99°- Nervosismo

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No fim, tive que esfriar a comida do Kota para ele poder comer, mas de resto foi tudo tranquilo, o garoto já estava mais calmo e até já estava contando alguns causos.

Assim que terminamos de jantar, Katsuki foi lavar a louça, enquanto eu e Kota fomos escovar os dentes e arrumar as nossas camas.

Nisso, me lembrei que precisava mandar mensagem para aquela mulher do local à venda, fazendo eu descer as escadas rapidamente e pegar meu celular de cima da mesa de centro.

Por sorte, havia colocado o cartão dela na capinha do meu celular, então apenas a tirei de lá, adicionei o número e logo já estava conversando com a mesma.

Ficou combinado de nos encontrarmos às oito e meia da manhã, ou seja, hoje precisarei dormir cedo da mesma forma como eu faria quando estava trabalhando na empresa.

– O que aconteceu para você descer aquelas escadas tão rápido?- Perguntou Katsuki se aproximando de mim.

– Tinha esquecido de mandar mensagem para aquela mulher que vai me vender o lugar.- Respondi.

– Ata.- Olhou para a tela do celular.- Vai querer que eu te leve?

– Não, vou acordar mais cedo para poder fazer umas coisas antes de sair, além de que não vou ter ninguém para me trazer de volta para casa.

– Ah, é verdade.- Coçou a nuca.- Vamos dormir então?

Assenti e soltei um grito quando ele me pegou no colo, me carregando no estilo noiva todo o caminho até o quarto e me largando delicadamente na cama.

Vi ele ir para o banheiro, então me ajeitei na cama e fiquei esperando o loiro aparecer. Nisso, Kota entrou no quarto e se deitou do meu lado.

– Nem precisa perguntar, eu deixo você dormir aqui com a gente.- Falei no instante em que ele iria dizer algo.

O menino sorriu, se arrumou debaixo da coberta e me abraçou, sem ligar para quando Katsuki saiu do banheiro e o ficou encarando.

Logo o homem deu de ombros, sorriu e se deitou ao nosso lado, dando um beijo na minha testa antes de dar uma leve acariciada na cabeça de Kota.

– Eu te amo.- Ele sussurrou no meu ouvido.

– Eu também te amo.- Dei um selinho nele.

Logo, estávamos prontos para dormir. Fiquei encarando Katsuki fechando os olhos lentamente, provavelmente pegando no sono minutos depois.

Sendo assim, respirei fundo e fechei meus olhos, não demorando muito para sentir o sono tomando conta de mim.

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☦︎༄Dia seguinte.
☦︎༄06:12.

Acordei e olhei para Katsuki e Kota, os quais ainda dormiam tranquilamente.

O menino havia me soltado durante a noite e agora estava agarradinho no loiro, o qual parecia estar com os braços firmes ao redor dele.

Sorri e me levantei, imaginando como vai ser lindo ver ele fazendo isso com Kota e ao mesmo tempo com o nosso futuro bebê.

Serei uma mãe fotógrafa.

Me levantei, fui até o armário, peguei a vestimenta que iria usar, roupas íntimas e uma toalha. Em seguida, fui para o banheiro, deixei onde não molhasse, fechei a porta e comecei a me despir.

Então, entrei no box e liguei o chuveiro, esperando a água ficar morna antes de me enfiar embaixo da mesma.

Nisso, comecei a ficar nervosa por algum motivo - e se fosse muito caro e eu não pudesse comprar aquele lugar? E se eu conseguir comprar e no final não sobrar para comprar os móveis? E se eu não conseguir lidar com nada? Onde irei encontrar empregados?

Respirei fundo, pegando o xampu e colocando ele na minha mão antes de passar o mesmo nos meus cabelos.

Em seguida, comecei a fazer toda a minha maravilhosa terapia de banho, algo que faço mesmo quando fico secando em casa.

Depois que terminei de tomar banho, saí do box e comecei a me secar, enrolando a toalha no meu cabelo. Logo, me vesti e fui até o espelho do banheiro para poder dar uma hidratada na minha pele.

No mesmo instante, Katsuki abriu a porta, me encarando enquanto eu pegava a pinça e começava a dar uma leve ajeitada na minha sobrancelha.

– É uma mulher que vai conversar com você, não é?- Perguntou fechando a porta atrás de nós.

Assenti com a cabeça, ficando nervosa quando ele se aproximou demais de mim e sua boca encostou na curvatura do meu pescoço lentamente.

Eu sabia exatamente o que ele iria fazer.

Mordi meu lábio inferior para não sair nenhum barulho da minha boca quando ele deu uma mordida no meu pescoço, obviamente para marcar o seu território.

– Mas é uma mulher, amor.- Falei colocando a mão por cima da marca da mordida.

– Nunca se sabe, às vezes ela pode levar um cara junto.- Resmungou e deu um tapa na minha bunda.- Cheirosa.

– Obrigada.- Murmurei.

Após terminar de fazer tudo o que precisava, saí do banheiro e olhei para o relógio no criado-mudo.

Ainda eram 06:20.

Sendo assim, fui acordar Kota, o qual se espreguiçou e bocejou antes de se sentar e ficar esperando a sua alma carregar.

Confesso que fiquei com dó dele.

Da mesma forma, saí do quarto, desci as escadas e fui para a cozinha, logo começando a preparar o café para nós - agora não precisava mais ligar para o tempo.

Quando o meu café ficou pronto, eu estava prestes a beber um gole do mesmo quando senti Katsuki me abraçar por trás, dando um beijo onde havia mordido.

– Vou fazer uma torrada para você.- Sussurrou no meu ouvido.

– Não precisa, você sabe que não como de manhã.- Afirmei, e ele franziu o cenho.

– Agora não é só você que precisa comer.- Apontou para a minha barriga.- Está valendo por mais alguém aí.

Sorri sem graça para ele e bebi um pouco do café, fingindo estar me obrigando a ficar na cozinha na espera da torrada, sendo que estou amando esse cuidado dele.

Após a torrada ficar pronta, ele a colocou no pratinho e me entregou, dando um beijo na minha testa antes de pegar o seu café e sair da cozinha.

Foi então que Kota entrou na cozinha, com o rosto inchado e uma lágrima escorrendo por uma de suas bochechas. Limpei a mesma quando o mesmo se aproximou, já imaginando o que estava acontecendo.

Sendo assim, dei uma mordida rápida na torrada, peguei o primeiro pano que vi na frente, abri o congelador e peguei a forma de gelo.

Após tirar alguns gelos da forma e enrolar no pano, entreguei para o menino, o qual o colocou no machucado da boca e fungou o nariz.

Dei um beijo na testa dele, terminando de tomar meu café da manhã enquanto esperava ele demonstrar não estar mais com dor.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora