86°- Suposição

124 15 1
                                    

☦︎༄Hora do almoço.

Havia conseguido passar horas e horas sem vomitar, apenas sinto algumas tonturas, as quais obviamente estão acontecendo por conta de eu estar sem comer.

- Sim! Ele é um merda!- Concordou Mina.

Sim, já estamos no restaurante fofocando, mas dessa vez tomando mais cuidado com o que estamos falando, porque Katsuki teve a ideia de me acompanhar hoje.

Sendo assim, as meninas me olharam, riram ao perceberem como eu não conseguia falar ou concordar com quase nada tendo ele do meu lado.

Não escondo nada dele, mas sei que se comentar alguma coisa, quem vai tomar o meu lugar durante toda a conversa vai ser ele mesmo - afinal, é o primeiro a saber de tudo.

- Quer mais?- Perguntou dele depois de eu terminar de raspar o prato.

- Não.- Neguei.

- Então vou pagar.- Disse e se levantou, pegando nossos pratos e indo para o caixa.

- Bem que você falou, ele está mesmo preocupado contigo.- Jirou afirmou cruzando os braços.

- Mas você sabe o que pode ser o motivo de ter passado mal?- Uraraka cruzou os braços.

- Não.- Dei de ombros.

- Então já tenho uma ideia do que pode ser.- Mina semicerrou os olhos e sorriu de canto.- Gravidez.

Arregalei meus olhos e senti as minhas bochechas ferverem, concluindo que essa com certeza é uma das probabilidades das quais não se pode discordar.

- Todo mundo passa mal, Mina.- Riu Jirou.

- Mas se ela passou mal sem motivo, deve ser.- A mulher deu de ombros.

- Por que a gente simplesmente não espera? Se esses sintomas continuarem, a gente leva ela para fazer o teste e-

- Que teste?- Katsuki perguntou se aproximando.

Ficamos em silêncio, o qual estava ficando cada vez mais vergonhoso, principalmente para mim, pois me obriguei a respirar fundo e pensar numa resposta.

- Não é teste, é exame.- Fingi corrigir Uraraka.

- Mas do quê? E para quê?- O loiro se sentou.

- Exame de sangue para ver se eu peguei algum vírus, porque é estranho eu ter começado a passar mal do nada.- Afirmei.

- É verdade.- Murmurou.- Bom, então vamos amanhã de manhã, o que acha?

Dei de ombros e olhei para as meninas, as quais pareciam mais tranquilas do que antes, sorrindo igual umas idiotas antes de puxarem algum outro assunto.

☾︎❦︎☽︎»»»»»»»»»»»☾︎❦︎☽︎

☦︎༄Em casa.

Katsuki abriu a porta da garagem e deu espaço para entrarmos em casa, em seguida nos espalhamos e cada um foi para o seu quarto se arrumar.

Sendo assim, logo me encontrava em dentro da banheira, com as pernas por cima das de Katsuki, o qual estava sentado na minha frente, com a cabeça jogada para trás e sorrindo de canto.

- Amor.- Chamei, e ele me olhou.- Obrigada por ter me ajudado hoje.

- De nada.- Colocou a mão no meu rosto e acariciou a minha bochecha com o polegar.- Você é muito linda, sabia?

- Sim.- Respondi rindo.- Você também é muito lindo, sabia?

- Obviamente.- Riu anasalado.

Estávamos nos lavando enquanto conversávamos sobre o nosso casamento, além da roupa que iríamos usar no de Midoriya daqui dois meses.

Nisso, olhei para o anel de noivado na minha mão esquerda - a qual estava apoiada na beirada da banheira -, sorrindo de canto enquanto a minha mente voava pelos meus planejamentos, esquecendo completamente que Katsuki ainda estava falando.

Foi então que, quando levei de volta minha atenção para ele, fiquei assustada ao vê-lo com seu rosto extremamente perto do meu, podendo até sentir sua respiração.

Senti seus lábios tocarem nos meus para o início de um selinho demorado. Então, coloquei as minhas mãos no seu pescoço na tentativa de evoluir o beijo, mas ele me sacaneou.

- Vou pedir uma pizza.- Afirmou parando de me beijar e saindo da banheira.

Franzi o cenho e comecei a jogar água nele, impedindo que o mesmo se secasse. Então, ele pegou sua toalha e saiu do banheiro correndo enquanto ria de nervoso.

Ri negando com a cabeça e continuei na banheira, inclinando a minha cabeça para trás e encarando o teto sem pensar em absolutamente nada.

Foi então que escutei os passos de Marley e olhei para a porta, vendo o mesmo vir até mim, se sentar, colocar as patas dianteiras na beirada da banheira e por sua cabeça sobre as mesmas.

- O que foi?- Comecei a fazer carinho no mesmo.

Ele choramingou um pouco enquanto seus olhos se iluminavam e seu rabo começava a se mexer freneticamente, tudo por conta do efeito trazido pela minha voz e o simples carinho que fiz.

- Vai, daqui a pouco vou lá brigar contigo.- Falei para o cão, então escutei Katsuki chamar o mesmo.

Quando ele saiu do banheiro, comecei a sair da banheira, me secando um pouco antes de me enrolar na toalha e sair do cômodo, encontrando Katsuki pelado no quarto.

- Pensei que já tinha se trocado.- Murmurei indo até o guarda roupa.

- Estava vendo algumas mensagens no celular.- Falou largando o mesmo em cima da cama.- Além de me obriguei a abrir a porta para esse pulguento.

- Ei, não fala assim.- Fiz carinho em Marley ao passar por ele no meio quarto.

Tirei a toalha do corpo e joguei a mesma em dentro do cesto, em seguida abri o guarda roupa, mexendo nas coisas até achar algum pijama decente.

Depois, me ajoelhei para poder abrir a gaveta das minhas roupas íntimas, pois a mesma tinha ficado emperrada de uma forma tão estranha que foi necessário dar um soco nela para ela abrir.

Quando peguei um sutiã e uma calcinha, me levantei e comecei a colocar o sutiã enquanto me olhava pelo espelho, fingindo não perceber os olhos de Katsuki vidrados em mim enquanto o mesmo se aproximava.

Foi então que, quando eu estava prestes a colocar a calcinha, ele segurou as minhas mãos em cada lado do meu corpo e mordeu a curvatura do meu pescoço.

- Katsuki.- Gemi baixinho.- Nós não estamos sozinhos.- Olhei para Marley.

- Ah, é verdade.- Bufou.

Ele deu um tapa forte na minha bunda e começou mexer nas suas roupas, enquanto isso eu coloquei a minha calcinha, vesti o meu pijama e passei o desodorante nas axilas.

A partir disso, olhei para Katsuki abrindo a porta e mandando Marley ir para fora, em seguida percebendo que ele estava apenas de calça e, muito provavelmente, sem a cueca.

Ri, neguei com a cabeça e fui atrás de Marley. Desci as escadas, caminhei em passos lentos até a sala de estar e parei ao lado do sofá, onde Kota já estava deitado.

- Oi.- Disse ele olhando para mim e pausando o desenho na televisão.- Posso te fazer uma pergunta?

Assenti com a cabeça, então ele se ajeitou no sofá e fez um sinal com a mão para que eu me abaixasse. Ao obedecer, o menino chegou perto do meu ouvido.

- Você está grávida?- Perguntou baixinho.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora