107°- Deu tudo certo

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☦︎༄Cinco meses depois.
☦︎༄Terça-Feira.
☦︎༄09:34.

Hoje eu e Katsuki decidimos ir fazer mais uma ultrassom, isso mesmo mal termos completado um mês longe do consultório e também porque seria um bom momento para sabermos o gênero do bebê e ouvir os batimentos. 

No momento ainda estamos no carro, com o carro estacionando na frente do prédio do consultório, ambos nervosos assim como em todas as vezes que decidimos vir para cá. 

Não sei, ainda parece ser muito estranho.

De qualquer forma, Katsuki saiu do carro, deu a volta no mesmo, abriu a porta para mim, me ajudou a sair e cruzou nossos braços antes de irmos em direção a porta.

Em seguida, ele fechou o carro pelo botão da chave mesmo, pois agora que já estávamos seguindo o caminho, não dava mais para simplesmente olhar para trás. 

– Porra, {Nome}. Eu estou nervoso.- Sussurrou no meu ouvido quando eu coloquei a mão na maçaneta.

– Cala a boca, eu que estou com a cria na barriga, e quem fica nervoso é você?- Sussurrei de volta e abri a porta. 

Assim que entramos no prédio, a recepcionista sorriu para nós. Então eu fui até ela, deixando a minha "criança" olhando para os brinquedos que haviam no canto do local.

– Tudo bem, {Nome}?- Ela perguntou, e eu assenti.- Já irei avisar a sua doutora que está aqui. Hoje ela não tem nenhum horário marcado, então em poucos minutos irá lhe atender. 

– Obrigada.- Sorri e me sentei em uma das cadeiras de espera.

– Eu estou nervoso.- Disse o loiro se sentando ao meu lado.- Acho que vou fazer fiasco igual quando eu vi o pezinho.

Segurei uma das mãos dele e dei um beijo na sua bochecha.

– Vai ficar tudo bem.- Comentei.

Em menos de vinte minutos, eu já estava em dentro da sala da minha doutora, olhando para o bebê pela tela na tentativa de enrolar um pouco até que Katsuki ficasse pronto para escutar os batimentos.

O jeito como meu coração acelerava enquanto olhava para aquela miniatura de pessoas fazia eu sentir uma dorzinha leve no peito.

Nisso, olhei para Katsuki, me fazendo ficar mais emocionada ao ver os brilhos nos olhos dele, esses que também surgiram na primeira vez - antes dele chorar. 

– Querem ouvir os batimentos.- A mulher finalmente perguntou, e eu assenti com a cabeça. 

Ela colocou as olivas do estetoscópio no ouvido e colocou a parte mais redonda na minha barriga, em seguida começando a procurar o lugar certo onde havia os batimentos. 

Quando pareceu achar o local certo, tirou as olivas dos seus ouvidos e pôs delicadamente nos meus, fazendo eu errar a batida do meu próprio coração enquanto escutava as do bebê.

– Vai ser um menino muito bonito.- Ela comentou repentinamente, e Katsuki soltou todo o ar segurava. 

Comecei a rir de nervoso e tirei as olivas do meu ouvido, chamando o loiro para perto antes de colocá-las no seu ouvido. 

Sua reação foi melhor do que eu esperava, ele sorriu para mim de uma maneira incrível linda enquanto ria e chorava ao mesmo tempo, em seguida me abraçando e dando diversos beijos na minha bochecha. 

Ele nem precisou olhar para o próprio filho para cair na real que seria pai, e isso me deixou incrivelmente feliz.

Assim que terminamos de tirar proveito daquela sensação maravilhosa e matar algumas curiosidades, saímos do local e fomos para o carro.

– Foi maravilhoso.- Katsuki afirmou quando entramos no carro.- Não vejo a hora de sentir isso verdadeiramente na pele.

Dei um beijo na bochecha, então ele sorriu de forma gentil para mim antes de ligar o carro e me levar de volta para a Floricultura, a qual havia sido inaugurada dois dias atrás.

Foi meio tedioso nas primeiras horas, mas logo vários clientes começaram a surgir e agora temos uma coleção de flores para serem entregues.

Tenho a ajuda de Momo, a qual percebeu que ser professora não era o seu lugar certo e aceitou a minha proposta; e também da prima de Katsuki, essa que já estava desempregada há um bom tempo.

O nome dessa tal prima é Himeno e é uma das que Katsuki não vai muito com a cara, mas que eu me dei extremamente bem.

No momento em que ele me deixou na frente da floricultura, dei um beijo de despedida nele e saí do automóvel, sentindo os olhos do loiro fixados em mim enquanto eu entrava no lugar. 

– Oi, gente.- Cumprimentei as mulheres enquanto ia para o escritório deixar a minha sacola.

– Oi, {Nome}.- Falou Himeno quando voltei para a recepção.- Como foi?

– Ótimo.- Comentei indo ajeitar uma das flores.- É um menino.

– Sério?!- Momo gritou.- Para quem você acha que ele vai puxar?

– Pela genética, acho que vai ser muito mais parecido com Katsuki.- Dei de ombros.

– Verdade, vejo pela minha parte da família, afinal, eu mesma sou loira dos olhos vermelhos.- Riu Himeno.- Não se preocupe.

– Não estou me preocupando, porque se for pela genética do seu primo, meu filho vai ser muito bonito.- Comentei.

– Para, {Nome}. Se o seu filho também puxar por você, tenho certeza de que também vai ser extremamente bonito.- Momo me mandou uma piscadela.

A partir disso, vários clientes começaram a surgir e muitas ligações começaram a acontecer, o que significa que nosso trabalho árduo havia voltado.

Éramos a única floricultura local, com várias ideias para flores e renovando o lugar toda a semana, seja trocando móveis, retocando a pintura e, obviamente, pagando a conta.

Por que as pessoas só pensam em reformas quando se trata de renovação? Sinceramente, pagar as contas para também é uma renovação satisfatória.

– Com licença?- Uma voz masculina chegou em mim, e eu me virei.

Fiquei surpresa ao ver que era meu irmão e, logo atrás dele, minha mãe, meu padrasto e sua mulher. Nos abraçamos e então decidi levar eles para o meu escritório.

– Que surpresa vê-los aqui.- Comentei depois de ir para o outro lado da minha mesa. 

– Pois é, estávamos decidindo faz meses de vir, mas acabou ficando para agora por conta dos preços anteriores de alguns apartamentos.- Meu irmão explicou. 

– Como sabiam onde me encontrar?- Arqueei uma sobrancelha.

– Havíamos ido na empresa do seu namorado minutos atrás, conversamos com ele e acabamos descobrindo o seu empreendimento.- Meu padrasto explicou.

– Quer dizer, reformulando, fomos na empresa do seu NOIVO.- Minha mãe disse rindo e apontou para meu anel.

Sorri gentilmente e assenti com a cabeça, em seguida começando a contar para eles outra novidade: a minha maravilhosa gravidez. 

Os gritos de animação fizeram eu rir e automaticamente colocar a mão na minha barriga - peguei uma mania horrível de fazer isso toda a vez que falo sobre meu bebê.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora