— Eu preciso muito da sua ajuda!
Maya deu um pulo da cadeira dela com a mão no coração quando entrei no escritório sem avisar. Já deviam ser umas dez horas da noite, os gêmeos já estavam dormindo e eu aproveitei o fato de a Manu estar em ligação com a Sol para resolver essa ideia que eu tive de última hora.
— Gavi, você entra assim desesperado e eu já acho que algo ruim aconteceu, cacete. — Ela passou a mão no rosto. — O que que foi?
Fechei a porta passando a chave, o que fez com que ela me olhasse estranho. Peguei uma das cadeiras e levei até o seu lado. Maya me analisava e eu tinha certeza que ela estava prestes a ligar para um hospício.
— Eu preciso da sua ajuda.
— Tá... Eu já entendi isso. É pra que? Esconder um corpo? Onde está o corpo? Eu te ajudo. Assisti Criminal Minds, sei como esconder um corpo e fazer com que ele desapareça.
Olhei para ela meio confuso... Por que ela acharia que eu matei alguém e preciso esconder um corpo?!
— Maya... Por que acha que eu matei alguém?
— Eu não sei? — Ela deu de ombros. — Vai que alguém mexeu com a Manu? Sei lá, né...
— Eu nunca mataria alguém.
Maya deu sua típica risadinha de ironia e me encarou. Revirei os olhos e passei a mão no rosto.
— É sério.
— Então fala!
Respirei fundo e a encarei.
— E-eu quero pedir a Manu em namoro.
Ela me encarou, movendo a cabeça de um lado para o outro pensativa. Abriu a boca algumas vezes e pegou na minha mão, apertando forte.
— Você está falando sério?
— Estou.
Arregalei meus olhos quando a Maya levou minha mão até sua boca, gritando alto contra ela. Assustado e com medo de alguém escutar, coloquei a outra mão contra a sua boca, pressionando para que o grito não saísse.
— Maya, pelo amor de Deus, shiu! — Pedi desesperado.
No canto de seus olhos, começaram a se formar lágrimas e eu não sabia se ela estava com falta de ar ou se só estava querendo chorar mesmo. Tirei minhas mãos de sua boca e ela puxou uma grande quantidade de ar, antes de se curvar contra mim e me abraçar forte.
— N-niñito! Aí meu Deus! — Ela segurou meu rosto. — Você quer pedir a Manu em namoro!
— Eu quero... — Sorri. — Por isso que preciso da sua ajuda.
— Aí, okay. — Ela me soltou, respirando fundo e abanou seu próprio rosto. — Você não deveria ter dito isso pra mim logo quando estou de TPM, Gavi. — Balançou a cabeça.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...