Sexta Feira – Berlim
Estava terminando de colocar meus últimos casacos em uma das minhas malas com ajuda do Nick, que estava sentado em uma delas a fazendo fechar.
— Manuela, porque inventou de guardar os casacos depois que o Matteo foi embora? — Me encarou.
— Eu esqueci que eles estavam nessas malas, Nicholas, não foi minha culpa!
Matteo havia me abandonado nessa luta há dois dias quando ele voltou para Barcelona no mesmo dia que Maya mandou um avião fretado para as nossas mudanças e da Mia. Provavelmente, a essas horas, o avião já deve ter chegado.
Porém, algumas coisas ainda iriam com a gente no avião amanhã, e algumas coisas eram boas malas e o Olls.
Maya ficou desacreditada em ter que pagar a passagem de avião para meu cachorro.
Falando nela, essa nossa mudança só está acontecendo graças a ela. Nossos pais eram contra voltarmos para Barcelona, principalmente nossa mãe, e por isso, que Maya interviu na situação, dizendo que todos os gastos da mudança seria um presente adiantado de aniversário de dezoito anos.
A única missão que eu e Nick tivemos foi convencer a Mia ir junto conosco. Ainda tínhamos dezessete anos e não daria para morarmos sozinhos, e também não queríamos invadir o espaço da Maya e Brad com as crianças.
Mas convencer a Mia foi fácil... Ela só veio para Berlim por minha causa como um pedido de Maya para que eu não ficasse sozinha, e quando conversamos com ela, aceitou na hora. Nunca pensei que fosse tão fácil.
Já estava anoitecendo na Alemanha e eu via o último sol se pôr da minha enorme janela com a vista para a cidade toda e para a torre de TV famosa e considerada como ponto turístico de Berlim.
Estava terminando de guardar as minhas maquiagens em uma necessaire quando recebi uma ligação por FaceTime com a Maya. Atendi com uma cara confusa e um sorriso.
— Oi, mi amore! — Disse animada. — Ansiosa?
— Óbvio! E você também, aparentemente. — Posicionei o celular no meu porta canetas.
— ¡Claro que sí! — Disse em espanhol, me fazendo rir. — ¿Tu español está al día?
["Claro que sim!" // "Seu espanhol está em dia?"]
— ¡Nunca ha sido mucho mejor! — Sorri.
["Nunca esteve tão melhor!"]
— Kein Deutsch mehr?
["Alemão nunca mais?"]
— NEIN! — Disse alto. — Um Himmels willen, nein!
["Não!" // "Pelo amor de Deus, não!"]
Maya ria e balançava a cabeça. Ela sabia o quanto odiei aprender alemão enquanto ela fez isso por estar no tédio em um verão qualquer na Catalunha.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...