"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
Oieee amores! Antes de lerem o capítulo, gostaria de deixar vocês avisados que nesse capítulo há as narrações do Gavi e da Maya. Pensei em separá-los, mas não faria muito sentido.
Boa leitura! 🤍
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Terça-feira, 28 de Novembro, 2023
Era um pouco depois das quatro da manhã quando senti o Brad me acordar. Abri os olhos um pouco perdido e sentindo minha cabeça pesar devido aos remédios.
Brad tinha um sorriso no rosto e me ajudou a levantar. Havia dormido no quarto da Manu essa noite justamente para não acordar ela e a Alice quando saíssemos de manhã.
Hoje era o dia da minha cirurgia. Não sabia muito bem como estava me sentindo. Nervoso? Ansioso? Com medo? Eu não sabia, a única coisa que sabia era que eu não queria estar passando por aquilo, não mesmo.
Levava comigo uma pequena mochila com algumas roupas, carregadores, coisas que eu usaria para sobreviver no hospital. O médico que me operaria disse que se tudo ocorresse bem, eu poderia voltar para casa naquele dia mesmo, mas muito provavelmente, iam pedir para que eu ficasse à noite em observação.
Respirei fundo ao entrar no quarto da Manu novamente, dando um beijo em sua testa e no da Alice também. O combinado seria que eles fossem me visitar pela parte da tarde, assim, eu já teria saído da cirurgia e o pessoal da escola e faculdade.
Maya estava na cozinha quando descemos, bebendo uma enorme xícara de café. Ela me olhou, deu um sorriso fraco e abriu os braços. Imediatamente, a abracei, e aos poucos, as sensações estranhas que eu estava sentindo foram passando.
— Já deu tudo certo, niñito. Você vai ver, vai ser melhor do que você pensa. — Ela murmurou.
— Você vai estar lá, não vai?
— Sempre. Quando você acordar, eu estarei lá.
Ela fez um carinho no meu rosto, dando um beijo na minha testa. Como eu estava de jejum, não podia comer absolutamente nada. Fui para o carro com a ajuda do Brad, sentando no banco de trás observando o sol começar a nascer. Mandei uma mensagem para a minha mãe e pai avisando que estava indo para a cirurgia, provavelmente, eles só iriam ver quando acordassem.
Entramos pelos fundos do hospital e uma equipe médica já me aguardava. Me colocaram em uma cadeira de rodas, mas mesmo assim, Maya não soltou a minha mão enquanto andávamos pelos corredores do hospital.
Minha cirurgia estava marcada para o meio dia, e durante todo aquele tempo em que eu estava ali, seria para me manterem no jejum e em pré-operatório.
Matteo chegou depois de ter deixado as crianças na escola. Ele estava animado, dizendo que já havia estudado tudo sobre a cirurgia que eu faria e nada daria errado. Aquela animação dele me contagiou, e tudo o que eu mais queria era operar logo.
