Capítulo 58

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Todos dançam e cantam ao som dos instrumentos tocados pelos mariachis enquanto Oliver me arrasta de barraca em barraca desde quando Brenda sumiu, já me fez experimentar vários doces e comidas típicas do México, assim como chapéus e mantas coloridas. Ele é tão divertido e engraçado que é impossível ficar entediada em sua presença.

Oliver corre até onde vai ocorrer um concurso de quem come mais tacos, se senta em um lugar vazio no palco improvisado e a competição começa. O observo próxima ao palco, sorrio ao vê-lo devorar dois tacos por vez.

Oliver me faz sentir sensações estranhas, estranhas mas boas. Sinto que nos conhecemos desde sempre, quando me olha não posso segurar o sorriso que aparece em meus lábios, e quando ele sorri, sinto frio na barriga. Sua voz e seu rosto são tão familiares, não sei explicar exatamente o que quero dizer, parece loucura, mas é como se estivesse despertando de um sonho quando estou em sua companhia, quase todas as vezes que pisco o vejo em minhas memórias adquiridas dos sonhos que tenho, ao menos parece com ele, não sei mais o que pensar, preciso falar com Viktor.

Sou tirada de meus pensamentos pela gritaria e palmas eufóricas, volto a prestar atenção no concurso e vejo que Oliver ganhou o primeiro lugar, sorrio e me junto as pessoas batendo palmas. Oliver anda até mim com um sorriso no rosto e seu troféu ganho na mão.

- Acho que vou ficar um bom tempo sem comer nada.- Ele diz parando a minha frente.

- Eu também acho.- Digo rindo.- Você comeu cinquenta e dois tacos em menos de dez minutos.

Rimos juntos por alguns minutos, mas logo o silêncio se instala e ficamos nos encarando.

- Está tudo bem? Você parecia distante durante o concurso...- Oliver pergunta.

- Sim, estava apenas perdida em pensamentos.

- Tem certeza?

- Sim não se preocupe, só estava me perguntando onde minha amiga poderia estar, faz quase duas horas que não a vejo.

- Você pode ligar para ela, ou esperar ela te ligar.- Oliver diz.- Mas podemos ir até o karaokê, a parte do festival que é cheia de jovens por causa da música, tem grande chance dela estar lá com alguém.

- Sim é uma ótima idéia.- Concordo sorrindo.

- Então vamos, já estava pensando em passar por lá. O que acha de cantar?

- Cantar?

- Sim, é uma ótima idéia não?- Diz me puxando pela para onde quer que seja o karaokê.

Depois de andar por alguns minutos e desviar de barracas e pessoas, vejo várias pessoas dançando, casais em sua maioria, atrás delas vejo um palco enfeitado, há um arco de flores como uma moldura, no chão há velas e algumas caveiras, em cima dele há o equipamento de som e um rapaz canta uma música aparentemente mexicana enquanto é aplaudido.

Oliver sorri para mim e me leva até perto do palco, é quando me conduz para dançar em meio as outras pessoas. Passamos o restante da música dançando e rindo, a dias não me divertia assim, me sinto tão livre com ele, me sinto quase que uma pessoa diferente. A música acaba e aplaudimos o rapaz, que desce do palco sorrindo, então um homem sobe ao palco já com um microfone.

- A música acabou mas a festa continua!- Diz animadamente sendo seguido de gritos eufóricos da platéia.- Agora.... Pra continuar a próxima apresentação, eu vou escolher escolher um casal para cantar.

Algumas pessoas gritam animadamente e outras tentam se esconder atrás de outras.

- Alguém se voluntaria?- O homem pergunta.

  Uma Bartholy?Onde histórias criam vida. Descubra agora