"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
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Domingo, 19 de Novembro, 2023
— Sim, Matteo, eu estou bem, cara. — Ri, empurrando a porta do meu quarto. — Está tudo bem, eu te garanto. O pessoal vai vir? Tudo bem, vou deixar avisado. Beleza, qualquer coisa, me chama... Estou bem!
Desliguei a ligação e joguei meu celular na cama, me jogando também. Precisava dormir, estava morrendo de cansaço. Viagens e jogos para lugares muito frios como o Chipre sempre acabavam comigo.
Me virei na cama sentindo todo o meu corpo doer. Eu tinha uma coleção de roxos espalhados, principalmente na perna. Meu joelho direito doía se eu o forçasse muito e estava assim desde junho.
Não era sempre que ele doía, era só às vezes. Tive uma pequena lesão no joelho na temporada 20/21 quando estava com a Seleção, foi no direito também, então às vezes ele me incomodava, mas não era nada grave. Um pouco de gelo e fisioterapia melhoravam, era o que eu vinha fazendo, e nunca deu problema.
Fizemos o último treino para o jogo de amanhã contra a Geórgia. Matteo estava puto com as falas do De La Fuente sobre eu ser hiperativo e sempre querer jogar... Não era mentira, ele estava certo. Que jogador hoje em dia não quer jogar? Todos querem jogar, e eu sou assim. Não importa quantos jogos eu tenha jogado seguidos, sempre vou querer jogar.
Vi notícias sobre o meu rosto cansado no último jogo contra o Chipre, e de fato, ali eu estava realmente cansado. Jogar em temperaturas baixas é sempre ruim. Por mais que eu jogue assim em Barcelona, ainda assim, Chipre fazia mais frio. Matteo até pegou um resfriado graças a isso.
Recebi mensagens preocupadas do Xavi. Essa preocupação dele em cima de mim havia se tornado frequente... Assim como ele sempre me perguntava se eu estava bem e se desculpava por eu não estar tendo descanso. Eu não me importava. Jogar era a minha paixão, e os meus técnicos sabiam que eu jogaria em qualquer posição que eles me colocassem e daria o meu melhor.
Falei um pouco com o pessoal antes de ir dormir. Geralmente gostava de dormir mais cedo antes de um jogo, então, eu fui dormir cedo. Acordei no dia seguinte com mensagens da Manu avisando que eles já estavam indo para Valladolid, assim como vi que a Maya e o Brad haviam postado fotos das crianças.
Eu estava morrendo de saudades dos gêmeos! Já havia passado muito tempo longe deles, mas como nessas últimas semanas estávamos mais próximos do que nunca, fez com que eu sentisse uma saudade enorme deles.
Conversei com a Mia e com o Pedri no caminho para o estádio. Fizemos uma ligação de vídeo, e Pedri fez questão que eu mostrasse para todos a barriga da Mia que estava cada dia maior.
Estava no vestiário quando recebi uma mensagem da Maya. Ela sempre me mandava mensagens antes dos jogos da Seleção. No Barcelona, como ela estava junto, ela sempre me abraçava e me ameaçava sobre me machucar. Sempre pedia para que eu voltasse inteiro para a casa. Eu me esforçava porque sabia que além dela, minha mãe também se preocupava muito, e com ela em Sevilha, não podia fazer muita coisa para acalmá-la. Com a Maya, eu deixava que ela surtasse comigo depois, enquanto eu apenas ria e depois a abraçava dizendo que eu estava bem.
