Oi meus amores!! Espero que gostem!
Boa leitura!Anelise on
Um mar de perguntas me afogam enquanto penso na pequena caixa em minha bolsa, ainda não a abri e a ansiedade só aumenta. Quando Viktor foi embora, Brenda e Lian apareceram e não pude ver o que tinha dentro, pois a guardei para que eles não me fizessem perguntas.
Me encontro sentada em uma das mesas da biblioteca, Brenda foi para a aula e Lian está por aí procurando algum livro.
E além disso, como se não bastasse o meu mal humor matutino junto com o de ter a ilustre presença do Viktor, encontrei o Peter no corredor com a Dorothy, eles estavam conversando e eu não gostei nada de quando ouvi Dorothy falando. "Poderíamos fazer isso mais vezes, adorei conhecer a sua casa, principalmente o seu quarto....".
Quando ele me viu eu o ignorei e vim pra cá com o Lian que nem tinha reparado em nada. Suspiro. Eu preciso me acalmar, estou mais ciumenta que o normal, tenho que confiar no Peter se quiser que esse relacionamento dê certo.
Olho ao redor e vejo a biblioteca quase vazia, há apenas alguns alunos estudando, num ato de curiosidade abro a bolsa e tiro a pequena caixa de madeira a segurando em minha mão.
Ela é um pouco maior que a minha mão, possui uma cor escura e sobre a parte de sima há um triskle celta esculpido, passo os dedos sobre o desenho sentindo sua textura desgastada mas fina, parece velho, quem fez tinha muito talento com objetos de madeira. Levanto a trava e a abro, quando vejo o que há dentro ficou muito surpresa, coloco a caixa na mesa e pego o objeto em minha mão. Um lindo colar, sua corrente aparenta ser de ouro branco, há um pingente com o desenho de um pequeno pássaro, me lembra um colar antigo mas esse é diferente, quase sinto a presença de magia enquanto o toco.
Estranhamente sinto que ele é meu, não porque Viktor me deu mas porquê pra mim ele tem uma estranha familiaridade que não consigo explicar. Quando viro o colar, vejo algo escrito atrás do pingente. Latin aparentemente, trago mais para perto e leio a mensagem."Não se sinta mais sozinha, saiba que vou estar sempre por perto. Você é mais forte do que pensa e se não for o suficiente, tomarei sua mão e lhe mostrarei o quão maravilhoso o mundo pode ser. Basta me chamar. O.S."
Algo dentro de mim começa a criar vida, sinto algo se formando, vários sentimentos misturados como um furacão de emoções. Por alguma razão uma melancolia me domina, sinto como se estivesse faltando algo. Meus olhos ficam marejados e minha cabeça começa a doer, alguns daqueles sonhos estranhos passam pela minha cabeça me fazendo levar as mãos até minhas têmporas. Derrepente um rosto aparece em minha mente. Um rapaz, um rapaz alto, pele bronzeada, traços elegantes, cabelos castanhos e olhos escuros sorri para mim de um forma encantadora.
Pego uma folha na mesa e seguro um lápis com a mão, logo depois minha mão corre e o grafite do lápis passeia pela folha, traça todos os contornos, todos os detalhes. Deixo que o lápis traga para o papel o que está em minha mente, até que me dou conta de que havia desenhado em várias folhas que se espalhavam por toda a mesa.
Solto o lápis e junto todas as folhas antes que alguém veja, coloco todos dentro de uma pasta e guardo na bolsa, pego o colar e guardo novamente na caixa, e o guardo em um bolso. Me levanto quase que num pulo e me dirijo para a saída da biblioteca, eu preciso me acalmar, não sei o que está acontecendo, parece que uma tonelada de emoções me esmagam, é sufocante.
Já no corredor, acabo não prestando atenção e esbarro com alguém, se não fosse essa pessoa me segurar provavelmente teria caído. Olho pra frente e vejo Peter me encarando.
- Tenha mais cuidado...- O ouço dizes.
Não respondo, apenas tento me acalmar.
- O que foi? Aconteceu alguma coisa?- Ele pergunta preocupado.
- N-não... E-eu não s-sei...- Me atropelo com as palavras.
Seus braços apertam os meus.
- Você está extremamente pálida, o que houve?- Ele pergunta ainda mais preocupado.- Anne... Fale alguma coisa...
- Eu quero ir embora... Peter me tira daqui.- Peço me segurando para não chorar e nem sei o motivo para sentir tal coisa.
Ele se afasta um pouco e pega minha mão, sem fazer mais nenhuma pergunta ele me conduz pelos corredores até o lado de fora do prédio, Peter solta minha mão e passa o braço pela minha cintura. Logo estamos fora da universidade, caminhamos um pouco até pararmos próximo a um banco numa praça.
- Se sente melhor?- Peter pergunta depois de nos sentarmos.
Aceno com a cabeça. Ele está ao meu lado me observando.
- Tudo bem.... Quer me contar o que aconteceu?- Ele pergunta.
- Não sei se você entenderia... Ou se eu conseguiria explicar...- Digo.
Peter estende a mão e acaricia meu rosto.
- Apenas se acalme, quando quiser conversar eu vou estar aqui para ouvir.- Ele diz docemente.
Dou um sorriso fraco enquanto olho em seus olhos.
- Obrigada Peter...- Falo.
- Não tem que agradecer...
Eu me aproximo e apoio a cabeça em seu peito e ele passa um braço ao meu redor. Penso em como eu o adoro, não sei o que faria sem ele, e esse pensamento me faz lembrar que ainda não disse a ele o como me sentia. Mas não sei se agora é o momento ou se sinto medo de dizer e estou adiando. Tenho que dizer logo.
Um dia depois.
Se passou um dia desde quando vi aquele colar e entrei naquele momento estranho, Peter não me fez mais perguntas embora tenha notado sua curiosidade.
Está anoitecendo e como de costume, estou descendo as escadas para encontrar Peter e os outros, já virou rotina ir caçar com eles. Peter não queria que eu fosse pois estava preocupado, mas o convenci de que estava bem, ele acabou cedendo. Ainda não entendo o que aconteceu mas preciso parecer bem, não quero preocupa-lo.
Quando chego ao hall da casa, vejo apenas Drogo em frente a porta aberta.
- Até que enfim.- Ele diz.- É uma ida até a floresta não um desfile.
- Cala a boca...
- Isso são modos...?- Ele pergunta debochado.
- Onde estão os outros?- Pergunto ignorando sua observação.
- Mandei eles irem na frente.
- Por que?
- Para passar um tempo com a minha irmã querida.- Ele diz sorrindo.
Levanto as sombrancelhas divertida.
- Que amor.... Eu sei que você me ama.- Digo.
Ele sorri.
- Com certeza...- Sinto a ironia em sua voz.
Nós nos olhamos e sorrimos.
- Vamos?
- Sim vamos.- Digo.
Depois de sair da mansão, apostamos uma corrida nem um pouco justa até o meio da floresta, sempre fazíamos isso, claro que antes não tínhamos essa velocidade sobrehumana más era divertido. Paramos apenas para rir.
- Vamos fazer uma aposta?- Pergunto.
- Por que não? Vai ser divertido.
- Ótimo, vamos ver quem pega um cervo primeiro, o que acha?
- Vai ser moleza... Mas o que vamos apostar?
Penso por um momento.
- Se eu ganhar... Você me leva pra fazer compras.- Digo.
- E se eu ganhar você faz o que eu quiser.
- Feito.- Digo e apertamos as mãos.
- Nos encontramos no ponto de encontro, espero que esteja preparada pra perder.- Ele diz.
- Vai sonhando....
Depois de cinco segundos, cada um corre para o lado oposto que o outro vai. Enquanto ele corre para a esquerda eu corro pela direita. A cada segundo que passa adentro mais na floresta que fica mais escura conforme avanço.
Se passam alguns minutos e nada de aparecer um cervo, olho ao redor tentando sentir a presença de algum ser vivo mas há apenas alguns esquilos e talvez um ou dois coelhos, mas nada de cervos.
Corro mais um pouco e logo avisto um cervo, me aproximo lentamente. Estava prestes a pegá-lo quando algo o assusta e ele corre. Iria correr atrás dele mas sinto a presença de algo a espreita, olho ao redor e espero para ver quem está lá.
Derrepente vários pares de olhos brilhantes aparecem no meio da escuridão, conforme se aproximam posso ver suas silhuetas. Seus para ser exata. Seis lobos enormes.
Fico em alerta, estou praticamente cercada. Percebo então que há um que é maior que os outros, ele possue uma pelagem marrom e olhos vermelhos florescentes enquanto os outros possuem olhos amarelos brilhantes. Ele me encara de uma forma estranha, quase vejo uma expressão de surpresa enquanto me olha.
- Como isso é possível...?
Levanto as sombrancelhas surpresas. Eu acabei de ouvir seus pensamentos?
- O que...?
- Era pra você estar morta.- Ele me interrompe.
- Como...? Escuta quem é você?- Pergunto.
- Não me reconhece Viktoria?
- Ãhn....? Eu não me chamo Viktoria....
Ele me olha por um momento e então começa a se aproximar, assim como os outros lobos que o seguem.
- Mesmo não sendo ela vocês são idênticas, e possuem o mesmo cheiro.- Ele diz.- Uma reencarnação talvez...?
Eles se aproximam mais e eu ando para trás.
- O que vocês querem?!- Pergunto.
O lobo ri. Odeio lobisomens.
- Vou levá-la comigo, se for descendente dela vai servir para o ritual.
- Ritual?
- Não se preocupe, logo irá descobrir.- Ele diz.
Eles me cercam, tenho que correr o quanto antes, não posso lutar com todos eles.O que acharam? Deixem aí nos comentários. Até o próximo🤗😘
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Uma Bartholy?
FanfictionDesde que nasceu, Anelise nunca foi uma garota normal, via e ouvia o que ninguém mais podia. Quando seus pais morreram anos atrás, foi transformada em vampira junto com seus irmãos, mas por obra do destino se viu sozinha por causa de desentendimento...