— Sim, filha, eu já entendi que o Tutu pegou sua boneca... Mas ele já devolveu, né? Então vai lá brincar.
Olhava para Maya querendo rir enquanto ela tentava conversar com a Alice que tinha um bico emburrado em seu rosto. Tenho certeza que há várias fotos minha fazendo a mesma cara da Lice.
Eu e Maya estávamos sentadas nas cadeiras ao redor da piscina enquanto os gêmeos brincavam por ali. Brad e Nick haviam saído para comprar o almoço, já que Maya não estava afim de cozinhar.
— Que horas o Teo vem?
— Em cima da hora, provavelmente. — Maya revirou os olhos, me fazendo rir. — Está tudo bem?
Assenti, apoiando a mão no meu rosto e a olhando.
— Mesmo?
— Uhum, só é um pouco estranho. — Dei de ombros. — Mas eu estou bem!
— Não precisa ir se não quiser.
— Maya... — Sorri. — Você conseguiu esses ingressos não sei por qual milagre, então eu irei. Eu já fui em outro jogo e ocorreu tudo bem, lembra? — Ela assentiu. — Eu também quero falar com o Gavi, mas não hoje, claro.
— Estou orgulhosa de você. — Ela me olhou com o típico olhar dela... O olhar de carinho que só ela tem. — Passar por tudo o que você passou e mesmo assim, nunca perder sua essência... É lindo!
Me aproximei dela e abracei. Sabia que Maya se culpava também, afinal, eu estava sobre a tutela dela. Ela assumiu minha guarda, do Nick e do Matteo quando fez dezoito anos... Nossos pais não protestaram muito, afinal, eles mal paravam em casa, então ela assumir a guarda, facilitou as coisas.
— Senti sua falta. — Ela murmurou.
— Você devia ter me trago de volta logo. — A olhei, e ela riu.
— Não estava disposta a travar mais uma guerra com a nossa querida mãe. — Revirou os olhos.
— Justo... — Assenti. — Papai disse que sente sua falta.
Maya sorriu fraco, balançando a cabeça.
— Também sinto falta dele.
A relação da Maya com nossos pais era bastante complicada... Ela tinha uma péssima relação com a nossa mãe e isso era de conhecimento geral. Tudo piorou quando eu quase morri e fui parar no hospital, e nossa mãe a culpou. Maya não se controlou, e acabou jogando verdades na cara dela. Desde então, elas só falam o mínimo do mínimo.
Com o nosso pai, já é diferente... Maya sempre foi mais próxima dele, mas, meu pai pra evitar mais confusões, acabou se afastando da Maya também. Porém, eles ainda mantêm contato por conta da empresa.
Brad e Nick voltaram com o almoço e Maya pediu para que eu olhasse as crianças enquanto ela ia colocar a mesa. Era bizarro o quanto os gêmeos se pareciam comigo e com o Nick quando éramos pequenos.
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irrompible || pablo gavi
Romansa"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...