91°- Trocando ideias

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Quando já estávamos ajeitados, nos jogamos no sofá e começamos a assistir uma série na televisão.

Me encontrava por cima de Katsuki, com minha cabeça deitada no seu peito, podendo escutar as batidas calmas do seu coração e sentir a sua respiração.

Ele puxou a manta um pouco para cima e deu um beijo no topo da minha cabeça. Então, olhei para o homem e sorri de forma simples antes de lhe dar um selinho.

– O casamento pode ser onde?- Perguntou repentinamente.

– Na praia onde você me pediu em namoro.- Respondi rapidamente.

– Enfeites?- Neguei com a cabeça.- Por quê?

– Porque o mar é esplêndido, assim como a nova força que irá ser criada em nosso laço, e os enfeites irão estragar toda essa sensação.- Explico.

– Vão ter cadeiras para os convidados pelo menos?- Assenti com a cabeça.- Vai querer fazer pelo menos uma festinha depois?

– Pode ser.- Dei de ombros.- Podemos reservar aquele meu restaurante preferido.

– Tá bom, temos que marcar um dia para irmos para a sua mãe, pelos menos uns dois meses antes do casamento.- Disse ele de forma pensativa.

– Verdade.- Concordei.- Por falar em casamento, no outro outro de semana já é o do Midoriya, ainda está disposto em ir?

– Sim, mesmo que seja para encarar ele da forma mais mortal possível.- Me mandou uma piscadela.- Mas não quero discutir sobre o casamento dele, quero saber do nosso.

Senti um sorriso bobo tomar conta do meu rosto, então vi Marley subir em cima do sofá e se acomodar em cima de nossos pés, fechando os olhos antes de suspirar.

– Onde pode ser a Lua de Mel?- Perguntou enquanto um sorriso de malícia surgia no seu rosto.

– Não sei.- Dei de ombros.- Acho que vamos ter que fazer duas.

– Também acho.- Concordou.- Uma para pelo menos passar o tempo juntos enquanto vemos nosso bebê desenvolver, e a outra-

– Aliás, acho que seria mais fácil a gente deixar para fazer o casamento depois de nascer, assim as fotos estariam completas.- Interrompi.

– Seria legal também.- Fez uma cara de pensativo.- Mas vai demorar demais.

– Foda-se, se é para ser, será.- Resmunguei, e ele riu.

Voltamos a nossa atenção para a televisão, enquanto isso eu me sentia cada vez mais agoniada, porque ele ainda não tinha dito como ele iria querer fazer o casamento e a Lua de Mel.

Com certeza está esperando que eu me decida sozinha, afinal, sou a noiva - nunca entendi o motivo de os homens não poderem dar a sua opinião nesses casos.

– Vou escolher a Mina e o Kirishima como madrinha e padrinho.- Murmurei.- Quer escolher os outros?

Olhei para ele, o qual estava encarando o teto com uma cara de pensativo, em seguida olhou para mim e sorriu de canto.

– O Kaminari e a Jirou.- Afirmou, e eu levantei uma sobrancelha.- Aquele idiota disse que só estão ficando, mas até lá podem estar começando um relacionamento sério.

– Você fala com tanta firmeza que é difícil não acreditar nessa possibilidade.- Ri.

– Mas agora, sobre o casamento, acho melhor deixarmos para fazer depois que nosso bebê nascer, aí até a Lua de Mel você já vai estar recuperada.

Concordei com a cabeça e comecei a me sentar em cima dele, logo sentindo suas mãos passarem por baixo da minha camisa e um dos polegares começar a contornar o meu umbigo.

Meus olhos se mantiveram nos seus a cada instante, prestando atenção enquanto eles ficavam mais vermelhos em cintilantes conforme a expressão simples de felicidade surgia lentamente no seu rosto.

Vê-lo dessa forma me deixava feliz, fazia eu querer e aceitar qualquer coisa que ele pedisse naquele instante - é bom ou ruim ele não saber disso?

Quando seus olhos se encontraram nos meus, suas mãos foram até minha cintura, a qual segurou com um pouco de firmeza antes de usá-la para me ajeitar melhor no seu colo.

Apoiei minhas mãos nos seus peitos, apertando os mesmos e rindo quando já expressão de desagrado tomou conta do seu rosto.

– Você é incrível, sabia?- Sorri.

– Sabia.- Me mandou uma piscadela.- Acho que você vai ser uma ótima mãe, {Nome}.

– E eu acho que você vai me superar mesmo sendo o pai.- Afirmei.

– Não tenho certeza, estou com medo de ficar tempo demais no trabalho, porque significa que não vou ter tempo de ficar com vocês.- Resmungou, e eu engoli em seco.

– Também estou com medo disso.- Comentei.- Talvez, quando eu possa voltar a trabalhar, teremos que deixar nosso bebê com a sua mãe.

– Verdade.- Concordou.- Enfim, que nome vai dar se for menina?

– Katsumi.- Respondi no mesmo instante.

– E menino?

– Katsu.- Ele semicerrou os olhos.- Sim, combinam com o seu nome.

– Gostei disso.- Começou a se ajustar para ficar sentado.-  Nosso bebê vai ser lindo pra caralho, afinal, nossas genéticas são fodas.

– Só espero que não seja pegador ou pegadora igual o pai, não estou afim de ficar recebendo uma mulher ou um homem por mês.- Cruzei os braços.

– Mas eu também não espero que fique na seca igual a mãe.- Me deu um selinho, e eu fiz bico.- Estava brincando.

– Não gostei da brincadeira.- Virei a cara, cruzei os braços e segurei o riso quando ele me puxou para perto para dar beijos no meu pescoço.

– Não me importo como será o nosso bebê, irei amá-lo da mesma forma.- Sussurrou no meu ouvido.

Passei meus braços ao redor do seu pescoço, sentindo ele rodear os dele pela minha cintura, juntando suas mãos nas minhas costas.

Agora, abraçados, dei alguns beijos no seu pescoço antes de enterrar meu rosto ali, respirando fundo na intenção de sentir o seu cheiro.

Ele deu um beijo na minha cabeça e começou a enrolar uma mecha do meu cabelo no seu dedo indicador, em seguida bufando provavelmente para Nijel, o qual escutei miar.

Até queria perguntar o que estava acontecendo, mas naquele instante eu não conseguia dizer nada, pois um forte cansaço tomou conta do meu corpo.

Respirei fundo e soltei calmamente, fechando os olhos e me ajeitando melhor em cima do loiro, o qual mais um vez deu um beijo na minha cabeça antes de dar uma apertadinha no meu bumbum.

Sabia que ele iria fazer isso.

O único barulho que ecoava pela casa era da televisão, mas logo tudo ficou completamente quieto. Então, senti Katsuki se mexer sem parar e a manta sumir de cima de mim.

Não demorou muito para eu sentir meus pés flutuando, com um dos braços do homem atrás de mim, e o outro abaixo da minha bunda; era até como se meu corpo tivesse ficado mais pesado.

Abri um pouco meus olhos, vendo o sofá se distanciar cada vez mais, com Marley deitado em um canto, enquanto Nijel está sentado na beirada do outro.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora