Cap 5 - Um....anel?

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Boa leitura!😊

Anelise on
  Amélia ficou comigo até eu pegar no sono, foi bom ter desabafado. Essa manhã enquanto dormia, senti algo em meu rosto, quando abri os olhos vi Lian sentado ao meu lado, ele faziam carinho em minha bochecha.
--- Desculpa se te acordei.--- Ele diz afastando a mão.
  Ele parece um pouco melancólico.
--- A Amélia havia pedido pra te acordar, mas você dormia feito uma pedra.
  Eu sorrio.
--- Olha só quem fala.--- Falo debochando.
  Ele ri e eu me levanto ficando sentada ao lado.
--- Anne.... Me...
--- Não se preocupe, não estou brava com você.--- Digo.
--- É mas....
--- Mais nada.
  Jogo meu peso em sima dele e passo meus braços ao redor de seu pescoço o abraçando, e ele retribui. Rimos alto quanto quase caímos da cama.
  Depois nos separamos.
--- Eu te adoro.--- Ele diz se levantando.
--- Eu sei.--- Falo.
--- Convencida.--- Ele diz e sai do meu quarto sorrindo.
  Depois de um tempo enrolando na cama, tomo coragem e me levanto. Depois de fazer minha higiene e me arrumar,

me dirijo até sala de jantar encontrando a mesa com meu café

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me dirijo até sala de jantar encontrando a mesa com meu café.
   Enquanto mordisco um pão doce Amélia aparece e me comprimenta, ela diz que o Lian foi até a universidade resolver alguns assuntos da nossa "transferência", e também me contou que o Herald, nosso mordomo acabou de chegar.
--- Que?!--- Pergunto surpresa.
--- Ele está na cozinha....--- Ela diz e eu me levanto.--- Não o provoque, você já está muito grandinha pra fazer suas brincadeiras.
--- Já sei....
  Saio correndo até a cozinha.
--- Herald! Herald!--- Grito seu nome até o ver.--- Herald!--- Corro o puxando em um abraço.
--- Isso são modos Anelise? Quer me deixar surdo?--- Ele diz assim que nos separamos.
--- Me desculpe.
   Ele sorri.
--- Você não mudou nada.--- Diz ele.--- Continua linda e imatura.
--- Obrigada, você também não mudou nada.
--- Espero não encontrar nenhuma surpresa sua.--- Ele diz.
   Acho que ele se refere as minhas pegadinhas, da última vez foi tinta azul na banheira ou pó de mico nas calças?
--- Não se preocupe, não sabia que você vinha então ainda não fiz nada.--- Falo simplesmente.
--- "Ainda" não é?
   Ele faz uma cara de cansado, acho que vou dar uma trégua.
--- Prometo que vou me comportar.--- Falo com um sorriso.
--- Sei....
--- É sério, prometo que vou tentar.
   Ele olha pra mim desconfiado e eu sorrio ainda mais.
--- A Amélia tá escutando né?--- Ele pergunta.
--- É ela tá.
--- Eu vou fingir que você não disse isso apenas para não levar uma bronca e te dar um voto de confiança.--- Diz ele.
--- Ok....
   Herald é um vampiro bem antigo e trabalhava pra família da Amélia, e até hoje é nosso mordomo, ele sempre cuidou da Amélia. Em idade humana ele tem uns quarenta e tantos anos. Eu adoro fazer travessuras com ele, mas vou dar uma trégua de uma semana.
   Estando sem fazer nada, resolvi dar uma volta no enorme jardim da mansão, Lian havia saído, Amélia e Herald estavam ocupados com coisas que eu não faço a mínima ideia do que seja e eu sem nada pra fazer. O jardim é simplesmente magnífico, cheio de flores coloridas das mais variadas espécies, há várias árvores frutíferas em alguns locais estratégicos junto com algumas ervas que foram plantadas. No meio da grama há calçadas feitas de pedra que davam no centro onde há uma fonte linda, ela tinha um leão no topo e ao redor, combinava com as outras estátuas de leão que estavam espalhadas em pelo jardim.
   Há várias animais aqui, tem muitos passarinhos e alguns esquilos correndo e subindo em árvores, consigo ver até alguns coelhos se escondendo, perto das flores há lindas borboletas. Nessa vida não há beleza que se compare a da natureza.
   Explorei todo o jardim, o sol já está queimado e eu estou com fome. Agora são três horas da tarde, não sei como consegui ficar tanto tempo aqui fora.
   Olho ao redor e percebo que estou me afastando do jardim, sinto que algo está me puxando para essa direção. Depois de alguns minutos caminhando, vejo uma estátua de leão coberta com musgos no meio do mato, as árvores em volta não permitem que a luz do sol atravesse, porém um feixe de luz ilumina a estátua antiga. Me aproximo e vejo algo brilhar através dos olhos do leão.
   Chego mais perto e algo me diz que tenho que achar algo, não sei explicar mas é como se estivesse me chamando, como se eu necessitasse daquilo. Coloco a palma da minha mão encima da estátua e sinto um arrepio, no mesmo instante os olhos do leão brilham e a boca dele se abre.
   A boca e os olhos param de brilhar e vejo apenas um feixe de luz saindo de dentro da boca. Estendo minha mão e pego o pequeno objeto gelado que roça minha pele quando o toco minha mão lá dentro. Já na minha mão, vejo um anel antigo, era simples, feito de prata com alguns símbolos ao redor.

 Já na minha mão, vejo um anel antigo, era simples, feito de prata com alguns símbolos ao redor

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   "Coloque, ele a escolheu". Uma voz susurra em meu ouvido, uma voz doce e gentil, olho para os lados e não vejo ninguém, meu olhar volta para o anel, parece que ele está me chamando. O seguro com minhas duas mãos e o observo, em seguida o coloco em meu dedo indicador da mão direita. Foi mais forte que eu.
   Ele coube direitinho, quando se encaixou em meu dedo senti uma sensação estranha, não era ruim, era muito boa, talvez de paz ou até alegria, não sei ao certo, sei apenas que faz muito tempo que tive essa sensação, foi come se estivesse completa, por uma fração de segundos senti que toda minha dor tinha sumido e que meu coração despedaçado havia sido remontado. Mas logo passou.
   Fui tentar tirar o anel e entrei em pânico. ELE NÃO SAI! Está preso, não quer sair o que eu faço? Anelise pensa!
   Bom.... A casa é da Amélia, ela deve saber o que fazer, provavelmente vai ficar uma fera por eu ter mexido mas preciso da sua ajuda. Saio correndo da floresta e atravesso o jardim o mais rápido que consigo sem usar a velocidade sobrenatural que tenho, tem um ou dois funcionários que não sabem sobre nossas "abilidades". Entrei em casa ainda correndo e comecei a chamar a Amélia. Paro de correr e gritar assim que chego no hall de entrada e vejo Amélia me olhando e atrás dela enfrente a porta meus olhos param naquele par de olhos esmeralda que me observam com surpresa e curiosidade.
   É aquele garoto com quem esbarrei e aquele homem que falou com o Drogo ontem. Então..... Eles são a nova família dele?
--- Anelise o que foi?--- Amélia vem em minha direção.
--- Eu.... Preciso da sua ajuda.
--- Nós conversamos depois, temos visita.--- Ela diz.--- Esse é o Nicolae e esse é Peter.--- Ela fala indicando com a mão.--- Rapazes essa é a Anelise, minha filha postiça.
--- É um prazer conhecê-la.--- Nicolae Diz com um sorriso gentil.
--- Oi.--- Peter diz.
--- Oi....--- Falo.
--- Conversamos mais tarde querida.--- Amélia diz.
--- Mas Amélia....
--- Anelise, nós temos visita.
--- É mas eu sou mais importante que qualquer visita.--- Falo cruzando os braços.
--- Bom.... Então o que houve?--- Ela pergunta.
   Eu não vou contar o que aconteceu com eles aqui. Me recuso!
--- Esquece....--- Falo e começo a andar  direção a sala.
   Me encosto na parede e observo o anel em meu dedo, ele não parece um problema, eu ainda não morri. Tento tirá-lo e ele ainda mostra resistência. Meu estômago faz um barulho me tirando de meus pensamentos.
--- Fiz um lanche pra você.--- Herald fala quando passa por mim.
--- Sério? Eu te adoro Herald.
--- Sei....
   Ele fala e some nos corredores. Vou correndo para a cozinha e encontro uma mesa de café da tarde toda arrumada. Tomo assento e me sirvo de chá, que pelo aroma deve ser de hortelã, tomo um gole e como um pedaço de bolo de morango. Eu amo tudo que é de morango.
   Enquanto como, escuto vozes no corredor, provavelmente a Amélia e sua "visita". Ignoro e como alguns cookies, Herald é o melhor cozinheiro do mundo. Não do mundo mas.... Da família melhor dizendo. Chá e cookies combinam tanto.
   Amelia entra na cozinha com Peter.
--- Anelise pode me fazer um favor?--- Amélia pergunta assim que me vê.
--- Eu tenho escolha?--- Pergunto sem interesse.
--- Engraçadinha você em, bom.... Vou resolver alguns assuntos com Nicolae, você pode fazer companhia para o Peter?
   Olho para ela.
--- Não.--- Falo voltando minha atenção para meu chá, mas antes percebo um sorriso quase imperceptível no rosto de Peter.
--- E por que não?--- Ela pergunta e percebo seu tom de deboche.
--- Porque eu estou ocupada.
--- Com o que?--- Ela pergunta divertida.
--- Com meu lanche, horas.
   Ela da risada e é acompanhada por Peter que não consegue se segurar. Amélia faz com que Peter se sente comigo ( ela praticamente o puxou e o forçou a se sentar).
--- Se comportem, e Anelise, nada de gracinhas!
   Eu bufo, quando me viro para protestar ela já havia sumido no corredor. Faço uma careta. Agora eu estou sozinha com ele, nossos olhares se cruzaram e ficamos nos olhando, tornando o clima ainda mais estranho. O que eu faço?

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  Uma Bartholy?Onde histórias criam vida. Descubra agora