Capítulo 4 - Mia

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Eu e Mia nos olhávamos e não tínhamos reação alguma

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Eu e Mia nos olhávamos e não tínhamos reação alguma. Afinal, eu não podia julgá-la... Eu também não saberia o que fazer ao olhar pra uma pessoa que eu não via a quatro anos e que quase acabou com a vida da prima.

Mas, Mia me surpreendeu quando me puxou para um abraço.

— Oh meu Deus, Gavi! — Exclamou, me puxando para um abraço.

Meu corpo estava extremamente rígido quando ela me abraçou, não conseguia mover um músculo sequer, mas provavelmente meu cérebro se lembrou de todos os abraços que Mia me dava, e em alguns segundos, eu retribui o abraço.

— Eu senti sua falta, Pablito! — Murmurou.

— Eu também, Mia. — Respondi baixinho. — Muita!

Quando ela me soltou, segurou em meu rosto e fez com que eu fizesse um biquinho. Ouvi Pedri rir atrás de mim.

— Você cresceu, menino! Está lindo!

— Você está machucando minhas bochechas... — Disse com dificuldade.

— Melhor tomar cuidado com esse maxilar mesmo, ele teve uma lesão há dois anos. — A voz de Pedri soou, fazendo com que ela me soltasse rápido.

— Meu Deus Pablo, socou quem pra ter machucado o maxilar?

— Foi em jogo. — Respondi, massageando as minhas bochechas.

Ela me olhava desconfiada porque ela me conhecia muito bem... Ela sempre soube de todas as brigas que eu me envolvia quando mais novo. Provavelmente, ela havia perdido as contas de quantas vezes Manu gritava para ela e Maya contando que eu e Nicholas estávamos em alguma confusão.

Pedri me empurrou para o lado e eu me afastei da Mia. Pedri colocou a cabeça dentro do quarto e eu fiz o mesmo, vendo o quarto extremamente bagunçado.

— O que vamos levar daqui? — Pedri perguntou.

Boa pergunta! Queria apenas saber como ia caber nós três no mini abacate do Pedri.

— Então... — Mia disse sem graça. — Primeiro, entrem! Não fiquem aí fora.

Ela nos empurrou pelo ombro para que entrássemos, fechando a porta atrás dela e afastando algumas das malas que estavam abertas no chão.

— Não precisa ser tudo, porque como disse, o caminhão de mudanças vem amanhã, mas eu queria pelo menos levar algumas coisas minhas pra já ir arrumando. Meus primos chegam no final de semana e não quero fazer confusão com as malas. — Explicou.

— Eles vêm quando? — Perguntei, já me sentindo nervoso.

— Maya disse que saem de Berlim sábado de manhã, então provavelmente sábado até 12h estão aqui.

Assenti cabisbaixo. Vi Pedri me encarar confuso e Mia suspirou ao se aproximar de mim.

— Ei, faz anos já... Você não foi o único culpado, Pablo, e vocês eram jovens, eram crianças... Você tem a oportunidade de se acertar com a Manu. Eu, Maya, Matteo e Nick perdoamos você, e eu tenho certeza que lá no fundo, Manu também.

irrompible || pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora