Me sentei abruptamente, sentindo uma gota de suor escorrer pela minha testa, a qual acompanhava uma lágrima que descia pela minha bochecha e pingou na coberta ao chegar no meu queixo.
Havia tido o mesmo pesadelo.
Olhei para Katsuki ao meu lado, ele estava extremamente assustado e segurava firmemente a minha mão, em seguida me puxando para um abraço e beijando diversas vezes a minha cabeça.
Comecei a chorar de desespero e medo, pois isso significava que esses sonhos não acabarão tão cedo como aqueles dos quais eu tinha quando era mais pequena.
Esses eram com meu pai batendo na minha mãe, serviam como lembranças das coisas que aconteciam no meu dia, mas pareciam estragar os outros.
Agarrei com força a camisa Katsuki e enterrei o meu rosto no seu peito, ainda sentindo seus beijos junto com um carinho leve nas costas.
- Eu não gosto mais daquele cara.- Resmungou Katsuki repentinamente.
Acho que só ele teve esse pensamento tão duradouro sobre aquele homem, porque Kota nem quis pensar em ficar na sala de estar olhando para aquele...sei lá.
Quando o homem me soltou, olhei para o relógio em cima do criado-mudo e fiquei aliviada ao ver que já era 07:31, pois poderia levantar, tomar café e fazer minhas coisas diárias.
Assim que me levantei, fui para o banheiro, fiz o que precisava, ajeitei meu cabelo, amarrei o mesmo e lavei meu rosto, me sentindo bem quando joguei a água gelada contra a minha face.
- Quer almoçar fora hoje?- Perguntou Katsuki ao me abraçar por trás.
- Pode ser.- Dei de ombros e me virei para ele.- Pode ser onde?
- Naquele lugar onde te contratei; era o meu restaurante preferido, mas não fui mais depois que comecei a ir demais no seu apartamento.- Deu de ombros.
- Ata, entendi.- Sorri e dei uma ajeitada no cabelo do homem.- Pode ser.
Ficamos conversando mais um pouco, então eu saí do banheiro e depois do quarto, descendo as escadas antes de ir à cozinha começar a fazer nosso café.
Enquanto deixava a cafeteira fazer seu trabalho, troquei a comida e água de Nijel e Marley, os quais ficaram me acompanhavam com os olhos.
Então, voltei para o cômodo anterior, colocando os cafés nas xícaras e pondo o tanto de açúcar que gostamos, levando uma das mesmas à mesa quando vi Katsuki descer as escadas.
- Eu estava pensando numa coisa.- Disse ele chegando perto.- Precisamos colocar cadeiras atrás desse balcão e trocar essa mesa.
- Verdade, essa mesa é a única coisa que trouxemos do apartamento, né?- Ele assentiu.- Deve ser por isso que ocupa quase toda essa cozinha.
- Sim, por isso estou pensando em comprar uma menor.- Pegou a xícara e deu um gole no café.
- Boa ideia, mas por enquanto vamos deixar assim mesmo, temos outras coisas para organizar e tem uma que vai um bom dinheiro.- Lembrei.
- Verdade.- Concordou.- Eu vou terminar de tomar esse café e vou acabar de ajeitar as coisas ali atrás.
- O que falta?- Arqueei uma sobrancelha, olhando para o quintal pela janela acima da pia da cozinha.
- Recolher o maço de grama cortada que eu mandei o Kota rastelar para um canto ontem e lavar a parte do quiosque.- Afirmou caminhando até o meu lado.
- Se quiser eu te ajudo.- Murmurei vendo pelo canto do olho a mão dele indo até a minha bunda.
Ele parecia estar com um grande receio de tocá-la, provavelmente com medo de que eu negue essa ação, pois o homem não sabe como foi o meu sonho.
Nisso, segurei sua mão, e Katsuki arregalou os olhos, fazendo uma expressão de quem achou que havia cometido o erro mais horrível do mundo.
Sendo assim, sorri como quem só tivesse pensamentos bonitos e coloquei sua mão na minha bunda, rindo quando senti ele apertar a mesma.
Ele pôs sua outra mão na minha cintura, e eu coloquei as minhas nos seu pescoço, logo o puxando para um beijo lento - que ao mesmo tempo era profundo e quente.
Senti sua mão se afirmar onde elas estavam antes dele me puxar abruptamente para perto, fazendo eu arfar quando nossos corpos se chocaram um no outro.
A língua dele passeando lentamente por cada canto da minha boca me deixava cada vez mais excitada, permitindo ele de fazer qualquer ação.
Contudo, todo esse amor não durou por muito tempo, pois logo escutamos Kota descer as escadas. Sendo assim, Katsuki finalizou o beijo com um selinho e bebeu o resto do seu café.
- Bom dia.- Falei para o menino quando o mesmo entrou na cozinha.
- Bom dia.- Murmurou ele.- Pode deixar que eu faço o meu café.
- Faça pelo menos uma torrada, tá? Sabe que desmaia se ficar sem comer alguma coisa de manhã.- Afirmei e baguncei seu cabelo.
- Sim, sim.- Assentiu.
Terminei de tomar meu café e comecei a lavar as xícaras, escutando as provocações de Katsuki para Kota, o qual parecia estar se segurando para não surtar.
Quando acabei, deixei elas secando ali no canto e fui para a sala de estar, quase sendo derrubada no momento em que Nijel e Marley passam correndo por ali.
Nisso, a campainha tocou, fazendo eu estremecer, começar a dar passos para trás e dar um pulo de susto quando o cão ficou na minha frente, rosnando e começando a eriçar os pelos enquanto olhava a porta.
Katsuki veio até mim, e eu olhei para ele, soltando um suspiro de alívio quando o loiro balançou a cabeça na direção das escadas, em seguida me apressando para ir ao nosso quarto.
Fiquei sentada na cama, esperando ele me chamar e dizer que está tudo bem, balançando os pés e brincando com os dedos das minhas mãos freneticamente, sentindo meu corpo se encher de nervosismo.
O tempo parecia não querer passar de maneira alguma, então me levantei, fechei a porta e comecei a mexer nas minhas roupas, logo concluindo que precisava doar algumas.
Joguei as camisas em cima da cama e peguei uma sacola, em seguida começando a separar tudo em montinhos, logo vendo a porta ser aberta e Katsuki entrar.
- Eram os bombeiros militares, disseram que haviam relatado de terem encontrado uma cobra aqui perto.- Afirmou ele se aproximando.- O que está fazendo?
- Separando umas roupas para doar.- Murmurei já colocando algumas na sacola.
- Vou ter que fazer isso também, mas vou deixar para o outro final de semana.- Deu um beijo na minha bochecha.- Estou indo terminar o serviço, se precisar de alguma coisa só dá um grito.
Assenti e fiquei olhando ele ir embora, depois soltando um suspiro por não ter sido aquele homem, logo percebendo que Marley também havia ficado com receio de campainhas.

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𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢
Fanfic🥇#katsuki 🥇#bakugou 🥇#katsukibakugou Narrado pela própria protagonista. {Nome}, uma mulher que sempre foi dedicada ao seu trabalho, mas após um tempo as coisas começaram a sair fora do controle. Não conseguia mais acordar cedo e acabava se atra...