Uma Bartholy?

Capítulo 103

Boa leitura!

Anelise on

Havia se passado cinco minutos desde que Caspian havia me pedido para segui-lo. Já estávamos chegando no local de que ele tanto falava, então apenas caminhávamos, embora eu não visse nada alem da vegetação da floresta, tenha a sensação de que aquele lugar era especial.

Eu observava Caspian a minha frente. Seus cabelos loiros possuem o mesmo tom que o meu, e nosso tom de pele também é o mesmo. 

- Você ficou calada...- Caspian observa.

- Você também não disse nada.- Dou de ombros.

- Você me pegou.- Ele ri.- Venha é por aqui.

Caspian para próximo a uma imensa rocha ao lado de algumas arvores cobertas de musgo e varias fileiras de folhas que lembram samambaias caindo até o chão como uma enorme cortina natural. Ele sorri para mim antes de estender o braço e abrir caminho pelas folhas que surpreendentemente escondiam uma especie de entrada. Caspian então indica para que eu entre primeiro, e assim faço. 

Sinto uma estranha energia, como se estivesse atravessando uma bolha. Me surpreendo ao dar de cara com uma especie de caverna, haviam minerais azuis fluorescentes iluminando uma especie de corredor, caminhei ansiosa até o final, onde uma luz parecia me chamar. 

Meus olhos se arregalaram tamanha a beleza do lugas. Era uma caverna relativamente grande, toda iluminada pelos mesmos minerais azuis, no lado direto, haviam três grandes árvores floridas, e no centro, um pequeno lago  de águas cristalinas e brilhantes como os minerais, sua nascente era calma, como uma torneira semiaberta. Era possível ver os raios do Sol chegando até as árvores e o lago, a luz atravessava pequenas frestas no teto da caverna. Havia pequenas rochas ao redor do lago, algumas cobertas com musgo, e pouca grama residia próximo nos poucos lugares que havia terra, mas o chão era todo em pedra trabalhada, como tijolos.

O lugar parecia um conto de fadas, era lindo, e parecia mentira. Era como uma pequena parte de um jardim que foi escondido. E ao olhar ao redor, me recordo da sensação de ter atravessado uma bolha, havia uma espécie de campo de força praticamente invisível, eu não conseguia ver, mas conseguia sentir. Era a mesma energia familiar que eu sentia quando usava meus poderes.

- É lindo não é?- A voz de Caspian soa atrás de mim.

- Sim...- Me faltam palavras para explicar...- Que lugar é esse?

Caspian deu de ombros e caminhou em direção as árvores.

- Venha, vou lhe contar uma história.- Ele diz se sentando.

Caminho até ele e me sento próximo a ele, esperando que ele comece. Caspian.

- Há muito tempo atrás...

...."em terras distantes e esquecidas, existiu uma pequena aldeia. Era pacata e serena, seus habitantes viviam em paz e harmonia entre si. Seus líderes eram sábios e de bom coração, protegiam seu povo como pais protegem seus filhos. Existia uma lenda antiga, que dizia que os habitantes dali eram abençoados com dons sobre a vida é a morte. Muitos cobiçavam esses dons, e após a aldeia sofrer tantos ataques, foi decidido que se afastariam dos demais povos. Seus líderes ultilizaram seus dons para esconder a aldeia, e foi proibido qualquer contato com estranhos, eles já haviam perdido muitas pessoas, e fariam de tudo manter seu povo em segurança. Os líderes possuíam dois filhos, a primogênita, obediente às leis da aldeia, mas seus dias eram tristes e sem vida, e o filho mais novo, irresponsável e cansado de viver preso, sem direito de escolha, por isso seus dias eram cheios de aventuras, com exceção de quando voltava, onde punições severas lhe aguardava.