Oi gente, desculpem demorar a postar, tive um probleminha com o meu e-mail e não estava conseguindo entrar na minha conta aqui. Eu queria pedir desculpas tmb pra alguém que me mandou uma mensagem perguntando que dia eu iria postar o próximo cap e eu não consegui responder por causa do e-mail. Então por favor, se quiserem perguntar quando eu vou postar ou qualquer outra coisa, deixa uma mensagem no cap que vc parou pq eu sempre olho e consigo responder.
Boa leitura!
Passo os olhos pelo quarto tentando me acalmar, estou ofegante, quase não consigo respirar, pisco várias vezes até me acostumar com a claridade vinda das frestas da janela que a cortina não tampa, percebo então que já amanheceu. Olho para o relógio no criado mudo, seus ponteiros marcam oito horas da manhã.
Ouço a maçaneta da porta girar, o que me faz me sobressaltar por conta do susto. Amélia entra no quarto e caminha em minha direção.
- Já está acorda? Que surpresa.- Ela diz próxima a cama.
Eu não respondo, ainda estou em choque. Será que é outro sonho?
- O que foi? Aconteceu alguma coisa?- Ela pergunta se sentando ao meu lado.
Seu semblante esbanja preocupação.
- Isso é outro sonho?- Pergunto num susurro.
- Não.... Como assim? Quantos sonhos teve?
Suspiro aliviada.
- Anelise você está me assustando.- Ela diz.
- N-não, não é nada....
- Como não é nada....?
- Foi só um sonho.- Digo.
- Minha querida, vem aqui.- Ela me abraça e eu escondo o rosto em seu ombro.- Foi apenas um pesadelo.... Está tudo bem, eu estou aqui com você....
- É que.... Eu não sei se foi um pesadelo, era tão real....
- Como assim? Com o que sonhou?
- Eu era uma garotinha... Tinha uma moça bonita e estávamos na mansão Bartholy, e depois.... Eu estava grande de novo, e tinha uma garota igual a mim, mas ela tinha olhos azuis, nós estávamos na floresta e ela não me via, então apareceu um garoto ele.... Ele tinha uma voz tão familiar, mas eu não conseguia ver o rosto dele e....
- Calma.... Foi só um sonho...- Ela diz enquanto passa a mão em minha cabeça fazendo cafuné.
- Eu sei mas...
- Por que você não se troca? E depois desce pra tomar café. Quero saber como anda sua convivência com seus irmãos.
- O Drogo e a Lorie?- Pergunto.
- E o Nicolae e o Peter.
Travo ao ouvir o nome do Peter e acabo me afastando dos braços de Amélia.
- O Peter não é meu irmão!- Digo sem pensar.
Amélia me olha, aparentemente surpresa e tentando entender minha reação.
- Q-quer dizer, o Peter e o Nicolae não são meus irmãos....- Falo.
Agradeço mentalmente por ainda estar escuro no quarto, tenho certeza de que o rubor do meu rosto me entregaria.
- Espera... Você quer me contar alguma coisa...?
- N-não, por que?
- Por que você está estranha e....
- Eu vou me trocar!- Falo e pulo da cama indo para o banheiro.
- Tá bom...- Ela diz e a ouço sair do quarto.
Eu suspiro.
- Bom dia.
Alaric aparece sentando na minha cama.
- Bom dia Ric.- Digo.
- Então.... Quer dizer que... Você está apaixonada...?- Ele pergunta.
Eu o fuzilo com os olhos e jogo uma a pantufa nele que desvia por um triz.
- Vai ver se eu tô na esquina!- Falo e entro no banheiro.
Fecho a porta o ouvindo rir. Tomo um banho e faço minhas higienes pessoais, me enrolo na toalha e vou para o closet, coloco um vestido azul bebê simples de alcinha, um tenis branco e deixo meu cabelo ondulado solto. Volto para o quarto e vejo Alaric esparramado em minha cama feito estrela do mar.
- Que gracinha.... Quer um vestidinho pra parecer mais com a Lorie...?- Pergunto.
- Há há há, estou morrendo de rir.- Ele diz.
- O que foi?- Me aproximo dele me sento ao seu lado.
- Nada, estava te esperando.
- Algum motivo em especial?- Pergunto.
Ele se levanta ficando sentado.
- Eu achei um livro lá no escritório, ele fala sobre objetos mágicos. Achei que poderia ajudar a saber sobre o anel, não custa tentar....- Ele diz.
- Você acha que ele pode ajudar?
- Como eu disse, não custa tentar....
- Ok.... E que livro é esse?- Pergunto.
- Ele está nas prateleiras onde Amélia guarda seus livros mais importantes, ele tem a capa marrom com uns detalhes dourados, não tem como errar.
- Tá bom, eu vou pegá-lo depois do café da manhã.- Digo me levantando.
- Nos falamos depois.- Ele diz e some.
Saio do quarto e desço as escadas em direção a sala de jantar. Amélia provavelmente vai estar lá me esperando para conversarmos, depois do café vou perguntar se posso explorar sua biblioteca particular no escritório, então só vou ter que pegar o livro e ir voltar para o quarto, acho que ela não vai se importar se eu pegar o livro emprestado por um tempinho.
....................
Depois do café eu deixo a sala de jantar e vou até o escritório de Amélia, ela me deixou dar uma olhada. Passei os olhos pelas prateleiras, tem uma grande coleção de livros antigos aqui, ando até a estante onde Amélia guarda algumas coisas importantes e logo avistei um livro com capa de couro marrom. Assim que o peguei, notei que havia alguns desenhos dourados na capa, olho para os outros livros na prateleira e apenas esse se encaixa na descrição que o Ric deu.
Saio de lá e vou para o meu quarto, assim que entro nele tranco a porta, caminho para a mesa que uso para desenhar e me sento nela, coloco o livro em minha frente e o abro, suas páginas não são novas mas estão bem cuidadas, o folheio vendo os títulos do que parecem ser capítulos. Leio alguns parágrafos enquanto passos as páginas.Não obstante, a humanidade sempre tivera fascínio, em todas as culturas, por objetos sagrados ou imbuídos de capacidades ou poderes especiais, fossem árvores e ervas com propriedades mágicas, espíritos naturais de locais, partes humanas e de animais, espadas, mantos, anéis, símbolos dos mais variados e muito além.
Nas histórias antigas muitos heróis possuíam objetos mágicos que se tornavam decisivos para a vitória ou desgraça dos envolvidos...... Podemos citar muitos desses objetos, sendo os mais famosos o Graal e a Excalibur das histórias Arthurianas; a Flauta Mágica do Flautista de Hamelim, que poderia hipnotizar qualquer animal ou pessoa; a Espada Gram (também conhecida como Balmung ou Nothung), usada por Siegfried para matar o Dragão Fafnir....
Passo por vários títulos. O que são objetos mágicos, Consagração de objetos mágicos, Como surgiram, De onde vem a magia deles; há incontáveis título e todos parecem sair de um desenho infantil de fadas. Mas um título me chama a atenção. Objetos mágicos como heranças.
Paro de passar as páginas e começo a ler.Há muitos objetos que passam de geração em geração por razões sentimentais, em muitas famílias - principalmente as ligadas ao mundo sobrenatural, como as bruxas - é comum existirem alguma jóia ou amuleto - ou qualquer outro objeto - que é passado para seus descendentes. Mas existem exceções para se herdar algo desse tipo.
Alguns objetos são consagrados de forma que só cê consegue utilizar seus poderes se a pessoa for destinada a ele, isso acontece por vários fatores. Muitas vezes os ancestrais que consagraram o objeto colocaram algum feitiço de proteção para pertencer apenas a sua família durante todas as gerações; há também casos que a pessoa consagra o objeto para pertencer apenas a ela, assim, se ela reencarnar ou voltar a vida, o objeto continuará pertencente a mesma.
Continuei lendo o capítulo sem muitas esperanças de achar algo útil, mas então algo me chama a atenção.
Existe um caso raro de herança de objetos mágicos, nesse caso, o objeto se trata de uma jóia, podendo ser um colar, uma pulseira ou um anel. Ele ocorre quando a pessoa encontra a jóia, a coloca, e ela não a solta, como se estivesse preso, o que realmente acontece, já que aparentemente a pessoa não consegue tirá-la se não souber usar o seu poder. Nos poucos casos que ocorreram, percebemos que a pessoa era escolhida pela jóia, como se já pertencesse a ela em uma vida passada, mais precisamente uma.....
Quando viro a página para continuar lendo vejo que está faltando a próxima página, indo direto para outro capítulo. Como é possível? Justo agora que eu....
- Anne...- Ouço uma voz familiar e duas batidas na porta.
Me levanto e vou até ela, a abro e vejo Peter próximo a porta. Assim que me vê ele sorri.
- Peter? O que faz aqui?- Pergunto.
- O que, eu atrapalho?- Ele pergunta.
- Não! Quer dizer, não. Eu só não esperava você, fiquei surpresa...- Falo.
- Ah, eu quis fazer uma surpresa.- Ele diz dando de ombros.
- Bom, tudo bem, vem entra aqui.- Digo e dou espaço para ele entrar no quarto.
Peter entra no quarto e eu fecho a porta.
- Fica a vontade.- Falo.
- Obrigado.- Ele diz e se senta na cama, o vejo observar o quarto, parece prestar atenção em todos os detalhes.
Eu caminho e me sento ao seu lado mantendo uma certa distância.
- O seu quarto é diferente do da mansão...- Ele comenta.
- É, acho que esse é mais moderno.
- Não quis dizer isso, é que esse se parece com a sua personalidade.
- Ah é?
- Eu gosto disso.- Ele diz e eu sorrio.
- Eu também gosto daqui.- Comento passando os olhos pelo cômodo.
- Você sente falta? Digo.... Daqui?
- Um pouco, eu não morei aqui muito tempo então não sinto tanta falta assim, mas sinto falta de morar com a Amélia e com o Lian.
- É compreensível... Eles são a sua família.
- Tem razão.
Peter se aproxima e beija o canto dos meus lábios.
- Eu senti sua falta...- Ele susurra.
Eu sorrio, ele então passa os braços ao meu redor me trazendo para mais perto dele.
- Eu também...- Digo.
- Sabe... Eu estava pensando...
- Em que?- Pergunto.
- Acho que devíamos falar com o Drogo sobre isso...
- Não vejo problema, já escondemos por tempo demais.
- Que bom que você concorda. Vou esperar o momento certo para falar com ele a sós.
- Não é melhor irmos nós dois?
- Acho melhor eu falar com ele primeiro.
- Tudo bem....
Passo meus braços ao redor do seu pescoço o trazendo para mais perto e nossos lábios se juntam. É tão bom beijar ele, me esqueço de tudo, não existe mais nada, apenas ele.
O beijo fica mais intenso a medida que o tempo passa, mal percebo quando Peter me puxa me colocando em seu colo. Sua boca explora a minha enquanto suas mãos passeiam das minhas costas até minhas coxas que estão ao seu redor.
- Vocês deviam ser menos óbvios...O que acharam? Até o próximo capítulo, vou tentar postar na quarta.🤗😘
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Uma Bartholy?
FanfictionDesde que nasceu, Anelise nunca foi uma garota normal, via e ouvia o que ninguém mais podia. Quando seus pais morreram anos atrás, foi transformada em vampira junto com seus irmãos, mas por obra do destino se viu sozinha por causa de desentendimento...