124°- Pequena turbulência

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Só voltamos para dentro de casa quando Katsuki já havia se acalmado. Ele chorou um pouco e disse tudo o que sentia, enquanto eu muitas vezes ficava em silêncio e até dizia algumas coisas para lhe tranquilizar.

Meu coração ardia por não saber exatamente o que fazer naquele momento. Eram poucos os momentos de fraqueza do homem, por isso é meio estranho para mim quando acontecesse.

Mas, de qualquer forma, fico feliz quando ele diz esta mesma frase todas as vezes:

– Obrigada por ter ficado comigo, eu te amo.- Diz.

E aí, dou um beijo na sua testa e tudo parece ter ficado tranquilo, ele dá aquele sorriso bobo e lembra de fazer algo.

Enfim, apenas eu voltei para a barraca de Kota, porque o loiro disse que iria começar a fazer o almoço.

Dessa forma, falei bastante com o menino sobre a escola e deixei que ele conversasse com o bebê - o que foi exatamente confortável agora, pois estava entre várias almofadas e cobertores.

E foi pensando nisso, que tive a consequência de pegar no sono.

Contudo, antes disso, pude sentir Kota ajustar os travesseiros e me cobrir com uma coberta. Em seguida, me dando um pequeno beijo na testa.

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Acordei com o homem se deitando ao meu lado e mexendo nos meus fios de cabelo, seus olhos estavam brilhando e isso fez com que eu sorrisse. Amo vê-lo dessa forma.

– Dormiu bem?- Perguntou.

– Demais.- Murmurei e bocejei.- Já almoçaram?

– Sim, vim te acordar por conta disso.

– Ata.- Coço os meus olhos.- Como está se sentindo? Ela não te ligou?

– Sim, só que eu acabei perdendo a chamada.- Murmurou.- No fim, tenho certeza de que você deve estar certa.

– Eu sempre estou certa.

– Ei! Frase é minha!- Faz bico.

Rio e lhe dou um beijo rápido.

– Linda.- Afirma e senta.- Eu já trago a sua comida.

– Tá bom, obrigada.

Ele me deu um beijo na bochecha e saiu, deixando a barraca aberta por um tempo para que Nijel pudesse entrar - esse que logo se aproximou de mim para receber carinho.

Me ajeitei até ficar sentada de maneira confortável e esperei Katsuki voltar com a comida. Enquanto isso, fiquei acariciando o gato e dando umas folheadas nos livros que Kota deixou ali.

Afinal, onde estava o garoto?

Quando o loiro voltou, deixou o prato no meu colo e me entregou os talheres. Ele havia feito lasanha e isso me deixou extremamente feliz, isso ao mesmo tempo que descobri minha grande fome.

– Onde está o Kota?- Pergunto.

– A sua mãe ainda está na cidade. Então, ela ligou aqui em casa e pediu que eu levasse até o apartamento deles.- Respondeu.

– Ata.- Digo e como um pedaço da lasanha.- Nossa, ficou muito bom.- Digo de boca cheia.

– Eu sei.- Sorriu convencido.

– Viu? E ainda não gosta de quando pego as suas manias.- Resmungo, e ele solta uma gargalhada daquelas gostosas de se ouvir.

Ele fica conversando comigo enquanto como e depois brinca um pouco com Nijel, mas não recebe muita atenção, pois o gato parecia estar mais interessado no conforto das almofadas e cobertas.

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