— Maya?
Fiz uma careta ao ver a Maya toda descabelada empurrando a Alice para fora do quarto que segurava um pincel de tinta. Quando Maya sentou na frente da câmera, tive que segurar uma risada ao ver seu rosto vermelho.
— O que é isso?
— Tinta! — Gritou, pegando um lencinho. — Eu não sei da aonde veio o lado artístico da Alice, meu Deus.
— Eu pintava quando eu tinha a idade dela também. — Dei de ombros.
— Mas não a minha cara, né? — Me encarou, enquanto continuava tentando tirar a tinta. — O que aconteceu para estar me ligando usando a blusa do Barça?
— Você podia ser menos observadora, sabia?
— É literalmente o meu trabalho ser observadora. — Riu. — Você está me enrolando, fala logo.
Cruzei os braços, fazendo um bico emburrado.
— Você acha que seria uma má ideia eu ir ao jogo amanhã?
— Não.
A olhei confusa.
— Não?
— Não. — Deu de ombros. — Que foi? Queria que eu dissesse que sim, é um problema?
— Eu sei lá, você é meio confusa as vezes.
— Eu não sou confusa, Manuela. — Me encarou.
— Tanto faz. — Ri. — Então, você não acha que é ruim?
— Manu, você cresceu em campos de futebol, ia em todos os jogos... É óbvio que você sente falta e eu sou super a favor de você ir.
— Hum...
Ela semicerrou os olhos para mim, se aproximando da câmera.
— Não é isso que te preocupa...
— Ai, Maya! — Exclamei, escondendo meu rosto nas minhas mãos. — Você sabe o que é, sabe que é o Gavi!
Maya começou a rir, me deixando um pouco irritada.
— Para de rir!
— É engraçado como vocês dois são completamente iguais e sempre ficam desesperados quando o assunto é sobre vocês dois.
— Mentira.
— Mentira? — Ela cruzou os braços, me encarando. — Se não fosse antiético, eu gravaria todas as conversas que eu tenho com o Gavi para você ver como o angry bird fica.
— Desde quando vocês conversam? — Perguntei curiosa.
— Hum... — Pareceu pensar. — As coisas melhoraram mesmo só ano passado graças ao Pedri, mas recentemente, desde que você voltou estamos nos falando bastante. Saímos para almoçar semana passada, choramos, aí... Foi emotivo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...