"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Això deu ser una broma a la meva cara!
[Isso deve ser uma brincadeira com a minha cara!]
Engoli em seco ouvindo os xingamentos da Maya em catalão. Não era sempre que a via falando em catalão, somente com o pessoal do clube, principalmente o Xavi.
Ela estava irritada, estava estampado na cara dela enquanto nos arrastava até onde estavam os carros.
— Onde você estava, Gavi?! — Mia esbravejou. — Todo mundo estava te procurando!
— Ele estava arranjando outra briga, Mia. — Maya o empurrou, pegando a Alice no colo. — Vai com o pessoal do time, em casa a gente conversa.
Gavi não disse nada, apenas assentiu e me deu um selinho antes de seguir a Mia. Fomos de cabeça baixa até o carro, onde o Matteo estava apoiado no celular.
— Por que essas caras?
— Não tá sabendo o que aprontaram de novo? — Maya o encarou.
— Cadê a Pilar? — Sol perguntou.
— Ela estava com o Arthur. — Murmurei.
— Meu Deus do céu! Não dá pra deixar vocês sozinhos por cinco minutos que entram em confusão, trocam socos e ainda somem com o meu filho. — Maya passou a mão pelo rosto.
— Confusão? Trocam socos? O que é isso? — Matteo nos encarou. — Não me digam que...
— O Rodrygo começou. — Nick deu de ombros.
Matteo encostou no carro novamente, choramingando e colocando as mãos sobre os olhos. Eu não queria nem ver a bronca que iríamos levar quando chegássemos em casa.
— Cadê o Pablo?
— Mandei ele pro ônibus do time. — Maya murmurou. — Ei! Aonde você estava?
Pilar apareceu no estacionamento com o Arthur no colo. Ela estava um pouco suada, mas aparentava ir bem.
— E-eu não achei o Matteo e o Arthur quis ir no banheiro. — Deu de ombros. — Pelo menos ele não viu a confusão.
— Só... — Maya balançou a cabeça. — Entrem no carro. Em casa resolvemos isso.
Matteo destrancou o carro e entramos em seguida. Maya ficou com os gêmeos esperando o Brad que conversava com o Laporta sobre o hino do Barcelona que ele estava produzindo.
— Eu não sei nem o que falar pra vocês. — Matteo murmurou, balançando a cabeça. — Vocês por acaso foram criados como vândalos? — Negamos. — Estão parecendo uns. Agora toda semana vão arranjar confusão? Sério, Nicholas? — O encarou.
— O Rodrygo começou, não eu! Sabe que não gosto dele.
— Nicholas, não é porque você não gosta de alguém, que isso lhe dá o direito de bater na pessoa. Você já tem dezoito anos, tem que saber o que é certo e errado e parar de achar que sempre vai ter eu e a Maya pra resolver as suas merdas, cara. — Suspirou. — Me falem o que aconteceu. A Maya está puta com vocês e com razão, já é a terceira semana de briga.
