51°- Aproveitando tudo

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Passei as mãos pelos meus cabelos enquanto soltava um suspiro, então olhei para Marley ao meu lado e fiz carinho no mesmo.

Ele lambeu a minha mão, e eu voltei a minha atenção para o carro, saindo com o mesmo após ficar alguns minutos enrolando.

Deve ser por isso que demorei tanto para dirigir um carro.

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Quando cheguei em casa, estacionei e desliguei o automóvel na frente da mesma, em seguida tirei o cinto de segurança de mim e do cachorro.

Foi então que Katsuki abriu a porta e ficou me encarando por um tempo. A expressão dele era de assustado e preocupado, provavelmente porque havia me perdido no meio do caminho.

Passei as mãos no cabelo dele,  sorri, desci do carro e chamei Marley, o qual latiu e rapidamente pulou para fora.

Nisso, Katsuki passou seu olhar pelo meu corpo diversas vezes e depois me puxou para um abraço forte e carinhoso. 

– Obrigada pelos presentes.- Falei no seu ouvido após retribuir o abraço.- Eu te amo muito.

– Pensei que tinha acontecido algo ruim com você.- Murmurou.

– Mas não aconteceu, eu só fiquei meio mal com a felicidade que estávamos seguindo.- Expliquei e dei um beijo no seu pescoço.

– Porra, eu levei um baita susto.- Resmungou.

– Desculpa.- Saí do abraço e lhe dei um selinho.- Vamos para dentro?

– Claro.- Fechou a porta do meu carro e trancou o mesmo.

Ao entrarmos em casa, minha mãe me recebeu com um abraço, em seguida olhou para o carro atrás de mim e para o cachorro antes de soltar uma risada alta.

Então, Kota apareceu com uma cara de malícia e se aproximou.

– Eu poderia pensar em coisas piores se fosse um velho rico.- Afirmou cruzando os braços.

– Eu também.- Minha mãe murmurou.

– As vezes penso que não fui aprovado por vocês.- Katsuki resmungou e me puxou para dentro da casa.

– Que incrível esse cachorro!- Gritou Kota abraçando Marley.- Qual o nome dele?

– Marley.- Respondi e me sentei no sofá.

– Gostei.- Comentou Megane.- Aliás, sua mãe teria tido um surto ontem de noite caso Katsuki não tivesse mandado mensagem para ela avisando que não iriam voltar mais.

– Eu esqueci de fazer isso.- Ri sem graça e olhei para o anel na minha mão.- Mas foi por uma boa causa.

– Acho bom mesmo.- A mais velha murmurou enquanto ia até seu marido.

Com isso, nos reunimos na sala e começamos a assistir um filme aleatório que passava no momento, apenas aproveitando o belo momento em família.

Esse que eu esperei bons anos para acontecer.

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☦︎༄Três dias depois.
☦︎༄15:39.

Nesse momento, eu, Katsuki e Kota estamos tomando sorvete, enquanto isso Megane e minha mãe provavelmente estão trabalhando, e Marley está sentado ao meu lado.

Afinal, chegamos na casa deles logo no final das férias dos mesmos, mas pelo menos podemos aproveitar muito bem os últimos dias, já que saímos para diversos lugares.

– Terminei.- Kota afirmou.- Sabe, eu estava pensando, será que daqui uns dias vocês podem me colocar em uma escola?

Eu e Katsuki nos entreolhamos surpresos.

– Já estou cansado de ficar em casa com Aizawa.- Resmungou.

– A Eri não ficava mais com vocês?- Arqueei uma sobrancelha.

– Não, ela está indo para a escola e um dia me disse que lá é muito legal.- Suas bochechas ficaram vermelhas, e Katsuki riu.

– Se juntarmos as peças, dá de se perceber que o motivo de você querer ir estudar não é só por ficar só em casa.- O loiro cruzou os braços.

– Cala a boca.- O garoto murmurou.

– Quando voltarmos para casa iremos te colocar na escola, tá legal?- Baguncei os cabelos dele.

– Sério? Incrível!- Disse todo feliz.

Eu conseguia entender toda essa felicidade de Kota, já que ele costumava trocar de escola quase todos os meses, pois sua mãe nunca decidia em que lugar ficar definitivamente.

Senti um sorriso simpático surgir no meu rosto, porque presumia que estava fazendo a escolha certa. Afinal, ele também merecia estudar como as outras crianças e não iria mais se sentir diferente das mesmas.

Depois que terminamos de tomar sorvete, fomos caminhar um pouco na praia, a qual tinha apenas alguns jovens jogando bola e dançando.

Nisso, uma das garotas que estava rebolando olhou para Katsuki e mandou uma piscadela maliciosa para o mesmo, que mostrou o dedo maroto para ela.

Soltei uma risada alta, e ele pegou a coleira de Marley da minha mão e em seguida segurou a mesma - talvez como uma indireta para mostrar que tinha namorada.

Acho engraçado que ele faz a namorada ciumenta para si próprio, não me dando o trabalho de me estressar nesse tipo de coisa.

Nunca fui de proibir ele de muitas coisas, porque Katsuki já é um homem e com certeza sabe de mais coisas da vida do que eu, então consegue decidir as coisas sozinho.

Enfim, aquela ação do loiro ação fez a jovem abaixar a cabeça e ser vítima de chacota dos seus amigos - nada mais do que o merecido.

Paramos por alguns minutos para deixar Kota e Marley brincarem um pouco com as ondas do mar, enquanto eu e Katsuki ficamos conversando sobre trabalho.

Trabalho é uma das coisas que menos falamos durante o nosso relacionamento, mas como logo voltaremos a ativa, precisamos trocar ideias para novos planos.

Eu continuava na mesma posição de quando cheguei, Momo ficou no lugar da Makima - atitude do loiro que achei mais do que certa, pois além de ter muito tempo de experiência, sabe se dedicar.

Sabendo disso, dá para se notar que não somos um casal que não mistura namoro com trabalho, pois isso seria muito injusto com os outros.

Assim que Kota pareceu se cansar, Katsuki pegou de volta a coleira de Marley e segurou uma das minhas mãos, enquanto a outra era agarrada pelo menino.

Portanto, começamos a caminhar de volta para casa, mais felizes do que quando saímos da mesma e até mesmo com pouca vontade para voltar para lá.

Contudo, se não voltarmos, sabemos que a minha mãe vai surtar, ligar diversas vezes para mim como cobrança e dizer que não aproveitei nada com ela.

Bom, o caminho de volta até lá foi bem valorizado, compramos alguns doces em um mercado que passamos e paramos para comer em uma padaria.

Depois disso, olhamos algumas coisas no parque - como apresentações de danças - e em seguida voltamos definitivamente a atenção para a estrada.

Kota ainda estava bastante animado por saber que iria começar a ir para a escola mais tarde, o que me deixou feliz também.

Quando chegamos na frente de casa, Katsuki abriu o portão, deu espaço para mim e Kota entrarmos e também entrou, em seguida dando um tapinha discreto na minha bunda.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora