essa loucura - afinal, estava querendo também.

Foi então que ele saiu do beijo e desceu da pedra, em seguida me chamando para vir também. Então, sem enrolar muito, o segui.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora