Capítulo 80 - Motorista Particular

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Eu não lembrava o quão horrível era acordar com o alarme tocando

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Eu não lembrava o quão horrível era acordar com o alarme tocando. Nessas últimas vezes, foram raras as ocasiões em que coloquei alarme, e as vezes que acordei, foi graças aos alarmes dos outros.

Mal havia começado as aulas e eu já queria desistir!

Não é que eu odiasse estudar e quisesse passar o resto da vida exercendo meu cargo de herdeira — o que eu poderia fazer — mas, acordar cedo realmente não é para mim. Estava longe de ser como a Maya, que acorda toda elétrica fazendo mil coisas ao mesmo tempo... Eu sou lenta, e preciso de no mínimo uma hora até acordar de fato e me localizar.

Desliguei o meu alarme no segundo toque, e Gavi sequer havia se mexido. Tirei seu braço de minha cintura e levantei com cuidado, indo para o banheiro. O sol ainda estava nascendo por volta das seis da manhã.

Pensando bem, não sei por que coloquei o alarme tão cedo assim.

Tomei um banho quente, fiz minha skincare e uma maquiagem básica. Me troquei, prendi uma parte do meu cabelo atrás e saí do banheiro. Gavi ainda dormia e eu senti uma inveja enorme dele.

Assim que desci, me assustei quando vi a Maya já acordada e vestida na cozinha. Ela abriu um sorriso ao me ver, dando um beijo na minha bochecha.

— Por que já acordou?

— Eu não calculei direito o horário que eu tinha que acordar. — Sentei na banqueta. — Cadê as crianças?

— O Brad está arrumando elas. Vim fazer o café. — Apontou. — Queria tanto uma coisinha doce, mas o Gavi não pode comer muito doce.

Segurei uma risada. Se ela soubesse que ontem ele estava comendo um bolo de caneca em uma caneca enorme, provavelmente, faria o coitado virar um coelho comendo só coisas verdes.

— Eu nem estou com tanta fome. — Dei de ombros.

— Mas vai comer algo sim! — Ela apontou com a espátula para mim. — Não pode ir para a faculdade de barriga vazia, e geralmente os lanches de lá são ruins.

— Como você ainda lembra?

— Ei! Eu não estou tão velha assim, tá? — Me olhou feio. — Eu e o Matteo levávamos nossas marmitinhas de comida de casa. Se quiser, posso fazer para vocês.

— Não, não. — Neguei. — Não precisa, é muita coisa para você.

— E? — Ela me encarou com as mãos na cintura. — Manu, quantas vezes eu já disse que eu não me importo de fazer as coisas para vocês? Vocês são meus irmãos, eu faço tudo por vocês.

Maya contornou a ilha da cozinha e me abraçou pelo ombro. A abracei forte pela sua cintura, escutando uma risadinha sua.

— Está carente, boneca?

— Não sei. — Murmurei.

Minha irmã deu um beijo no topo da minha cabeça e me balançou de um lado para o outro, me fazendo rir. A soltei e ela voltou para o fogão. Nick desceu alguns minutos depois quase caindo na escada. Assim como eu, ele também abraçou a Maya e não queria soltá-la.

irrompible || pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora