Capítulo 52 - Dores

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Eu provavelmente deveria ter começado a acreditar em energia negativa, mal olhado, karma mais cedo

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Eu provavelmente deveria ter começado a acreditar em energia negativa, mal olhado, karma mais cedo... Qualquer coisa do tipo, porque não era possível alguém estar passando por uma onda de azar tão grande igual eu.

Primeiro, fui obrigado a treinar igual um maluco em Tenerife por conta do Pedri — essa situação ainda vou discutir com ele —, depois, tive gastroenterite, tomei remédios que eu nem sabia que existia, e agora, estou sofrendo com uma dor nas costas infernal. E não podia me esquecer do fato da Manu ainda estar puta comigo por conta da publicidade com a Anitta.

Eu só quis ser o tio legal para os gêmeos, e a minha forma de recompensa é uma dor nas costas fodida?!

— Caralho! — Esbravejei. — Jordi, o que é que está acontecendo? Cadê a Maya?

O Dr Jordi, fisioterapeuta do Barcelona, se afastou de mim, me olhando enquanto tirava suas luvas.

— Eu não sei o que está acontecendo porque você não me deixa ver, Gavi. — Me olhou sério. — E eu não sei aonde está a Maya com o creme milagroso dela.

Sentei na maca, passando a mão pelo rosto enquanto Jordi continuava a me encarar com as mãos na cintura e uma expressão fechada por estar impedindo dele fazer seu trabalho.

Desde que chegamos nos Estados Unidos, a minha dor nas costas não passou, pelo ao contrário, piorou... Não sei se eram os treinos ou alguma outra coisa, mas, havia piorado. Não havia jogado o jogo contra o Arsenal, e muito provavelmente não jogaria no El Clásico contra o Real Madrid.

Eu estava me cuidando, estava fazendo tudo certo e eu não sabia o que estava acontecendo. Era uma dor que eu nunca havia sentido antes, e levando em consideração que sempre levo porradas e faço coisas absurdas em campo, era no mínimo preocupante.

Levantei meu rosto quando ouvi a porta do quarto ser aberta. Maya me olhava um pouco emburrada, porque provavelmente, havia a atrapalhado somente para que ela trouxesse o meu creme milagroso.

— Eu ia passear pelo centro de Dallas, sabia? — Ela me encarou, dando um beijo na minha bochecha. — Eu nunca vim pra Dallas, e quando eu venho, alguém me liga desesperado pedindo a porra de um creme!

Maya colocou o pote de creme bruscamente na maca ao meu lado.

— Gavi, você vai deitar nessa maca agora e vai deixar o Jordi te examinar. Eu vou me sentar na sua frente e segurar a sua mão como se fosse um parto, e você vai chorar se quiser. — Ela disse séria, puxando um banquinho para frente da maca. — Não tem creme milagroso que faça efeito se você não deixa ninguém te avaliar, Gavi.

Respirei fundo, assentindo. Podia ler os pensamentos do Jordi dando graças a Deus por eu ter aceitado deixar ele me examinar. Maya sorriu orgulhosa, se ajeitando no banquinho e segurando minhas mãos.

— Brad segurou a minha mão quando fui ter os gêmeos. — Ela riu. — E olha que foi cesariana.

— Eu acho que minha dor nas costas não está no mesmo nível que um parto, Maya. — Fiz uma careta.

irrompible || pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora