Quando ainda estava no carro, mandei mensagem para as meninas dizendo para elas terminarem o expediente sozinhas, pois havia tido alguns problemas.
Elas entenderam e disseram que davam conta de tudo, avisando mais tarde quantas vendas fizeram - algo que me deixou muito tranquila.
– Eu vou deixar o carro em casa com vocês e pego um ônibus para ir buscar o seu na floricultura.- Afirmou Katsuki estacionando na garagem de casa.
– Tá bom.- Dei de ombros e olhei para Kota no banco de trás.- Está tudo bem, querido?
Ele me olhou e assentiu, meio desanimado por ter ficado suspenso por sete dias. A partir disso, eu e Katsuki nos olhamos e fizemos de cara "fazer o quê?".
– Bom, me dê a chave.- Pediu, e eu entreguei.
Em seguida, todos nós saímos do carro, e apenas eu e Kota entramos em dentro de casa, fazendo Marley e Nijel olharem para nós confusos no início.
Contudo, não demorou muito para eles se alegrarem e virem cheirar Kota, pegando leve nas brincadeiras pois possivelmente devem ter percebido a situação do garoto.
De qualquer forma, o menino riu, fez um pouco de carinho neles e foi para a cozinha junto comigo, onde se sentou em uma das cadeiras e esperou eu pegar as coisas para fazermos um curativo.
– Me desculpa, {Nome}.- Murmurou ele.
– Que nada, bem. Você brigou por algo certo.- Sorri para ele.
– Não é por isso.- Coçou a nuca.- Por ter me chamado de mãe, foi estranho.
Encarei ele por um tempo, antes de me aproximar e bagunçar os seus cabelos.
– Confesso que foi um pouco estranho, mas não tem problema me chamar assim se você se sente confortável.- Afirmei.
Ele me olhou meio receoso, em seguida assentiu abrindo um pequeno sorriso.
Sendo assim, fui pegar as coisas, deixei em cima da mesa, sentei numa cadeira na frente dele e comecei fazer os curativos, parando toda a vez que ele reclamava de dor.
Assim que terminei de fazer os curativos, ele saiu da cozinha e foi para sala de estar, onde tirou os tênis antes de pisar no tapete e se jogar no sofá.
Sendo assim, decidi pedir uma pizza como almoço para nós, pois mesmo que ele já tivesse comido bastante no recreio, sobraria mais para mim.
Afinal, ainda não havia tido a oportunidade de almoçar.
De qualquer forma, me mantive sentada na cadeira, olhando para cozinha e em seguida para a mesa que Katsuki comprou semana passada, essa que deixou tudo mais espaçoso.
Ela tinha sido barata, porque agora estamos pensando em reformar a parte de trás da casa, comprar algumas coisas para crianças, além de colocar câmeras e outras coisas para segurança.
Passei as mãos pelos meus cabelos antes de olhar para a minha barriga evidente, sorrindo de forma simples enquanto me sentia orgulhosa por ter conseguido chegar até aqui.
Durante todo aquele tempo sem namorar ou ter alguma relação, além de falhar no namoro seguido, pensei que nunca conseguiria recomeçar praticamente tudo.
De qualquer forma, peguei meu celular e vi mensagens de um número desconhecido. Quando abri o contato, vi uma selfie tirada pelo meu irmão com minha família no restaurante, fazendo eu entender de quem era o número.
Conversei um pouco com o meu irmão, dizendo onde eu morava e, se eles quisessem, poderiam vir nos visitar neste final de semana para almoçar e jantar.
Nisso, a campainha tocou, e Kota fez o favor de ir atender para mim, não demorando muito para surgir na cozinha com duas caixas de pizza e deixá-las em cima da mesa.
– Vai querer comer agora?- Pedi para o menino, e ele negou.- Tá bom, vou tentar deixar um pedaço para você.
Ele riu pelo nariz e foi assistir televisão, enquanto isso, fiquei olhando o meu celular enquanto pegava alguns pedaços de pizza.
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☦︎༄19:23.
Katsuki chegou mais cedo, mas em compensação, estava extremamente estressado, tanto que passou reto de mim e Kota e subiu para o andar superior antes de se trancar no quarto.
Respirei fundo e conclui que teria que fazer janta. Sendo assim, chamei Kota para ensinar a ele algumas coisas de culinária - afinal, o sonho dele é ser cozinheiro.
Durante a tarde tínhamos feito um bolo e uma gelatina, e agora iria ensinar a fazer arroz e macarrão.
– O que será que houve com ele?- Perguntou o garoto enquanto pegava a panela que pedi.
– Não sei, mas a minha suposição é que alguém deve ter feito algo errado na empresa.- Comentei.- Graças aos céus que decidi sair de lá.
A partir disso, comecei a ensinar ele a fazer o arroz, falando o que e quanto deve ser colocado de tudo - não ficando surpresa por ver ele fazendo tudo corretamente.
Assim que colocamos o arroz no fogo, fomos para o macarrão, o qual foi mais prático de se ensinar e por isso não demorou para também ser colocado para cozinhar.
Dessa forma, fomos fazendo mais algumas coisas que completariam a nossa janta, não ligando quando Katsuki passou pela cozinha para ir ao quintal.
Contudo, foi a partir daí que fiquei preocupada e tive a ideia de ir dar uma conferida nele, deixando toda a minha confiança em Kota na cozinha.
Fui para o quintal, vendo ele deitado na rede do quiosque, desviando seu olhar do céu e o levando para mim. Não se movendo além disso enquanto eu me aproximava.
– Pode me dizer o que aconteceu?- Perguntei parando ao seu lado.
– Não.- Afirmou se ajeitando de uma forma que tivesse espaço para eu sentar.
– Lembra o que eu disse para você duas semanas atrás?- Me sentei na rede.- Você também estava estressado em um daqueles dias.
Ele se sentou corretamente, olhando para o chão antes de passar as mãos nos próprios cabelos e olhar novamente para o céu, deixando a luz da lua iluminar seu rosto.
– Você sabe que antes de chegar em casa deve achar um lugar onde possa descontar a raiva.- Coloquei uma das minhas mãos no seu ombro.
– "Para daí vir até aqui e contar como está se sentindo e o que aconteceu".- Continuou.- Eu sei, me desculpe.
– Você vai conseguir um dia, sei o quão difícil deve ser controlar o sentimento de raiva.- Levei minha mão para os seus cabelos, passando os dedos entre diversos fios.- Amanhã, se ficar melhor, pode me contar.
Ele me olhou e assentiu com a cabeça, não me seguindo quando eu levantei e fui para a cozinha para ver como Kota estava se saindo.
Ri quando o vi colocando mais água no arroz antes de dar uma olhada no macarrão, percebendo que ele é um garoto com uma visão extremamente grande para seu futuro.
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𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢
Fanfiction🥇#katsuki 🥇#bakugou 🥇#katsukibakugou Narrado pela própria protagonista. {Nome}, uma mulher que sempre foi dedicada ao seu trabalho, mas após um tempo as coisas começaram a sair fora do controle. Não conseguia mais acordar cedo e acabava se atra...