Gavi conseguiu com que todos os meus pensamentos fossem tomados pela conversa que tivemos sobre adotarmos a Luna. Já havia se passado três dias, mas mesmo assim, eu não conseguia deixar de pensar sobre.
Não podia falar com ninguém sobre... Todo mundo iria achar uma maluquice e eu também acho. Quanto mais eu penso, mais chego à conclusão de que nós dois estamos ficando malucos juntos, mas ao mesmo tempo, fico extremamente feliz e ansiosa com a possibilidade de isso dar certo.
Mesmo não tendo falado com ninguém sobre, era como se todos em casa soubessem. Gavi disse que não havia conversado ainda com a Maya e o Brad, e que quando chegasse o momento, ele mesmo faria.
Nick era o mais alheio à situação. Ele não era de se incomodar com problemas alheios, mas tenho certeza que quando ele souber o que está acontecendo, vai perguntar se eu e o Gavi perdemos o juízo.
Talvez, sim...
— O que está acontecendo, hein? — Sol me encarou. — Está com essa cara de pensativa já faz uns três dias. Você e o Gavi.
— Eu sei.
— E...?
Virei meu rosto para olhá-la. Estávamos sentadas na cadeira de balanço que ficava no jardim. As crianças estavam brincando na nossa frente e eu continuava pensativa.
Eu amava meus sobrinhos, mais do que tudo. Faria qualquer coisa por eles sem pensar duas vezes... Será que eu seria assim como mãe também?
— E o que?
— Não vai me contar?
— Não é nada importante. — Forcei um sorriso.
— Não? — Neguei. — Tudo bem se você não quiser me contar, mas eu te conheço e sei que essa sua carinha é porque tem algo acontecendo. — Apontou.
Sorri, a puxando para um abraço. Sol era uma das melhores pessoas que eu já ganhei na vida.
— Te amo, Solzinha.
— Eu também te amo.
Depois do almoço, Gavi ainda estava na fisioterapia no CT com o Brad e provavelmente, ia demorar um pouco para voltar. Rosa estava em casa, então, sabia que ela olharia as crianças enquanto eu estivesse fora. Nick e Sol estavam no quarto dele, enquanto ela reclamava da bagunça. Passei por eles sem deixar que me vissem, descendo para o primeiro andar e chamando um táxi.
— Manuela! — Kris disse alegre ao me ver, me abraçando. — O que faz aqui? Sua irmã não está.
— Vim ver o Matteo. Ele está ocupado?
— Vamos ver! — Piscou.
Kris era uma das melhores amigas da minha irmã, era literalmente a pessoa que cuidava para que ela não surtasse. Kris começou sendo secretária da Maya, e hoje em dia, é assistente pessoal. Tudo o que a Maya precisa, ela resolve.
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irrompible || pablo gavi
Storie d'amore"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...