104°- Casamento

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☦︎༄Dia seguinte.
☦︎༄06:38.

– Já está pronta.- Katsuki perguntou saindo do banheiro bem arrumado.

– Quase. Agora, me ajuda a colocar esse colar.- Mandei, e ele se aproximou.

– Seu cabelo ficou muito bonito.- Sussurrou o loiro no meu ouvido enquanto levantava o mesmo delicadamente. 

– Claro, fui eu que fiz.- Momo disse convencida.

Eu havia chamado ela para se arrumar aqui em casa, afinal, a mulher também foi convidada e - para a minha grande vantagem - sabe fazer penteados maravilhosos.

Katsuki terminou de colocar o colar, deu um beijo molhado no meu pescoço e depois largou o meu cabelo, finalizando cada ação com um tapa na minha bunda.

– Já é a vigésima vez que vejo ele fazendo isso.- Momo resmungou e foi até a porta do quarto.- Estou indo, encontro vocês lá.

– Tá bom.- Acenei para ela antes da mesma ir embora.

Eu e Katsuki continuamos nos arrumando em silêncio até escutarmos o carro de Momo sair, que foi quando ele segurou a minha cintura com firmeza e me puxou para perto do seu corpo. 

– Sua cheirosa, gostosa, linda, maravilhosa.- Disse dando um beijo em mim em cada elogio.

– Para, Katsuki. Você vai me desarrumar.- Falei rindo.

Ele bufou e me soltou, lascando mais uma vez um tapão na minha bunda, a qual estava ardendo tanto que com certeza vou sofrer na hora de me sentar. 

De qualquer forma, finalmente terminamos de nos arrumar, demos comida e água para Marley e Nijel, e então finalmente saímos. 

Durante o caminho até onde iria acontecer o casamento, nos perguntamos se seria certo mesmo a gente almoçar lá e ficar até a hora do casal ir embora. 

Sendo assim, decidimos que vamos esperar um convidado sair primeiro para, enfim, minutos depois, criarmos uma desculpa esfarrapada  para voltarmos para casa.

Quando chegamos no local, paramos o carro onde enxergamos a Momo e saímos do automóvel, em seguida seguindo os outros que estavam com roupas parecidas com a nossa. 

Paramos em um salão, no qual encontramos os nossos conhecidos para conversar e tomar algumas coisas - no meu caso, apenas água. 

Katsuki ficou ao meu lado o tempo todo, não dando muito espaço quando alguns caras estranhos do nada me cumprimentavam e principalmente quando Midoriya surgiu. 

O esverdeado apenas acenou para nós e foi conversar com os outros, o que pareceu deixar Katsuki tranquilo. 

Então, comecei a me sentir mal. 

Sendo assim, olhei para o loiro e fiz sinais de como eu estava me sentindo, fazendo ele perguntar para várias pessoas onde era o banheiro antes de correr comigo até lá.

Quando achamos, ele nem se importou de estar cheio de mulheres jovens e bonitas lá em dentro, entrou comigo, tirou a bolsa do meu braço e se abaixou ao meu lado em um dos vasos sanitários. 

Ele segurou o meu cabelo e o colar enquanto eu vomitava, logo mandando bravamente aquelas mulheres irem embora após escutar alguns murmúrios vindo delas. 

Depois que parei de vomitar, fiquei alguns minutos ali sentada, esperando a minha alma voltar para o corpo enquanto Katsuki ia atrás de água.

– Vem.- Disse depois de puxar a descarga.

Ele me ajudou a levantar, deu um beijo na minha testa e foi como apoio para mim até a pia, onde limpei a minha boca com a água, escovei mais uma vez os dentes e retoquei a maquiagem. 

– Perfeita.- Afirmou o homem e o mesmo deu um beijo na minha bochecha.

– Amiga, está tudo bem?- Perguntou Mina enquanto entrava rapidamente no banheiro.- Ouvi umas mulheres falando que tinha alguém vomitando no banheiro, logo pensei ser você. 

– Desculpa por chegarmos atrasadas.- Uraraka murmurou.

– Não faz mal, afinal, já tinha alguém me ajudando.- Mandei uma piscadela para Katsuki, o qual sorriu para mim e saiu do banheiro. 

– Ainda bem.- Momo afirmou.- Agora é melhor a gente ir, os outros já estão indo para o local da cerimônia.

A partir disso, saímos do banheiro de forma plena, logo nos juntando com os nossos companheiros ou algum conhecido e em seguida indo para o tal lugar. 

Quando nos acomodamos em um local, o qual os nossos amigos haviam guardado para a gente ficar, conversamos um pouco com eles até a cerimônia começar. 

Nisso, alguns convidados olharam para nós, como se o que estivéssemos fazendo fosse errado, como se necessariamente precisássemos ficar completamente calados até iniciar. 

Mas no fim, quem apenas percebeu isso foi eu, pois os outros não demonstravam nada, apenas continuavam a falar e falar sem se preocupar em esfregar o foda-se na cara dos outros. 

Poucos minutos depois, a cerimônia começou, fazendo a gente parar de conversar e prestar atenção na entrada de Midoriya, o qual estava com as bochechas fortemente vermelhas.

Assim que ele parou na frente do altar, seu olhar foi diretamente para mim; naquele mesmo instante, pude perceber uma lágrima escorrendo por uma das suas bochechas.

Era uma lágrima de…arrependimento.

Eu conseguia sentir isso. 

Franzi o cenho e olhei para Katsuki, o qual estava com o cenho franzido na direção do homem, como se arrependimento na expressão dele fosse uma ofensa.

Foi então que, quando eu olhei mais uma vez para Midoriya, ele estava olhando para a entrada com um sorriso simples no rosto. De lá, estava vindo Makima com um vestido branco esbelto.  

Ela praticamente desfilou no meio daquele local, acenando para as crianças que gritavam pelo nome dela, mas sem tirar os olhos do esverdeado.

Quando a mesma parou no altar e antes deles se virarem para o padre, Midoriya deu uma última olhada para mim - ele sabe que não tem mais como voltar atrás. 

Então, coloquei a minha mão sobre o punho fechado de Katsuki, em seguida fazendo o possível para chegar mais perto dele.

– Vamos lá fora.- Pedi, e instantaneamente ele se levantou.

Saímos do local, sem ligar para os olhares curiosos que foram lançados para nós - poxa, não somos obrigados a ficar num lugar que não gostamos.

Caminhamos até encontrarmos o lugar onde provavelmente iriam fazer o almoço, em seguida indo até a ponte enfeitada de flores logo ao lado. 

Quando paramos no meio dela, nos inclinamos sobre o corrimão, olhando a água passar tranquilamente embaixo de nós.

– Você viu o jeito que ele olhou para você?- Katsuki perguntou, e eu olhei para ele.- Ele ainda sente falta de ti.

Abracei o homem, e ele retribuiu.

– Sinceramente, o problema é dele.- Resmunguei.- Mas acho que não deveria se importar tanto, porque você nunca irá conseguir superar ele.

Ele saiu do abraço e ficamos parado na frente um do outro, não demorando muito para o loiro levar uma de suas mãos para o meu pescoço e me puxar para um beijo.

Era um beijo lento e gostoso, melhor do que aquele no qual vamos ver no final da cerimônia.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora