Silêncio...
Foi tudo o que eu e a Manu recebemos. Definitivamente, pegamos todos de surpresa com a revelação repentina.
Maya olhava para nós dois querendo nos matar, provavelmente. Não havíamos contando para ela que iríamos anunciar para todo mundo hoje... Matteo tinha um sorriso engraçado no rosto vendo a reação das pessoas.
— Adotar? — Nick foi o primeiro a se pronunciar. — A Luna? — Apontou.
Olhei para baixo, dando de cara com a Luna confusa me olhando. Todos estavam olhando para nós, principalmente para ela.
— É... — Manu disse baixo, colocando a Luna atrás dela. — Não sabíamos como contar isso. Todo mundo está aqui hoje, então... Achamos que seria uma boa ideia.
Silêncio novamente.
Se eu pudesse, estaria entrando dentro da terra desse jardim nesse momento.
— Vocês estão brincando, não estão? — Minha mãe nos encarou. — Maya?
Todos os olhares se voltaram para a Maya. Se ela queria nos matar, agora sinto que ela vai nos matar em praça pública com todo mundo vendo.
Ela limpou a garganta, saindo de perto do Brad e Matteo, com a mão no rosto, procurando palavras para responder minha mãe.
— Aurora, eu entendo que a senhora...
— Meu Deus! — Minha mãe balançou a cabeça, a interrompendo. — Meu Deus do céu!
— Mãe... — Minha irmã se aproximou dela.
— Você sabia, Aurora?
Minha irmã olhou para mim, e eu assenti. Se mentíssemos mais naquela situação, provavelmente, as coisas iriam sair do controle muito rápido.
— Sabia...
Luna se agarrou a minha perna quando minha mãe começou a rir, claramente, nervosa. Ao lado dela, meu pai me encarava sem expressar nenhuma reação, assim como os pais da Manu.
— Olha... — Matteo tomou a frente. — Porque estão surpresos? É uma ação nobre, na verdade... Não é como se eles estivessem sozinhos nessa. Eles são novos, mas não são crianças. Tudo bem estarem todos surpresos, eu também fiquei quando soube, mas não é a pior coisa do mundo.
— Matteo... — Valentina o cutucou.
Os pais do Matteo olharam para ele com a pior cara que eles podiam fazer, e ele pareceu não se importar. Minha mãe se sentou em um dos banquinhos que tinha no jardim, enquanto minha irmã tentava a acalmar.
— Bom... — Pedri disse sem graça. — Parabéns?
Sorri aliviado quando o meu melhor me abraçou, puxando a Manu para nos abraçarmos juntos. Mia nos abraçou em seguida, assim como os demais. Nossos amigos e pessoas que eram próximas de nós, demonstraram ficar felizes por nós, exceto nossos pais.
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irrompible || pablo gavi
Romansa"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...