TW: Nesse capítulo é abordado temas como transtornos alimentares e depressão. Se você for sensível a esse tipo de conteúdo, peço que me chame na DM do Wattpad ou Instagram - writingbyhope - para que eu resuma o capítulo e você se sinta confortável! ;)
O sentimento de culpa, é algo que eu não desejo para ninguém. Carregar uma culpa por anos, te cansa e faz com que você sinta um monstro...
E eu me sentia um monstro sempre quando lembrava.
Eu não devia ter sido ingênuo, eu não deveria ter deixado que me manipulassem.
Eu não deixei com que a pessoa que eu mais amava e ainda amo, falasse... E isso, quase custou a vida dela.
Entrar na adolescência, por si só, já é difícil... E juntando ao fato de você ainda jogar futebol, faz com que você chame a atenção mais do que gostaria.
E foi justamente o que aconteceu.
Não lembro que em momento eu havia me perdido, mas sei que as coisas mudaram e eu custei para aceitar que sim, eu havia mudado, e mudado para pior. Maya e Brad conversavam muito comigo sobre isso, eles se preocupavam e eu não entendia o porquê... Mas no fundo, eles sabiam que algo iria acontecer.
Não aconteceu comigo, mas aconteceu com a Manu.
Por minha culpa.
Eu preferi escutar pessoas que eu havia acabado de conhecer do que ouvir meus melhores amigos de anos, a família que me acolheu e me fez sentir parte dela, a minha irmã, e a Manu, a pessoa que eu entreguei meu coração com quinze anos de idade.
Nós poderíamos ter tido junto, mas eu estraguei.
Ainda não consigo aceitar como aconteceu tudo o que aconteceu... Eu estava cego?!
Manu foi a pessoa que mais me apoiou. Desde do primeiro dia, mesmo com nove anos, ela fez com que eu me sentisse em casa, me apresentou a todos na escola, estudava comigo, me ajudava nos trabalhos, me abraçava quando eu tinha saudades de casa, se preocupava comigo, sempre ia aos meus jogos... Ela fez de tudo por mim, e eu não fiz nada por ela quando ela mais precisou.
Lembro quando Maya recebeu o diagnóstico que Manu estava desenvolvendo anorexia e bulimia. Na época, com doze anos, eu não entendia muito bem, e quando Maya sentou comigo e conversou, eu só sabia que tinha que ajudar ela.
Mesmo não entendendo muito, eu percebia que ela estava mais magra quando abraçava ela, que ela não estava se alimentando direito... Achei estranho quando íamos a sorveteria e ela não queria mais fazer competição de sorvete comigo.
A princípio, pensei que ela me achava besta, mas depois, eu entendi... E prometi a Maya que ajudaria com o que fosse preciso.
Lembro quando Maya após um treino, me levou com ela para o mercado e ficamos olhando vários livros de receitas leves e compramos uns cinco livros. Provavelmente, nós dois fizemos mais da metade de cada livro.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...