Não demorou muito para chegássemos em Somorrostro. As ruas estavam um pouco movimentadas pelo jogo do Barça, mas em alguns minutos o táxi nos deixou na entrada de Somorrostro.
Nós não tínhamos a chave da casa, Gavi estava sem sua carteira... Porém, tínhamos o Olls, minha bolsa com água e comidas, as coisas do Olls, e claro... A presença um do outro!
Somorrostro estava quase sem movimento nenhum. Era domingo e já era tarde... Só tinha praticamente eu e Gavi na praia.
— Você lembra qual é a rua? — Olhei para ele.
— Pedri colocou no GP's quando viemos e foi direito.
Gavi estava com o Olls no colo que não estava gostando daquela aventura toda. Como estávamos na entrada da praia, tinha que lembrar a rua para a minha casa, já que passaríamos lá para pegarmos alguns colchonetes.
Como faríamos isso sem uma chave? Não sei!
— E você não lembra?
— A casa é sua, cariño, você que deveria lembrar.
Fiz uma careta e ele riu, apertando minha bochecha. Afastei sua mão sorrindo, enquanto guardava meu celular no bolso.
— Vamos indo pela orla então, mais fácil de acharmos.
Entrelacei minha mão na do Gavi porque não queria me perder naquela escuridão de praia.
— Sim, senhora! — Ele brincou.
Não havíamos avisado ninguém que íamos a Somorrostro, apenas avisamos que iríamos sair, e como já era comum Maya nos dar essa certa "liberdade", a única coisa que ela pediu era para avisa-lá caso algo acontecesse.
Caminhamos pela orla da praia por alguns minutos, até que eu vi o muro que eu e Gavi tanto gostávamos quando menores. Era uma casa de esquina enorme, e o muro era todo feito de conchas... Era lindo!
— Acho que achamos. — Apontei.
— Nem lembrava desse muro. — Ele respondeu rindo.
Nossa casa ficava no final da rua, já que era grande e pegava toda a outra esquina também. Como já sabia, a casa havia sido realmente reformada e estava mais que linda do que antes. Se tem uma coisa que Maya e Brad fazem bem, é decorar e escolher casas.
— Como você entrar aí? — Gavi me perguntou.
— Maya não colocou cercas elétricas porque tem dó dos animais. — Apontei. — Mas tem o alarme ainda, se ela não mudou a senha, eu pulo o muro. — Expliquei.
Estava analisando a casa e quando me virei para Gavi, ele me olhava confuso e um pouco preocupado.
— E essa ideia é boa?
— Quer pular você?
— Eu preciso de mim inteiro para jogar bola, sabia? — Me olhou, colocando o Olls no chão. — Tenta o alarme que eu te ajudo.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...