Cap 37 - Repetição

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Anelise on

   Coloquei uma roupa confortável assim que saí do chuveiro, não havia mais nenhum machucado em meu corpo, todos sumiram instantaneamente. Saio do banheiro e me deito sobre a cama, estou tão cansada que não sairia daqui nem se houvesse um incêndio. Fecho os olhos enquanto penso em tudo que ocorreu hoje, não sei o que foi mais inacreditável, eu quase ter morrido naquela floresta ou a atitude inesperada do Peter.

   Ouço duas pequenas batidas na porta e vejo ela se abrir, revelando Peter com duas bolsas de sangue nas mãos, ele fecha a porta novamente e caminha em minha direção.

- Como está se sentindo?- Ele pergunta se sentando ao meu lado.

- Melhor....- Digo.

- Você pode me dizer o que aconteceu?

- Podemos falar sobre isso depois?- Pergunto.

   Ele suspira lentamente, puxa o ar e depois solta enquanto olha para o nada, até que seu olhar encontra o meu.

- Tudo bem... Vou esquecer isso mas apenas até você se sentir melhor.- Ele diz.

- Obrigada.- Digo com um pequeno sorriso.

   Ele simplesmente sorri e me estende as bolsas de sangue, eu então me levanto ficando sentada ao seu lado, em poucos minutos ambas ficam vazias. Mas minha sede continua, não era sangue humano.

- O que foi?- Peter pergunta.

   Eu não digo nada, ele apenas me olha e parece entender.

- Quer que eu pegue mais?

- Não, não precisa...

- Mas você ainda está com cede.- Ele diz.

- É só que.... Sangue de animal não é a mesma coisa, entende?

   Eu poderia pedir ao Viktor mas Peter com certeza ficaria mais irritado.

- Entendo....- Ele diz e desvia o olhar.- Sabe... Se você quiser... Pode tomar do meu...

- O que?

   Olho para ele extremamente envergonhada, compartilhar sangue é algo tão íntimo, é quase como dormir juntos. Tanto que a única pessoa com que fiz isso, foi com Matteo, mas era completamente diferente, nós estávamos casados.

- Você pode tomar o meu sangue, eu não me importo...- Ele diz e então seus olhos encontram os meus.

- Peter...

   Ele se aproxima e acaricia meu rosto, logo em seguida deposita um beijo no canto de meus lábios.

- O que foi? Você não quer?- Ele sussurra próximo ao meu ouvido.

- Eu só...- Não sei o que dizer.

- Se quiser eu não olho, talvez você se sinta mais confortável.- Ele diz.

   Eu penso por um momento, eu adoraria compartilhar sangue com ele, sentir aquela sensação de êxtase novamente é tentador.

- Tá bom....- Sussurro em resposta.

   Ele sorri, se endireita e estende os braços para mim, e quando vê que estou exitante, me puxa para seu colo e minhas costas encontram seu peito enquanto seus braços me rodeiam.

- Apenas relaxe....- Ele diz e puxa a manga da blusa, deixando seu braço ao alcance das minhas presas.

   Sinto o perfume inebriante de Peter, sem pensar muito, perfuro minhas presas em sua pele, as sinto rasgar a carne de seu braço enquanto o gosto do sangue aparece rapidamente, seguro seu braço com as duas mãos e continuo a me alimentar. A sensação é melhor do que me lembrava, não consigo explicar com palavras o que senti quando sua respiração começou a roçar meu pescoço, sua mão livre afasta meu cabelo e suas presas perfuram minha pele.

  Uma Bartholy?Onde histórias criam vida. Descubra agora