"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
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Acordei com uma dor nas costas absurda! E eu já sabia o porquê...
Infelizmente, eu tinha a péssima mania de dormir lendo e foi isso que aconteceu ontem. Dormi toda torta, e meu nariz estava doendo pela marca que o óculos havia feito.
Reclamei enquanto levantava da cama, e quase caí de cara no chão por não ter visto a montanha de roupas ao pé da minha cama também.
— Bom dia, maninha!
— Porra!
Levei minha mão ao peito quando vi Nick entrar no meu quarto suado. Ele tinha essa mania de me acordar quando chegava da academia e também tinha a péssima mania de não bater na porta.
— Já falei pra você bater na porta, peste!
— Você é minha irmã! — Deu de ombros.
Revirei os olhos e fui para o banheiro. Escutei o barulho infernal do Nick se jogando na minha cama todo suado. Respirei fundo secando meu rosto na toalha para sair do banheiro e encarar meu amável irmão gêmeo.
— Que horas são?
— Nove e alguma coisa. — Deu de ombros, folheando meu livro. — Que chato...
— Tira as patas do meu livro novo, Nicholas! — Puxei de sua mão. — Você não tem o que fazer não? Sei lá... Arrumar seu quarto? Suas coisas?
— Está quase tudo pronto já...
— Aham... — O olhei desconfiada, indo para o closet.
Vesti o primeiro moletom e meias que vi na minha frente. Meu cabelo estava com um nó enorme atrás, e como Nick estava enchendo minha paciência quase falida, entreguei pra ele minha escova pra que ele tirasse o nó para mim.
— Vamos sair hoje a noite.
— Você vai, eu não.
— Você vai sim!
— Não vou.
— Manu!
— Nick! — O imitei.
Ele me virou pelos ombros pra que eu o olhasse.
— É pra nos despedir dos nossos amigos...
— Ele nem são me amigos, Nick... Sabe disso.
— Claro que são! A Anelise?
— Colega.
— Heidi?
— Chata.
— Sophie?
— Metida. Só falava comigo porque é afim de você.
— E a Martha?
— Quase amiga. — Dei de ombros. — São seus amigos, Nick, não meus.
Peguei a escova de cabelo da sua mão e me levantei, indo para frente do espelho terminando de pentear meu cabelo. Pelo espelho, conseguia ver Nick de braços cruzados me olhando.
