"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
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Pode-se dizer que eu e Nick não nos odiávamos mais, porém, é nítido que ainda sim ele tem uma desconfiança em mim — a qual eu não o julgo — e ele deixou isso bem nítido quando ligou para mim e para a Manu quando estávamos no avião voltando para Barcelona.
"Como assim vocês estão namorando e não me contaram?!"
Eu sinceramente não sabia se ele estava mais bravo pela Manu não ter contado e ele ter descoberto pelo Instagram, ou por eu não ter pedido "permissão" antes.
Só sei que, assim que chegamos em Barcelona, ao contrário da Maya e do Brad que estavam animados querendo ver nossas alianças e querendo que contássemos como foi, Nick me fuzilava com o olhar.
Fiquei bem longe dele o máximo que pude no jantar, e quando eu subi para ir tomar banho e dormir, assim que sai do banheiro, Nick estava sentado na minha cama com cara de poucos amigos.
Apenas tive que sorrir e dizer: "claro que te levo!" quando ele pediu para que eu o levasse amanhã à tarde para comprar algumas coisas da faculdade... Nunca na minha vida que eu negaria!
Com certeza ser o Uber do Nick não é tão ruim se for comparar com outras coisas.
Tinha acabado de chegar do treino e só tive tempo de tomar um banho e me trocar. Manu não estava em casa e havia me mandado uma mensagem dizendo que já estava no centro com a minha irmã e com a Sol. Maya estava na empresa, assim como Brad estava na gravadora e as crianças na escola.
Só tinha eu, Nick e Olls em casa.
A demora do Nick para descer estava me estressando porque eu odiava demora e odiava que se atrasassem. Sentei no sofá, coçando minha mandíbula e recebendo uma lambida do Olls no outro lado do meu rosto.
Estava no Instagram e tudo o que estava aparecendo eram prints sobre o anúncio de namoro meu e da Manu. Quando chegamos ontem de Mallorca não vimos nada sobre o que estavam falando, e para ser sincero, eu não me importava também com o que diziam...
Eu amava a Manu mais do que tudo na minha vida e não seria uma ou milhões de pessoas dizendo algo que faria com que mudasse meus sentimentos. Como a Maya já disse várias vezes, as pessoas sempre vão falar independentemente do que seja, então, deixem falarem de mim e da Manu o quanto quiserem... Ela é o amor da minha vida e isso nem ninguém e nem nunca irá mudar.
— Porque demorou tanto?
Encarei o Nick assim que ele desceu as escadas arrumando seu cabelo antes de colocar o boné. Ele revirou os olhos, pegando sua carteira e a colocando no bolso.
— Estava me arrumando. — Deu de ombros.
Suspirei, massageando minha têmpora e levantando indo até ele.
