Domingo, 11 de Fevereiro, 2024
— Falta muito?
Respirei fundo pela décima vez em cinco minutos. Pablo Gavi conseguia ser extremamente insuportável quando queria, e hoje, ele estava disposto a fazer eu perder a cabeça com ele.
Levei a minha mão até a minha têmpora, o encarando. Ele estava ao meu lado no sofá, balançando os pés claramente ansioso. Era domingo, mas nem no final de semana eu tenho paz. Estava tentando terminar a parte escrita do trabalho que eu e as meninas estavam fazendo, mas Gavi não estava deixando com quem concluísse essa difícil tarefa.
— Gavi, são onze da manhã.
— A hora não passa! — Resmungou, deitando no sofá. — O que está fazendo? Posso te ajudar?
Passei a mão pelo seu cabelo, sorrindo. Gavi tinha um jeitinho único, e mesmo quando ele estava me irritando, eu não conseguia sentir raiva de verdade.
— Estou terminando a parte escrita do trabalho que estou fazendo com as meninas e os inúteis que eu te falei na sexta.
— Posso te ajudar? Me diz, o que você quer que eu faça?
Gavi sentou novamente, me olhando com os olhos brilhando e ansioso. Soltei uma risadinha baixa, pegando alguns dos papéis que estavam ao meu lado.
— Oh, o que acha de ir grifando pra mim os tópicos mais importantes que eu tenho que digitar? — Entreguei as folhas pra ele, junto com um marca-texto azul.
— Mas como eu vou saber se é importante ou não? — Perguntou confuso.
— Está vendo essas bolinhas? — Apontei e ele assentiu. — Já são o que é mais importante, mas eu preciso resumir, não posso colocar esse parágrafo inteiro, então, grifa as principais ideias do parágrafo e escreva ao lado se quiser. — Entreguei uma caneta.
— E se tiver errado?
Sorri, levando minha mão até sua bochecha e fazendo um carinho.
— Nós vamos revisar depois, Gavirazinho, não se preocupe.
Ele se deu por vencido, se ajeitando no sofá e colocando uma almofada no seu colo antes de começar a grifar. Enquanto eu digitava o trabalho, as vezes eu olhava para o lado e o via completamente concentrado enquanto lia, grifava e escrevia.
Nós fazíamos muito isso quando éramos crianças e estávamos na escola. Mesmo ele estando uma sala acima de mim, quando tínhamos trabalhos, ajudávamos um ao outro. Gavi sempre gostou de fazer as coisas manualmente, ele amava pegar as canetas da Maya, da Mia e da Aurora pra fazer os trabalhos, e a minha parte sempre era fazer a parte digitada.
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irrompible || pablo gavi
Romansa"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...