— Niñito! Vamos logo!
Ouvi o grito da Maya ecoar pela casa inteira, e antes que ela viesse até meu quarto e me arrastasse pelas orelhas, resolvi obedecer e descer correndo as escadas, dando de cara com ela na sala, olhando em seu relógio.
— Sua voz é potente, sabia? Não precisa gritar muito.
Passei por ela, dando um beijo em sua bochecha, vendo que ela havia revirado os olhos. Deixei minha mala no sofá e fui para a cozinha, onde a Manu estava com as crianças cozinhando alguma coisa.
— Não acredito! Vocês vão fazer comida sem mim?
Fingi um beicinho e coloquei minhas mãos na minha cintura. Alice arregalou os olhos e desceu da cadeira em que estava, correndo até mim e me abraçando pela perna.
— Você vai sair, tio Gavi?
Sorri, me agachando e ficando em sua altura, logo trazendo-a para meus braços e a apertando forte contra mim. Me levantei com ela em meu colo, tirando a franja de seu rosto.
— Prometo que é rápido, tá bom?
— Eu não posso ir?
— Não... Mas é rapidinho.
— Você promete?
— Claro que sim, minha princesa. — Sorri. — Mais tarde, a tia Aurora vai vir aqui, sabia?
— Sério? — Perguntou animada.
— Seríssimo! — Sorri. — À noite, quando eu voltar, a gente pinta um pouco juntos, o que acha?
— Eu gostei.
Sorri novamente, abraçando-a e dando um beijo longo em sua bochecha. Coloquei-a no chão novamente e ela correu para a cadeira em que estava antes. Fui até o Arthur, enchendo-o de beijos e escutando a sua risada enquanto se contorcia. Ele definitivamente odiava beijos.
Beijei a bochecha da Manu, vendo-a sorrir e sua covinha aparecer, enquanto ela mexia algo em uma tigela. Aproveitando que a Maya não estava olhando, passei um pouco da massa no meu indicador, a experimentando.
— O que é isso? É massa?
— Não! — Manu respondeu rindo. — As crianças pediram para eu fazer torta de limão, isso aqui é o creminho do limão. Não sentiu o azedo?
— Não... — Passei a língua sobre os lábios.
Manu arqueou a sobrancelha, repetindo meu gesto, pegando um pouco do creme para experimentar, e fazendo uma careta em seguida.
— Você devia ser uma daquelas crianças que chupavam limão. Isso aqui tá azedo demais, Gavirazinho.
Dei de ombros, rodeando-a pela cintura e enterrando meu rosto em seu pescoço. Ela soltou a espátula que usava e levou as mãos até meu rosto, fazendo um carinho em ambas das minhas bochechas.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...