Capítulo 143 - Filha

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TW: Esse capítulo irá conter cenas de agressão, portanto, se você não se sente confortável em ler, peço para que me chame no Instagram "writingbyhope", onde irei resumir o capítulo sem a agressão.

Um frio percorreu minha espinha, e meu estômago deu um nó imediato

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Um frio percorreu minha espinha, e meu estômago deu um nó imediato. Lembranças tumultuadas do passado inundaram minha mente. Mariah sempre foi uma presença avassaladora, com seu olhar intenso e palavras afiadas, ela tinha o poder de virar o mundo de qualquer um de cabeça para baixo. E agora ela estava de volta, e só Deus sabe o porquê.

Sei que havia prometido que iria encarar isso, que não ia jogar pra debaixo do tapete os medos que a Mariah causava em mim, mas vê-la ali, depois de anos, só me fez perceber o quanto ela destruiu uma parte de mim.

— Manu? Tá olhando pra quem?

A voz do Nick estava longe e eu mal o escutava. Por um momento, o estádio ficou em silêncio. Só havia eu e Mariah ali. Apenas nós duas nos encarando mesmo que fosse de longe.

— Manuela?

Meu irmão me cutucou. Eu não o olhei. Eu simplesmente não conseguia tirar os olhos dela. Percebi que Nick havia visto ela quando sua mão entrelaçou na minha.

— Manu é a...

— É. — Murmurei.

Mariah pareceu gostar do olhar do Nick sobre ela. Um sorriso surgiu em seu rosto... Um sorriso que eu conhecia muito bem. O sorriso ardiloso, maligno, de quem sabe o que quer e não importa se isso vai machucar alguém ou não.

Nick me abraçou pelos ombros, me virando de costas para a multidão em que a Mariah estava. Eu não percebi, mas minhas mãos tremiam e eu suava frio.

O medo começou a tomar conta de mim, uma sensação sufocante que me fazia querer fugir. Minha mente voltou a todos os momentos que Mariah tinha transformado minha vida em um pesadelo. Suas manipulações, suas ameaças veladas, a maneira como ela conseguia desestabilizar tudo ao seu redor. Sentia meu corpo tremer, e as memórias de noites sem dormir, preocupada com o que Mariah faria a seguir, voltavam com força total.

Nick parecia perceber a intensidade do meu pavor. Ele me puxou suavemente para mais perto, tentando ser um escudo contra as sombras do passado.

— Olha para mim, Manu. Ela não pode te machucar mais. — Ele sussurrou, olhando nos meus olhos.

— Eu... Eu sei. — Tentei responder, mas minha voz saiu fraca. — É só que... Ela destruiu tanta coisa, Nick. E se ela fizer isso de novo?

Nick balançou a cabeça, decidido.

— Você não está sozinha desta vez. Eu estou aqui, e vamos enfrentar isso juntos.

Antes que eu pudesse responder, Gavi se aproximou, um sorriso radiante no rosto e com a Luna em seu colo. Ele estava empolgado com o jogo, o primeiro que veria no estádio desde sua lesão, e eu não queria estragar esse momento para ele. Respirei fundo, tentando controlar meu medo e colocar uma expressão normal.

irrompible || pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora