133°- Sentimentalismo

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Assim que terminamos o almoço, Mitsuki foi chamá-los, enquanto eu fiquei arrumando a mesa.

Contudo, quando estava me esticando para pegar um copo, senti mãos fortes me agarrarem pela cintura e um beijo na curvatura do meu pescoço, fazendo eu paralisar.

– Linda.- Katsuki sussurrou no meu ouvido.

– Katsuki, você sabe que aqui não podemos.- Resmunguei.

– Eu sei, mas acabei deixando eles se enrolando um pouco com Katsu.

– Não acredito.- Peguei o copo e me virei para ele.

– O quê? Você também deixou os meninos com eles para a gen-Tampei a boca dele no mesmo instante em que escutei passos se aproximando.

– Em casa conversamos sobre isso.- Digo, e Kota surge.

– Está tudo bem por aqui?- Ele pergunta, e Katsuki assente e tira minha mão da sua boca.

Então, Mitsuki apareceu com Katsu no seu colo e junto de seu namorado. Peguei o bebê do colo dela e coloquei ele na sua cadeirinha, dando um beijo na bochecha dele antes de começar a arrumar seu prato.

– Eu tô namorando.- Kota disse repentinamente após sentar à mesa.

Todos ficamos olhando para ele, assustados pela repentinidade de sua fala. E então, eu sorri.

– E quem é a sortuda?- Perguntei, e ele me olhou surpreso.

As bochechas do jovem ficaram vermelhas, e Katsuki riu.

– É a Eri.- Afirmou.

– Nossa, vou fingir que não sabia.- Bakugou diz erguendo as mãos para cima e fazendo uma cara forçada de surpresa.

– Katsuki, pare.- Mitsuki resmunga para o homem.- Enfim, isso é ótimo. Acho que deveria trazer ela aqui para casa um dia.

– Também acho, mas Aizawa parece ser bem…

– Eu dou um jeito no Aizawa, não precisa se preocupar.- Bakugou fala e senta-se à mesa.

Eles continuaram conversando sobre o namoro de Kota, enquanto eu ajeitava o prato de Katsu, que insistia em falar rápido e de forma infantil como se também quisesse comentar sobre o assunto.

Beijo a sua bochecha com força, fazendo ele soltar uma gargalhada e também trazendo o silêncio na mesa.

Me viro para eles.

– O que foi?- Pergunto.

– Eu passei o tempo inteiro tentando fazer esse bebê rir ontem. E você, apenas com um beijo, fez ele gargalhar!- Mitsuki disse sorrindo e surpresa.

– Nossa, nem me fale.- Katsuki resmunga, e eu rio.- Esse muleke ri para mim no máximo uma vez por semana.

– Também, chato desse jeito.- Kota murmura, e Bakugou olha para ele indignado.

E em poucos minutos, estávamos todos sentados à mesa, conversando e comendo normalmente. Podia sentir, como em todas as outras vezes, um ar de saudade vindo de Katsuki.

E eu entendia completamente ele, afinal, a mesa não parecia ser mais a mesma após a morte do seu pai. Ela ainda era um pouco agitada, mas não tinha mais aqueles sentimentos de carinho e amor como antes.

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Após terminarmos de almoçar e organizarmos as coisas, Mitsuki e seu namorado foram dormir, e Kota estava jogado no sofá mexendo no celular.

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