Capítulo 68 - Ex-namorada

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— Podemos conversar, cariño?

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— Podemos conversar, cariño?

Eu realmente não estava esperando vê-lo ali com os olhos e nariz vermelhos, fungando baixinho e com as mãos no bolso do moletom do Barcelona. Ele tinha uma postura como se estivesse com receio de estar ali, e aquilo me preocupou.

Desde ontem, nós dois não havíamos nos falado e era fácil compreender o porquê estávamos naquela situação... Sinceramente, olhando agora e com mais calma, acho que eu agi de forma equivocada, principalmente em como abordei o Gavi.

Eu sabia melhor do que ninguém da culpa que ele sentia, do medo, do receio... Eu não o escutei e a primeira coisa que eu fiz quando vi aquele vídeo foi perder a cabeça e agir na emoção, não pela razão.

Às vezes, tenho alguns traços do senhor Nicholas.

Sol estava comigo na hora que eu vi o vídeo, e ela ficou sem saber o que fazer. Ela me olhava apreensiva, e eu apenas respirava fundo várias e várias vezes tentando me acalmar para não surtar... Mas não deu muito certo.

O nervosismo e o medo tomaram conta de mim, e quando eu percebi, já estava correndo para o banheiro. Enquanto eu vomitava, Sol estava ao meu lado segurando o meu cabelo e me pedindo calma.

Eu odiava vomitar, eu odiava lembrar... Odiava o mês de agosto.

Eu chorava e tremia. Tentava não fazer barulho porque eu sabia que em segundos o Nick estaria no meu quarto. Sol tentava me acalmar de todas as maneiras possíveis, e de alguma forma, ela conseguiu.

Estava abraçada a ela enquanto ela fazia carinho nos meus cabelos, e aos poucos fui me acalmando. De nervosismo e medo, eu comecei a sentir raiva... O que Pablo Gavi tinha na cabeça?! Amiga... Sério?!

Aquilo para mim... Não sabia explicar. Doeu, doeu muito, e depois senti raiva, e queria mais do que tudo esganá-lo com as minhas próprias mãos até que ele colocasse seu cérebro no lugar.

Depois de ter me exaltado e o xingado de todas as formas possíveis para a Sol, que me olhava confusa e até mesmo perdida, achei que colocá-lo contra a parede seria a melhor solução. Eu de cabeça limpa e calma, nunca falaria que não daríamos certo se ele não colocasse sua cabeça no lugar.

Eu não fui justa com ele, nem um pouco. Ele se culpava por minha causa, e olhando agora de forma mais calma, eu vi que ele fez aquilo para me proteger de alguma forma... O cobrei de algo sem ao menos termos conversado.

Tudo o que eu mais queria era ter tudo com ele. Namorarmos sem termos medo, casarmos, morarmos juntos, construirmos nossa família... Eu o amava e esperei tempo demais para que pudéssemos estar juntos novamente, mas, de alguma forma, ainda haviam pedras no campo.

Muita coisa aconteceu em Berlim que ele não sabia, e algumas dessas coisas eu ainda não estava pronta para contar, e assim como aconteceram muitas coisas em Berlim, sei que aconteceram coisas aqui em Barcelona... Eu não era burra.

irrompible || pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora