31°- "Oh, shit, oh, shit"

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☦︎༄Um dia depois.
☦︎༄Sábado.
☦︎༄19:30.

(Quebrinha de tempo de fuder.)

Nesse momento estou olhando o celular na frente do prédio onde moro na espera de Katsuki, já vestida para ir para a festa e ansiosa para finalmente me distrair um pouco fora de casa.

Soltei um suspiro de "finalmente" quando o carro do loiro parou na minha frente, e ele abriu a porta do mesmo para mim.

– Desculpa a demora.- Afirmou depois de eu entrar no carro, o qual estava com o cheiro bom do perfume do loiro.

– De boa.- Falei como se não tivesse ficado brava várias vezes por ter esperado por tanto tempo.

Coloquei o cinto de segurança, e ele começou a dirigir para festa, enquanto isso eu fiquei reparando na roupa dele pelo canto do olho - confesso que esse homem estava uma tentação.

– Você está bonita.- Comentou de repente.

– Obrigada, mas acho que você está mais.- Sorri sentindo as minhas bochechas ficarem vermelhas.

– Isso é mentira.- Riu anasalado.

Ele parou na frente de uma grande mansão, de onde podia se escutar batidas de uma música. As luzes de dentro do local faziam a gente ver as pessoas próximas da janela - que não eram poucas.

Fora do lugar também tinham várias pessoas, algumas delas eu consegui reconhecer de longe. Então, tirei o cinto e saí do carro.

– Vou estacionar em um lugar mais seguro, mas depois eu volto.- Katsuki avisou.

– Beleza.- Assenti e fui para junto das meninas.

Quando estava chegando perto delas, as mesmas se viraram para mim e me abraçaram com todo o amor e carinho possível, depois começaram a me contar sobre o que estavam conversando.

Era sobre o Katsuki.

– Parece que ele está afim de você.- Mina afirmou diretamente.

– Nossa, pensei que você fazer uma pausa para o suspense.- Jirou riu.

– Concordo.- Murmurei.- Mas acho que vocês estão confundindo amizade com namoro.

– Olha, eu tenho um amigo e ele não faz nem metade do que o Bakugou parece fazer com você.- Momo cruzou os braços.

– E, sinceramente, ele está muito mais presente do que o Midoriya.- Uraraka falou com indiferença.

– O Midoriya está com uma das pernas quebradas, como ele-

– Perna quebrada?!- Me interromperam em uníssono.

– Ele passou por nós antes de você chegar e ainda estava com- Uraraka tampou a boca da Mina.

– Queremos que você veja com os próprios olhos depois.- A mesma disse baixinho.

– Ele mentiu para você e o Bakugou.- Momo resmungou.

– Quem?- Katsuki falou repentinamente atrás de mim, fazendo eu levar um susto.

– Nada.- As meninas falaram juntas.

– Vamos, {Nome}.- Ochako segurou uma das minhas mãos, e Katsuki bufou.

Então, olhei para as outras meninas, as quais estavam com caras de "a gente falou".

Entramos naquela gigantesca mansão e um sorriso se abriu no meu rosto, pois fazia muito tempo que não me sentia jovem ao nível de ir numa festa desse tipo.

Caminhamos por mais alguns minutos, até decidirmos ficar em uma mesa no canto da balada e aproveitarmos a mesma.

– Olha.- Mina apontou para um lugar e se virou para mim, então levei minha visão para lá. 

No meio daquelas pessoas dançando, estava Midoriya segurando a cintura de uma mulher que não reconheci de primeira e beijando o pescoço dela.

Ela rebolava na frente dele como eu nunca conseguiria, o corpo dela era deslumbrante e de invejar, o qual lembrava o de…

– É a Makima.- Katsuki falou ríspido.

Nisso a mulher se virou e abraçou Midoriya, fazendo vermos exatamente o rosto da Makima, sorrindo de uma maneira gentil e que esconde toda a sua falsidade.

Senti a raiva tomar conta do meu peito e me levantei abruptamente. Queria socar a cara daquela idiota, filha de uma puta, sem noção, vagabunda, talarica, burra, retardada, demente.

Entretanto, quando pensei em ir na direção deles, Katsuki segurou a minha cintura com suas duas mãos e me puxou para trás de uma maneira que fez eu sentar no seu colo.

– Não é dando a louca e socando a cada um deles que você vai se vingar, {Nome}.- Katsuki falou no meu ouvido.

– Sério?- Franzi o cenho.

– Tá, seria uma ótima ideia também, mas existe um jeito melhor.- Sorriu convencido.- Vamos fazer a mesma coisa que eles, só que pior.

Nós dois começamos a sorrir de uma maneira maligna - o que fez as meninas se encolhem um pouco de receio -, então eu me levantei do seu colo e cruzei meus braços.

– Não acha melhor esperarmos a outra música começar a tocar.- Arqueei uma sobrancelha.

– Pode ser.- Ficou de pé.- Quer ir pegar uma bebida?

– Por enquanto não.- Olhei para o casal de relance.

Sei lá, eu estava me sentindo bem e ao mesmo tempo irritada por ter sido enganada tão facilmente.

A partir disso, na minha mente tudo começou a se encaixar, pois aquela cena deu explicação para os atrasos de Makima - o qual era um sinal de que os dois estavam se encontrando há um bom tempo.

Passei uma das minhas mãos pelo meu rosto e soltei um suspiro de irritação.

– Ele olhou para cá.- Katsuki falou rapidamente e me puxou para perto dele pela cintura.

Nisso, começou a tocar Loves Is a Bitch

– Essa é de fuder.- Eu e Mina falamos em uníssono.

– Realmente.- O loiro segurou uma das minhas mãos.- Vamos?

– Bora.- Mandei uma piscadela para ele.

Fomos para junto das outras pessoas que dançavam e entramos no ritmo das mesmas.

Nossos corpos estavam próximos e a sensação de estar nos céus aumentava a cada segundo que eu ficava com o loiro, deixando o clima bastante…suspeito, por assim dizer.

Foi então que eu e o loiro olhamos um para o outro de uma maneira impossível de descrever, mas só sei que foi uma troca de olhar que nunca tinha tido com outro homem.

Com isso, ele segurou a minha cintura com firmeza e seu rosto começou a chegar mais perto do meu, então nossos lábios se selaram em um beijo gostoso e viciante.

Isso fez eu me perguntar: "será que eu amava mesmo Midoriya esse tempo todo?"

O "não" estava decretado quando eu e Katsuki paramos de nos beijar, pois havia sentido um arrepio no meu corpo quando percebi que os olhos do homem tinham ficado mais vermelhos.

Trocamos alguns beijos rápidos enquanto eu passava a mão diversas vezes pelo seu peitoral e abdômen, os quais deveriam ter uma bonita definição.

Juro, depois disso a única coisa que eu queria era ir para a cama com essas homem, puta que pariu.

Então, notamos que o casal estava nos olhando com olhos arregalados e sem acreditar, por isso levamos nossa atenção para eles e um sorriso cínico se abriu em nosso rosto.

– O destino é foda, não acha, Midoriya?- Perguntei quando tudo ficou silencioso.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora