93°- Dando certo

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Estava guardando a última sacola de compras dentro do carro quando escutei um barulho atrás de mim. Sendo assim, me virei e vi uma mulher fechando a porta de vidro de uma loja, em seguida colando algo na mesma.

"Vende-se", li.

No mesmo momento, me aproximei dela, a qual se virou e sorriu para mim de uma forma gentil - parecia que ela também estava criando esperanças de uma nova oportunidade.

– Sim?- Ela perguntou.

– Antes que pergunte, estou interessada.- Afirmei olhando para o interior do local.

Está tudo bastante bagunçado e sujo, provavelmente ela estava ali apenas para terminar de pegar as coisas, afinal, segurava uma sacola de lixo em uma das mãos.

– Que bom, pensei que iria demorar bastante para alguém se interessar.- Riu.- Quer dar uma olhada agora?

– Infelizmente estou com um pouco de pressa, mas você poderia passar o seu número para conversarmos, o que acha?- Cocei a minha nuca.

– Pode ser.- Deu de ombros e enfiou a mão no bolso de sua calça moletom.

Ela me entregou um papel com seu número, em seguida se despediu com uma aceno e foi até um caminhão, onde havia um homem moreno como motorista.

Um sorriso gigantesco surgiu no meu rosto enquanto eu entrava no meu carro e começava a dirigir de volta para casa; Katsuki com certeza vai ficar muito orgulhoso de mim.

Quando parei em um sinal fechado, o loiro me ligou. Por sorte, meu celular fica "conectado" com o carro, então atendi e nem precisei ficar com o telefone no ouvido.

– Oi, {Nome}.- Disse ele.- Liguei porque você está demorando demais, aconteceu alguma coisa?

– Sim.- Afirmei, e ele ficou em silêncio por um longo tempo.

– Eu estou indo, diga onde você esta.- Escutei ele mexer nas chaves.

– Katsuki, não é isso!- Ri.- Consegui achar um lugar para começar o meu negócio.

– Sério?! Já?!

– Já.- Afirmei.- Vou marcar um horário segunda feira para dar uma olhada lá.

– Quer que eu vá junto? Posso tirar um dia de folga e-

– Não, obrigada. Estou grávida, mas também não é para tanto.- Comecei a abrir o portão da garagem.- Pode desligar agora.

Em poucos minutos, ele já estava me ajudando a pegar as coisas do porta-malas e levando para dentro de casa, deixando tudo em cima da mesa na cozinha.

– E o seu primo?!- Perguntei voltando para a porta da garagem para fechar o portão.

– Foi embora um tempinho depois que você saiu, veio convidar a gente para o almoço que vão fazer amanhã.- Respondeu vendo eu voltar para o cômodo.

– Vai querer ir?- Ele negou com a cabeça.

– Quero ficar em casa com você dessa, afinal, vou ter que ir buscar Kota de noite.- Chegou perto de mim e colocou as mãos na minha cintura.- Parabéns.

– Pelo o quê?- Arqueei uma sobrancelha.

– Por já ter passado pela primeira parte difícil, no caso, encontrar o lugar para começar a realizar o seu sonho.

– Bom, o importante é que eu sinto que estou chegando mais perto de conquistá-lo.- Dei um selinho nele.

A partir disso, guardamos as compras e decidimos ir para o quiosque no quintal, onde nos sentamos na rede e ficamos nos balançando na mesma enquanto conversávamos.

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Estava colocando a comida no meu prato quando houve um estrondo na frente de casa. Então, nós dois nos levantamos rapidamente e fomos ver o que aconteceu.

Quando abrimos a porta da casa, vimos uma caminhante batida na pequena casa em frente a nossa, e dois homens bêbados rindo e correndo para longe totalmente despreocupados.

Um desses caras era aquele que sempre aparecia nos meus pesadelos - ou seja, não fiquei surpresa em vê-lo num caso desses.

Logo, apenas eu me encontrava olhando aquela situação, pois Katsuki havia ido chamar a polícia e a ambulância, afinal, ninguém daquela casa saiu ou deu algum sinal de vida.

O que não era bom, porque minutos atrás vimos o carro dos próprios moradores chegando em casa.

Foi então que senti uma mão no meu ombro, fazendo eu me virar e olhar para Katsuki, o qual fez um sinal com a cabeça para eu voltar para dentro de casa.

Como não queria esperar pelo o que iria acontecer daqui alguns minutos, entrei, me sentei no sofá e liguei a televisão para tentar distrair a mente.

A polícia e a ambulância demorou menos de 20 minutos para chegar, então logo começaram a tirar o carro de onde estava enquanto também entravam em dentro da casa para procurar os moradores.

Nesse instante, fui de volta para a porta e fiquei atrás de Katsuki, com as mãos nas suas costas e me inclinando para o lado para ver o que eles estavam fazendo.

– Acho que eles não estão encontrando nada.- Sussurrou, e eu engoli em seco.

– Katsuki.- Chamei para contar uma lembrança que tive depois dele ter falado aquilo.

– Fala.- Disse levando sua atenção para mim.

– Sonhei com isso, mas eu estava em dentro daquele lugar.- Agarrei sua camisa.- Sei o que vai acontecer.

– Amor.- Ele sussurrou e me puxou para um abraço, sem dizer mais nada.

Logo, a notícia saiu de que ninguém havia sobrevivido, tendo como assunto principal a gravidez de uma mulher, a qual obviamente morreu - assim como o bebê de 7 meses em sua barriga.

Depois disso, Katsuki fechou a porta da casa, deu um beijo na minha cabeça, me pegou no colo e se sentou no sofá, ficando abraçado comigo pelos minutos em que fiquei completamente quieta. 

– Eu estou bem.- Sussurrei no ouvido do loiro.- O que quer de jantar?

– Você.- Murmura e olha para mim, rindo ao me ver envergonhada.- Não sei, na verdade.

– Podemos ir jantar fora.- Dei de ombros.- Aliás, tem um restaurante novo na praia.- Lembrei.

– Vamos então.- Deu um tapinha na minha bunda e depois ficou de pé comigo ainda no seu colo.

– Mas eu também aceito a primeira proposta.- Sorri de forma maliciosa.

– É normal grávidas ficarem com fogo no cu já no início?- Ele fez uma cara de desconfiado, e eu gargalhei.

Ele deu uma mordida leve na lateral no meu pescoço e apertou fortemente a minha bunda enquanto subimos a escada, em seguida me largando com delicadeza na cama.

Logo o homem já estava entrando e saindo de mim lentamente, com nossos gemidos abafados se misturando junto com o barulho do choque entre nossos corpos.

– Eu te amo, {Nome}.- Sussurrou, e eu gemi um pouco mais alto.- Eu te amo pra caralho.

Arranhei as suas costas e me curvei quando senti uma das mãos deles descer pela lateral do meu corpo, depois começando a atiçar o meu clitóris sem parar de penetrar em mim.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora