Os dias em Tenerife até voltarmos para casa, foram complicados. Depois da grande confusão familiar envolvendo eu, Manu e principalmente o Nick, o clima na ilha ficou um pouco estranho, porém, eu e Manu finalmente podíamos ficar sem nos esconder.
Mesmo Pedri dizendo que não era necessário, eu fiz questão de pedir desculpas a toda a família dele, assim como Maya obrigou que Nick fizesse a mesma coisa. Foi horrível nós dois pedindo desculpas para todos eles, e pior ainda, quando dona Rosy fez com que nós dois nos abraçássemos.
Nós dois quase tentamos nos matar na piscina afogados quando a Sol nos empurrou, e só paramos com a tentativa de assassinato quando os gêmeos foram levados para dentro pelo Matteo, e Maya fuzilou com o olhar eu e o Nick enquanto saíamos da piscina.
A coitada da Maya vivia como um cão de guarda em cima de mim e do Nick. Qualquer alteração de voz a mais, ou uma encarada com intuito de nos matarmos, Maya já fingia uma tosse e cruzava os braços, olhando feio para nós dois.
Tivemos que fingir que éramos amigos para os gêmeos pequenos quando eles pediram para nós dois entrarmos na piscina com eles... E lá estava nós dois sorrindo com os dois no colo fingindo que éramos os melhores amigos do mundo inteiro, e quando saímos da piscina, propositalmente, Nick me empurrou de volta na piscina.
Filho da puta!
O voo da volta foi cheio de provocações de ambos os lados. Se na vinda, Maya e Brad tentaram resolver o conflito entre a Sol e o Nick, na volta, eu entrei no lugar da Sol. Os dois nos encaravam de braços cruzados e eu e Nick apenas ficamos calados.
Maya nos deu um sermão de quase duas horas, onde em quase trinta minutos, Maya passou xingando o Nick porque ele estava com cara de deboche — segundo ela. Nunca agradeci tanto quando chegamos no aeroporto e peguei a Alice no colo, indo o mais rápido possível para o carro.
Nos próximos dias, eu evitei de ter contato com o Nicholas, porque sabia que qualquer coisa que eu fizesse, eu levaria um outro olho roxo. Porém, visto que eu e Nick estávamos piores do que já estávamos, Manu resolveu interferir.
— Vocês dois são ridículos e são orgulhosos. Parem de ser assim e se resolvam! — Manu disse séria. — Sério, Gavi, você precisa se resolver com o meu irmão.
Encarava ela de braços cruzados e emburrado. Manu estava na minha frente, com as mãos na cintura e com uma carranca extremamente séria, igual a da Maya... Por um segundo, vi a Maya nela.
— Pablo Gavi.
— Não é tão simples. — Murmurei. — Seu irmão me odeia e só não nos matamos em Tenerife porque Maya parecia um cão de guarda em cima de nós dois. Quando a Sol nos empurrou na piscina, nós quase nos matamos afogados... Você acha que é simples eu apertar a mão do Nick e perguntar se podermos voltar a sermos melhores amigos?
— Eu sei que não é tão simples...
Manu suspirou cansada e veio até mim, sentando no meu colo de lado e balançando os pés igual uma criança. Sorri e dei um beijo em sua bochecha quando ela encostou a cabeça em meu ombro.
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irrompible || pablo gavi
Romansa"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...