Capítulo 149 - Por Um Fim

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Quinta-feira, 07 de Março, 2024

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Quinta-feira, 07 de Março, 2024

Quando a Maya manda no grupo da família a seguinte mensagem:

Queridos, todo mundo na minha casa a noite, okay? Precisamos falar sobre a Mariah

Sabemos que não é coisa boa, e se tratando que o assunto principal era a Mariah, eu sabia que realmente, estava longe de ser alguma coisa boa. Recebi essa mensagem quando estava na faculdade, ou seja, demoraria horas para chegar a noite, e considerando que ela nunca tem horário pra chegar, a minha ansiedade aumentava a cada hora.

Eu não precisei falar nada, mas sei que Sol e Pilar perceberam. Elas já são tão da família, que também estão no grupo, e assim como eu, também não acharam boa coisa a mensagem da Maya... Todo mundo respondeu que estariam lá, até mesmo e a Mia e o Pedri, que pensei que não iriam por conta do cansaço da Mia na reta final da gravidez.

A manhã foi uma verdadeira tortura. Eu não consegui me concentrar mais nas aulas após a mensagem, a minha cabeça virou uma verdadeira névoa, onde tudo o que eu lembrava, era da Mariah e o que ela fez.

Você perdoa, mas não esquece. Eu tive que perdoar a Mariah por tudo o que ela fez, mas eu não consigo esquecer. Nos piores dias, quando fecho os meus olhos, eu consigo ver perfeitamente tudo o que aconteceu naquele mês de agosto há cinco anos atrás.

A minha briga com o Gavi me aterroriza até hoje, mas eu não o culpo, jamais. Éramos jovens demais, ingênuos, tentando lidar com os sentimentos pela primeira vez e sozinhos. Tinha tanta coisa acontecendo entre nós, que não percebemos o que a Mariah sentia em relação à ele, e quando percebemos, já era tarde demais.

Acho que nem ele e nem a Maya sabem disso, mas eu escutei os gritos dos dois quando eu desmaiei no banheiro. Eu não conseguia me mexer, não conseguia dizer que eu estava ouvindo-os, mas eu ouvi. Ouvi o Gavi me balançar, gritar pra Maya, eu ouvi tudo.

— Maya!

Primeiro, eu ouvi o grito do Gavi e minha cabeça sendo colocada em seu colo. Suas mãos ao redor do meu rosto eram geladas, e logo elas começaram a tremer. Gavi tentava me acordar, balançando meu rosto de um lado pro outro.

Eu queria dizer que eu estava ali, mas eu não conseguia. Era difícil respirar, era difícil eu me mover. Os gritos dele aumentaram, e em algum momento, Maya tomou as rédeas da situação.

Apagada no chão do banheiro frio, eu ouvia minha irmã implorar para que eu acordasse. Sentia suas mãos sobre o meu peito, fazendo massagem cardíaca.

— M-maya.

— Pega algum celular, Gavi, liga para a emergência. Agora!

Minha irmã começou a chorar, enquanto continuava com a massagem cardíaca. Eu sentia meu peito arder devido a força que ela estava fazendo. Ela implorava para que eu acordasse.

irrompible || pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora