Havia marcado a reunião com o De La Peña na empresa da família Azevedo Martinez. Matteo disse que poderíamos usar a sala de reunião ou sua sala que não haveria problema algum.
Quando chegamos, alguns dos funcionários nos cumprimentaram. Ao contrário do que acontece em muitas empresas, a Maya e o Matteo eram extremamente amados por todos os funcionários, e isso não era de hoje... Se eu não fosse jogador de futebol, com certeza pediria um emprego pra eles.
— O que está fazendo aqui?
Virei para trás, dando de cara com o meu cunhado, Javi. Ele trabalhava na empresa e era o braço direito da Maya. Ele me olhou confuso, mas me abraçou e cumprimentou o Matteo.
— Marquei uma reunião com o De La Peña aqui. — Dei de ombros.
— Ata... — Ele me analisou. — Tudo bem? Você está com a cara de quando está puto da vida com alguém.
— Eu estou! Com o filho da puta do meu empresário!
Matteo começou a rir, enquanto Javi me olhava assustado.
— Porque?
Quando ia responde-lo, uma mulher o chamou com uma papelada em mãos e ele teve que sair correndo, após dizer que tinha uma reunião naquele momento. Matteo me chamou com a mão e eu caminhei atrás dele entre as enormes mesas e pessoas pelos corredores.
— Seu antigo contrato ficou com a Maya, preciso pegar.
Ele abriu a porta enorme da sala da Maya e eu senti uma nostalgia. Era a primeira vez que eu estava de volta àquela sala depois de anos... Matteo entrou primeiro e eu entrei atrás, analisando toda a sala que parecia do mesmo jeito, exceto pelos vasos de plantas a mais e quadros.
Espionei a mesa dela e me surpreendi quando vi algumas fotos minhas ali. Haviam alguns quadros com fotos dos quatros gêmeos, do Matteo, da Mia, de todos juntos, comigo, com a Aurora... Eu não esperava que ela tivesse tantas coisas assim.
— Agradeço todos os dias pela minha irmã ser uma maluca com o TOC. — Matteo disse rindo, me mostrando a pasta. — Vamos?
— Sim.
Assenti, tirando minha atenção dos quadros e seguindo Matteo para fora da sala. Tivemos que pegar o elevador até a sala de reuniões, que ficava no último andar e conseguíamos ver boa parte de Barcelona. Quando eu e a Manu íamos para a empresa, nós dois sempre gostávamos de ficar nessa sala por conta da paisagem que tinha na janela.
— Gavi, vou ser sincero com você... — Matteo começou, sentando na cadeira da ponta da mesa. — De La Peña não vai gostar nenhum pouco de me ver aqui, e quando ele for mandado embora, se prepare para notícias tendenciosas sobre seu nome saírem por aí. Ele vai fazer de tudo para que você fique com uma má fama somente para dizer que, quando era ele, isso não acontecia. — Assenti, sentando ao seu lado. — Eu vou fazer o possível e o impossível por você, mas preciso saber se você confia cem porcento em mim.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...