— Inferno!
Murmurei sozinho quando escutei o som do despertador tocar. Sentei na cama passando a mão pelo meu rosto e pegando meu celular, vendo as mensagens do grupo do time e do Pedri avisando que me buscaria como sempre.
Fui para o banheiro e tomei um banho gelado para acordar e tirar a minha cara de zumbi que não dormiu pensando na ex namorada. Quando desci, já trocado, Aurora estava na cozinha fazendo o café da manhã.
Não era sempre que ela estava em casa quando eu acordava. Como ela fazia faculdade pela parte da manhã, era raro os dias que ela estudava na parte da tarde.
— Bom dia, Rora. — Dei um beijo em sua bochecha.
— Bom dia, maninho. — Sorriu para mim, me entregando a tigela de salada de frutas.
A agradeci com um sorriso e me sentei na bancada, a olhando.
— Acordou cedo hoje... Não vai para faculdade?
— A tarde só. E Javi recebeu uma ligação da Maya pedindo para ele ir para empresa com urgência.
Assenti e voltei a comer. Javi foi contratado pela Maya e Matteo assim que ele terminou o estágio dele na empresa. Ele trabalhava diretamente com a Maya, e pode-se dizer que ele era o braço direito dela.
— Pedri vai te levar ou precisa de carona?
— Meu Uber vai me levar. — Respondi, e Aurora revirou os olhos rindo.
— Coitado, Gavi. — Balançou a cabeça. — Mamãe me mandou mensagem e ela acha que vai vir para o jogo contra o Osasuna.
— Pensei que ela tinha trabalho.
— Acho que ela conseguiu uma folga. — Deu de ombros.
Nossos pais depois que Aurora fez dezoito anos, voltaram para Sevilha e era difícil deles conseguirem vir para Barcelona sempre. Minha mãe era biomédica em uma das maiores clínicas de Sevilha, e não era sempre que ela conseguia folga, assim como meu pai, que era gerente de um grande restaurante lá e era difícil também conseguir folgas.
Por isso, que quem sempre estava presente em meus jogos era Aurora e Javi. Antigamente, Maya sempre marcava presença nos meus jogos, até mesmo depois que teve os gêmeos e ainda estava em período de puerpério.
Fui tirado dos meus pensamentos quando ouvi a buzina do carro do Pedri e corri para me despedir da Aurora com um beijo no rosto e a desejando uma boa aula.
— Caramba, não dormiu?
Foi a primeira coisa que eu disse ao entrar no carro, sem o meu moletom para não ouvir as reclamações do sr Pedri logo de manhã prezando pelo bem estar da querida Mia.
— Algumas horas. — Respondeu.
— Porque?
— Fiquei na Mia até umas 2h, e não, não transamos. — Adiantou, assim que viu o meu olhar malicioso.
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irrompible || pablo gavi
Romance"Livro 2 da série Barcelona" Quatro anos são suficientes para curar uma ferida? Com certeza para Gavi e Manuela, não! Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...