Uma Bartholy?

Capítulo 97

Me desculpem pela hora, mas minha internet só voltou agora então resolvi postar logo. Boa leitura!

O Sol já estava se pondo quando Viktor estacionou o carro em frente a minha casa.

- Você vai para a mansão?- Pergunto quebrando o silêncio.

- Não. Lembre-se que minha presença deve ser mantida em segredo, apenas você e Elliot sabem que eu estou aqui.

- Entendi, parte do seu plano...

- Exatamente.

Me perguntava inúmeras vezes qual seria seu plano, mas nada me vinha a mente.

- Tenho algo para você.

Viktor coloca a mão dentro do bolso de seu casaco, procurando algo aparentemente. É quando ele tira uma pequena caixa preta de veludo e coloca em minhas mãos.

- O que é isso?

- Era da sua mãe. Imagino que seja hora de entregá-lo a você.- Viktor diz.

Segura a pequena caixa com cuidado enquanto a observo.

- Minha mãe?- Pergunto incerta.

- Sim. Fico surpreso por nunca ter me feito nenhuma pergunta sobre ela... Mas talvez seja melhor assim.- Viktor comenta.- Eu deveria ter lhe dado isso a muito tempo. Ela deixou para você antes de partir.

Derrepente sinto uma espécie de nó se formar em minha garganta. Não havia parado para pensar nisso, na mulher gentil que aparecia em meus sonhos.

- O que houve com ela?- Pergunto com receio de ouvir a resposta.

Viktor olha para mim de forma estranha, me analisando, perdido em pensamentos.

- Não importa.- Ele diz por fim.- Ela se foi cedo demais. Você ainda era uma garotinha quando tudo aconteceu, não deve se lembrar de muita coisa...

- A primeira memória que tive foi uma lembrança com ela...- Comentei.

Viktor parece surpreso com meu comentário.

- Não me lembro de muita coisa do passado, mas acho que as lembranças que tenho com ela e com você parecem ser as melhores...- Confesso.- Me fazem sentir falta sabe, sentir falta de uma vida que deveria ter sido minha... É tão injusto tudo o que aconteceu...

Não percebo quando meus olhos se enchem de lágrimas, mas evito deixar que elas caiam.

- Tem razão, você teve sua vida roubada, e foi completamente injusto.- Viktor concorda.- Mas eu prometo, com a minha vida, que eles irão pagar caro por isso.

- Eu sei...

- Bem, já está ficando tarde, você precisa descansar.- Viktor diz.

- Tem razão...

Abro a porta do carro me preparando para sair.

- Espere.

Me viro ao ouvir a voz de Viktor.

- Foi bom revê-la...- Viktor diz parecendo envergonhado por admitir.

- Também foi bom revê-lo.- Confesso.- Eu senti sua falta.

Nos despedimos e eu entro dentro da propriedade, ouço o som do carro se afastando. Entro dentro de casa ainda com a pequena caixa nas mãos. Ela não é muito grande, é um pouco maior que minha mão mas também não é muito leve.

Caminho até a sala de estar vazia, Vovó Alexandra estava de folga, só voltaria no final de semana, e os outros empregados não costumam passar muito tempo aqui.