Capítulo 53 - Desconfiança

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Las Vegas, Estados Unidos

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Las Vegas, Estados Unidos

Um ponto negativo dos Azevedo Martinez's, é que não sabemos disfarçar muito bem... Exceto pela Maya, que é treinada para ser a melhor e maior mentirosa que esse mundo já viu, de resto... Todos nós somos péssimos, e isso inclui a Mia.

A Mia estava agindo de forma muito estranha desde Dallas. Estava tomando alguns remédios, os quis eu sabia que eram para enjoos porque passei boa parte da minha vida os tomando, remédios para dores de cabeça iguais os da Maya, fora o fato da Maya estar em cima dela a todo o momento.

Porém, não era só ela que estava estranha... Pedri, Ferran, Fermín, Sarah e Gavi também entravam no combo. Eles pareciam saber de algo que ninguém sabia, além deles e da Maya... Aquilo estava me deixando preocupada.

Depois de Dallas, fomos para Las Vegas, e as minhas preocupações e curiosidades em relação ao que estava acontecendo, foram substituídas pelo modo estranho que o Gavi estava agindo também.

Eu e ele havíamos nos resolvido depois da minha cabeça dar um nó em Los Angeles por conta da Anitta. Ele havia entendido o meu ponto e a minha insegurança, e eu também havia percebido que diante daquela situação, eu havia o deixado "sem saída".

Um dos meus problemas de personalidade, é o fato de não saber demonstrar ou falar que tem algo errado, e isso é desde pequena. Nunca fui o tipo de criança que sentava com os pais e contava como havia sido o meu dia, eu fazia isso com a Maya e com o Matteo, mas não era a mesma coisa.

Não cresci em uma casa onde eu podia ser ouvida e podia falar... Era difícil ser uma criança falante sendo que em casa, eu tinha que me manter quieta porque meus pais nunca estavam em casa... Isso só veio mudar quando passei a morar com Maya e Brad, ao mesmo tempo em que o Gavi e a Rora vieram para Barcelona.

Maya e Brad sempre faziam questão — e ainda fazem — de jantarmos juntos para que cada um contasse do seu dia, e isso fez uma diferença enorme na minha vida! Mas, me mudei forçadamente para Berlim depois de alguns anos, e o silêncio na mesa do jantar voltou, junto com a minha mania de reprimir os meus sentimentos e nunca falar abertamente o que me incomodava ou não.

Gavi me conhecia muito bem, então ele sabia que eu havia "travado" novamente em relação a falar o que eu sentia... Eu não precisava falar abertamente com ele, porque ele sabia o que se passava somente pelo meu modo de agir.

Isso facilitava muitas vezes, mas eu gostaria de poder falar abertamente tudo com ele sem medo, mesmo que eu soubesse que ele nunca me julgaria.

Porém, da mesma forma que isso me afetava, também afetava o Gavi. Ele era igual a mim nesse quesito, talvez pelo mesmo motivo... Mas, ao contrário dos meus pais, os pais dele não tiveram escolha em poderem serem presentes ou não.

Ele estava estranho, e isso era um fato. Eu notava o olhar preocupado da Maya nele durante os cafés, almoços e jantares... Maya era boa em esconder absolutamente tudo, mas ela era péssima em esconder sua preocupação... Seus olhos diziam por ela.

irrompible || pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora