Cap 43 - Declaração

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Boa leitura!

Me levanto bruscamente quando minha cabeça volta a funcionar, cada célula do meu corpo me diz para correr o mais rápido que posso e gritar por ajuda, meus instintos me mantém em alerta enquanto ele sorri de forma natural para mim e se aproxima da cadela.

- O nome dela é Linda.- Ele diz enquanto se ajoelha e passa a mão na pelagem caramelo dela.

Apenas o encaro em silêncio, ele então me olha.

- Me desculpe pelo inconveniente. E pela intromissão mas.... Como você se chama?- Ele pergunta de forma amigável.

Antes que eu diga qualquer coisa vejo Peter se aproximar e parar em minha frente.

- Algum problema?- Peter pergunta se dirigindo ao estranho.

- Não de forma alguma.- Ele diz se levantando.- Vamos Linda.

Ele vai embora levando Linda consigo, eu o observo desaparecer tão rápido quanto apareceu. Eu deveria estar aliviada mas ao invés disso, sinto que algo está errado, tenho a impressão de que algo ruim vai acontecer.

- Anne você está bem?- Peter pergunta.

Eu o olho, noto que estou tremendo e ele com certeza percebeu isso, pois se aproximou mais e me puxou para seus braços.

- Ele te fez algo? Quer que eu dê uma lição nele?

Mesmo estando assustada um pequeno sorriso sútil escapa de meus lábios, Peter é tão calmo e gentil, a idéia dele dando uma lição em alguém me dá vontade de rir. Não que ele não seja capaz, muito pelo contrário, ele é um vampiro, forte o suficiente pra dar uma lição em quem quiser, só não faz o estilo dele.

- Eu... Eu estou bem.- Digo.

- Tem certeza? Você....

- Nós podemos ir pra casa?- O interrompo.

Peter me olha por um momento, seus olhos preocupados me analisam, até que ele suspira e passa a mão no cabelo.

- Tudo bem....- Ele diz parecendo relutante.

- Obrigada.- Digo.

Lhe dou um pequeno sorriso, olho para baixo e então percebo que uma de suas mãos está ocupada com uma embalagem de plástico, quando ele nota o meu olhar, um sorriso se forma em seus lábios.

- Eu comprei um lanche para você, Achei que estivesse com fome....- Ele diz.

- Sério? Você é tão gentil comigo....

- É o mínimo que eu posso fazer, eu me preocupo com você, é minha namorada.- Peter afirma.

Minha namorada. Essas palavras me arrancaram um sorriso, eu me sinto tão bem com ele, quase sou capaz de esquecer que estava com medo, me sinto tão segura com ele.

Peter segura meu rosto com sua mão, ele acaricia minha bochecha e aproxima seu rosto do meu, sinto sua respiração fria acariciando minha pele. Logo em seguida sua mão repousa em meu queixo e seu polegar acaricia meus lábios, é como se ele estivesse tentando memorizar o desenho deles, decorando cada um de seus traços, cada mínimo detalhe de seu contorno. Seu olhar antes em meus lábios, passa a segurar meu olhar, seus olhos esmeralda me encaram de maneira tão intensa que chego a derreter.

- Eu amo você....- Peter diz de forma afirmativa.- Mas ultimamente você tem estado tão estranha e eu não faço a menor idéia do porque, sabe o quanto isso me incomoda? Eu adoraria saber o que está acontecendo, cada dia que passa eu a vejo mais distante, com medo, não tem uma noite em que você não acorde assustada e com medo.- Suas palavras transbordam preocupação.- Eu adoraria poder te ajudar mas.... Eu não posso fazer absolutamente nada se você não deixar.

Presto atenção em exatamente tudo que ele diz, fico tocada com suas palavras, mas em compensação há um nó na minha garganta me impossibilitando de falar. Meus olhos se enchem de lágrimas, eu queria tanto falar com ele sobre tudo isso, mas nunca tive coragem. E agora a minha vontade é de chorar e colocar tudo pra fora enquanto ele me abraça.

- Eu sei como é difícil se abrir para as pessoas, e eu vou respeitar o seu tempo, vou estar aqui quando você estiver pronta.- Ele continua.- E não quero que pense que eu estou me intrometendo, eu apenas quero o seu bem, não sabe o quanto eu estou preocupado com você durante esses últimos dias. E se ainda assim você não querer me dizer, vou respeitar sua decisão, vou estar ao seu lado, seja te apoiando ou te consolando, quero que saiba que você não está sozinha, eu estou aqui com você então nunca se sinta sozinha, pois enquanto você tiver a mim você nunca estará sozinha.

Eu sorrio, sinto as lágrimas caindo mas não me importo, essas não são de tristeza, e sim de pura felicidade.

- Peter.... Eu nem sei o que dizer.... Está acontecendo tanta coisa e às vezes eu me sinto tão perdida e sozinha. E eu só não contei nada a você apenas porque eu não sei como falar, talvez eu não esteja pronta, e eu prometo que vou contar tudo quando eu conseguir. Eu sei que eu nunca disse isso mas... Você se tornou uma das pessoas mais importantes da minha vida, eu pensava que nunca mais iria sentir isso por alguém, estava completamente quebrada, com o coração partido. Até uns dias atrás eu vivia presa nas minhas lembranças, no passado, mas aí então você me trouxe para o presente.

Peter ouve atentamente cada palavra, enquanto observo seus olhos tenho certeza de minhas palavras causam efeito nele, pois enxergo a felicidade e o amor que eles passam.

- Quanto mais os dias passam eu tenho mais certeza disso, é a primeira vez que eu vou falar isso, acho que você já estava esperando já que só você havia dito.- Confesso.

Peter sorri provavelmente já sabendo o que é, mas espera eu dizer, ele parece ter ficado impaciente, o que me faz sorrir mais.

- Eu também amo você.- Digo por fim.

Vejo seu rosto se iluminar com um lindo sorriso, seus olhos pareciam brilhar.

Peter segura meu rosto e junta nossos lábios, ele me beija de forma apaixonada e eu correspondo da mesma forma.

- Você não sabe o quanto eu esperei você dizer isso....- Ele diz entre o beijo.

- Então eu digo de novo..... Eu te amo Peter Bartholy.....- Digo.

- E eu te amo Anelise Walter.- Ele diz.

O beijo é totalmente diferente dos outros, nele não há apenas afeto e carinho  presente, dessa vez há desejo, e acima de tudo, ambos temos certeza do que o outro sente. Amor.

Nos beijamos de forma necessitada, ignoro o fato do ar começar a fazer falta, estamos tão perdidos no momento, estou completamente embriagada pelos sentimentos presentes. Sinto a mão de Peter descer pelas minhas costas até chegar a minha cintura, o seu aperto me causa uma série de sensações.

Passo meus braços ao redor de seu pescoço o trazendo para mais perto de mim, a forma que nos beijamos é quase desesperada, o desejo apenas aumentava, a cada segundo eu queria mais.

- Acho melhor pararmos.... Ou eu vou perder o controle...- Peter diz ofegante.

- Eu não me importaria...- O provoco.

- Não me provoque...- Peter alerta.

   Nos separamos e eu sorrio.

- Se não o que?- Pergunto de forma brincalhona.

- Está testando o meu controle?- Ele pergunta.

- De forma alguma...

   Vejo um sorriso aparecer em seu rosto, ele esconde o rosto na dobra de meu pescoço, sinto sua respiração fria em minha pele exposta, logo ela sobe para a região da minha orelha e ele me aperta mais contra seu corpo.

- Quero ver você me provocar quando estivermos no quarto.- Sua voz rouca sussurra em meu ouvido.

Espero que tenham gostado do capítulo! Vou postar o próximo na sexta.

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