Quinta Feira
— Maya fez isso mesmo?
Brad me olhou indignado por nem ter dado um bom dia a ele. Nick ria enquanto entrava no banco do passageiro, fazendo um toque com o Brad.
— Bom dia, Manu, estou bem também. — Ironizou.
— Desculpa, Brad, mas é que essa situação toda me apavora... Não acredito ainda que a Maya marcou um almoço com a nossa mãe e desmarcou as consultas dela.
— Sabe que ela está fazendo isso por vocês, não? — Olhou para mim e Nick. — Ela se culpa pela relação de vocês hoje em dia com a Paloma, então, ela só está tentando ajudar.
— Ela não tem que se culpar. — Murmurei, encostando no banco. — Temos que buscar o Gavira.
— Que grude! — Nick reclamou.
— Avisa ele que estamos indo, Manu.
Brad me olhou sorrindo e eu assenti. Peguei o meu celular e mandei mensagem para o Gavi, que respondeu logo em seguida com um emoji de beijo.
Eu não estava muito à vontade com aquela situação toda. Os últimos dias que eu estive com a minha mãe em Berlim, nós brigamos e nos despedimos de uma forma bem estranha... E agora, ela estava em Barcelona e ela não sabia da minha relação atual com o Gavi.
Sei que os dois não se dão bem desde quando eu estava internada. Lembro do Matteo me contando no hospital quando acordei do coma que Maya e nossa mãe quase saíram nos tapas quando a querida Paloma culpou o Gavi.
Se tinha uma pessoa culpada nessa situação toda... Era ela!
— Oi!
Gavi entrou no banco de trás junto comigo, dando um beijo na minha bochecha, um aperto de mão com o Nick e um toque com o Brad. Ele colocou o cinto e me olhou, dando um sorriso fraco.
— Maya fez mesmo isso?
— Viu só! Todo mundo está surpreso com essa ideia da Maya.
— Ela fez... — Brad assentiu. — Não vai ser tão ruim pessoal, vamos lá! Sei que a Paloma é um terror, mas não acho que ela possa querer causar na véspera do aniversário de vocês.
Paramos no farol e nós três olhamos para o Brad, como se disséssemos: "Você acha mesmo?"
— Okay, é capaz dela causar.
Choraminguei, encostando a minha cabeça no vidro e Gavi segurou em minha mão, dando um aperto carinhoso. Ficamos de mãos dadas até chegarmos na casa da Maya e Brad e descemos do carro sendo recepcionados pelos gêmeos.
Alice pulou no colo do Gavi e ele cambaleou para trás, quase caindo. Arthur abraçou eu e Nick pelas pernas, e nos agachamos dando um abraço duplo nele. Gavi colocou Alice no chão e ela nos abraçou também.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...