"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
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Eu sequer consegui dormir a noite. Eu estava tão ansiosa, que não dormi e fiquei terminando de arrumar minhas coisas, e pela manhã, vi meu quarto completamente vazio.
Poderia deixar algumas coisas lá, mas eu não tinha o objetivo de voltar para Berlim nem mesmo para visitar meus pais. Maya não fazia isso desde do incidente com o ex lunático da Mia, e eu pretendia seguir a mesma coisa.
Vi o sol nascer da minha janela e eu já estava trocada. Sabia que não iríamos tão cedo, mas mesmo assim, já queria deixar tudo pronto. Minhas bagagens de mãos estavam separadas, as coisinhas do Olls também, minha bolsa e passaporte estavam em cima da minha escrivaninha.
Quando ouvi barulhos no quarto ao meu lado, sai correndo e abri a porta animada. Nick me olhava com a escova de dentes na boca, cabelo bagunçado e de pijama.
— Bom dia!
— É quase de madrugada, Manuela. — Mostrou para o relógio.
Marcava 6:32 da manhã, e tínhamos que estar no aeroporto às 9h no máximo. Nosso voo de acordo com a Maya sairia pelas 10h, e perto das 12h já estaríamos em Barcelona e não sabíamos quem iria nos buscar.
O quarto do Nick por um milagre, estava arrumado. Os armários estavam vazios também, e as malas separadas perto do banheiro. O empurrei de volta para o banheiro para que ele fosse se arrumar logo.
Desci os degraus pulando de dois em dois. Não havia ninguém ainda no primeiro ainda, provavelmente meus pais acordariam só mais tarde para nos deixarem no aeroporto e irem para a sede da empresa em Berlim.
Fui para sala e liguei a TV, colocando em qualquer programa matinal que estava passando porque já tinha tirado todos os meus logins das TV's. Peguei meu celular e já havia algumas mensagens da Maya e um áudio.
— Oi meu amor, bom dia!!! Tentei falar com o Nick mas acho que ele me bloqueou, quando ele chegar aqui, eu mato ele! Mas enfim, eu que vou buscar vocês no aeroporto, tá? Teo está em reunião e Brad também, e eu vou buscar vocês. Estarei no portão de desembarque, qualquer coisa me ligue... Amo vocês, bom voo!
Ficava mais tranquila em saber que ela não havia nos esquecido. Sabia que seria difícil disso acontecer, mas, o medo sempre está aí!
Olls estava no meu pé, balançando o rabinho e me olhando com a língua pra fora. Sorri e bati no sofá para que ele pulasse ao meu lado, e logo ele estava me lambendo.
Ganhei Olls em 2020 do Matteo. Ele sabia que estava sendo difícil pra mim me adaptar na Alemanha longe da Maya, então um belo dia, ele apareceu com a bolinha de pelos no braço.
Minha mãe odiou a ideia de ter um cachorro em casa, mas considerando o fato dela mal ficar em casa, suas reclamações não foram ouvidas pelo meu pai que me ajudou com o Olls em relação ao veterinário e a cuidar dele.
