Quinta-feita, 14 de Dezembro, 2023
— Cariño...
Minha testa doía, e não era do tipo dor de cabeça, era como se eu tivesse batido nela em algum lugar, e de fato, eu havia batido.
Levantei minha cabeça sonolenta, passando a mão pelo rosto e olhando para o Gavi. Ele tinha uma cara de sono, mas não deixou que o sorriso sumisse.
— Vamos dormir.
— Eu preciso terminar. — Apontei.
Olhei para frente vendo as formas com biscoitos natalinos todos sem decoração. Havia inventado de fazer isso, mas se eu soubesse que demoraria tanto, eu não teria inventado. Aurora me ajudou, mas quando foi ficando tarde demais, ela foi embora, prometendo que voltaria de manhã para terminar de me ajudar.
Sol e Pilar já tinham ido dormir fazia algum tempo. Todo mundo já tinha ido dormir, apenas eu que não.
— Você precisa dormir, já viu que horas são? — Gavi se aproximou de mim e eu neguei. — Quase quatro da manhã.
Arregalei os meus olhos assustada. Deveríamos acordar cedo amanhã para terminar de fazer as coisas e irmos para a ONG, mas, eu pelo menos precisaria dormir um pouco.
— O que?!
— Eu acabei dormindo no sofá e você aqui. — Apontou para a ilha da cozinha onde eu estava deitada. — Vamos deitar um pouco, daqui a pouco a Maya está aí.
Assenti e me levantei da banqueta. Segui o Gavi para a sala e nos deitamos no sofá. Nos últimos dias, graças à evolução dele, ele já estava conseguindo dormir em outras posições que não fosse apenas de barriga para cima.
— Coloco o alarme para que horas? — Perguntei baixinho.
— Não coloca alarme, descansa. — Deu um beijo na minha testa. — Acordaremos com o barulho deles.
Me aconcheguei no Gavi, e ele me abraçou me dando um selinho. A sala estava quente graças ao aquecedor ligado. Foi questão de fechar os olhos e eu já dormir. Estava há dois dias praticamente fazendo de tudo para que o "Amor de Navidad" desse ano saísse perfeito.
Eu era muito perfeccionista e eu sabia disso. Gostava que tudo saísse da maneira que eu pensei. Maya havia me deixado na "liderança" para organizar tudo, já que ela estaria com o time na Bélgica, e eu não queria que ela ficasse desapontada, mesmo sabendo que, independente do que eu fizesse, ela me abraçaria e diria que estava perfeito.
Se antes eu tinha dor na testa, agora eu tinha dor nas costas até o pescoço. Como o Gavi previu, acordamos realmente com o barulho na cozinha. As crianças já estavam gritando, Maya falava alto e Matteo estava xingando alguém — muito provavelmente, era a Maya.
— Bom dia. — Murmurei, entrando na cozinha. — O que está acontecendo aqui?
— Ele!
— Ela!
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irrompible || pablo gavi
Romantizm"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...